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Meus queridos! Tinha jurado a mim mesmo não falar na saga da estátua da Madre Teresa no Santuário da Esperança, pois ainda tenho os olhos cheios da maravilha de simplicidade e autenticidade que o escultor picoense Rui Goulart conseguiu dar ao painel evocativo há meses inaugurado com pompa e circunstância nas imediações da Igreja de São Pedro, da Ribeira Seca, aqui da minha cidade-norte, terra de naturalidade da Freira do Senhor Santo Cristo. Não sei que mal terá feito a Venerável Madre para os tratos de polé que tem sofrido para as bandas de Ponta Delgada, onde de “padeira de Aljubarrota” passou a beatinha de adro, numa concepção simplista e minimalista da sua memória. Não cabe nenhuma culpa à talentosa escultora aqui da minha cidade-norte que executou apenas aquilo que lhe pediram, com as medidas indicadas e a foto de uma figurante que lhe apresentaram. Mal esteve a ideia desde o início e que culminou com uma verdadeira pirosice episcopalmente abençoada. Aqueles néones, assim como o suporte para velas que nem ali devia estar, porque é uma estátua e não uma imagem, e velas acendem-se a Deus e aos Santos, nunca a estátuas,… Tudo aquilo deixa muito a desejar e merece uma profunda investigação e esclarecimento, para bem de todos e para não ficar no ar esta onda de suspeitas… Que pulula por aí… A minha amiga Angélica disse-me que parece haver um “osso de defunto” a perseguir a Madre Teresa… E espera que o Senhor Santo Cristo ponha a sua mão e faça com que a Madre Teresa receba a sua recompensa pela acção que desenvolveu “espalhando” a devoção à imagem do Ecce Homo.
Ricos! E já que estou a falar do Santuário, também era bom que se soubesse o que deu na cabeça de quem teve a ideia de rebentar com o velho adro que mesmo deteriorado nunca seria para mexer. Não sou uma conservadora fundamentalista e sei que muito do que existe no santuário e no Convento já são acrescentos do original… Mas aquelas pedras do adro são sagradas pois ali há sangue e lágrimas de promessas, ali repousam memórias de flores e velas a arder ao Senhor quando as portas estão fechadas. Serenamente aguardo a decisão do Director Regional dos Assuntos Culturais, pessoa que entende bem o sentido histórico do património religioso, pelos livros que já escreveu, e de quem se espera uma sábia decisão a ser acatada com calma e seriedade por quem de direito. E que se entenda de uma vez por todas que já não há poderes absolutos, nem decisões individuais. E nos tempos que correm, a comunicação é uma arte obrigatória e no caso concreto devia ter havido um esclarecimento público e atempado do que se pretendia fazer… Agora resta esperar e só desejo que para a festa do Senhor o adro não esteja ainda escaqueirado à espera de uma decisão.
Meus queridos! Muito tenho gostado de seguir no jornal que tão generosamente me acolhe no seu seio as reportagens sobre a pobreza, em diversas zonas da ilha de São Miguel. Um retrato vivo de uma realidade que parece virtual para muitos políticos e comentadores do costume que tendem sempre a reduzir o fenómeno a números, quando em causa estão pessoas que fazem das tripas coração para pôr a mesa todos os dias. E se os pescadores protestam, e com razão, porque com mar bravo e sem pesca estão a passar fome, também os chamados “homens a dias” que vivem à jorna, há semanas que não têm trabalho certo e a fome vai apertando. E nada disto se resolve com mesas redondas e com generalizações redundantes. Acudir à fome que aí vai com a subida do preço dos alimentos é apenas um paliativo, embora necessário e urgente. Mas o que importa é mudar de paradigma e voltar para políticas de produção e de industrialização que possam gerar empregos, ao mesmo tempo que se aposta numa educação a sério que possa mudar as mentalidades e acabar com o círculo vicioso da subsidiodependência que está a passar de pais para filhos…
Ricos! A minha prima Joana das Feteiras gostou muito da reportagem que saiu no jornal que tão generosamente me acolhe no seu seio e lembrou-me as vezes em que já me pediu para eu falar aqui nos meus recadinhos no abandono das belas piscinas naturais que eram uma atracção grande no Verão e que agora, segundo a simpatiquérrima Presidente vão ter de esperar porque há outras prioridades, nomeadamente os acessos. O que a minha prima se admira é que nos panfletos para a campanha eleitoral tudo pareciam facilidades e agora tudo parecem complicações… Diz a minha prima que naturalmente a culpa é sua porque ainda não aprendeu como é que funcionam as promessas eleitorais em que tudo é céu aberto três semanas para se cair na real no resto dos quatro anos… Mas como ela diz, a Esperança é a última a morrer…
Mas ricos! Ao falar com a minha comadre Gertrudes sobre o turismo que anda já por aí já em força, ela de pronto diz, pois é, os políticos e os empresários estão muito contentes com o turismo, mas esquecem-se que é preciso ter as coisas em condições para acolher os forasteiros, e uma delas no caso, é sem dúvida os acessos às piscinas naturais das Feteiras. Diz ela que não sabe a quem compete fazer os arranjos necessários nos acessos, mas uma certeza tem ela… Não pode ser a Junta de Freguesia porque não tem orçamento para a obra. Gertrudes diz que é preciso que a minha rica Secretária do Turismo e das Obras Publicas Berta Cabral se entenda com o meu rico Presidente da Câmara de Ponta Delgada Pedro Cabral para porem “mãos à obra”…https://correiodosacores.pt/…/44069/Recados-com-Amor
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