LEMBRANDO A DATA DE NASCIMENTO DE…

JOSÉ MARTINS GARCIA

@José Martins Garcia, poeta, escritor, crítico literário, ensaísta, biógrafo de Nemésio, leitor de Português em Paris, colaborador de jornais como o Diário de Notícias e o Jornal Novo e professor universitário em Lisboa (assistente de Lindley Cintra) e nos Açores (Departamento de Línguas e Literaturas Moderna, onde foi Vice-Reitor da Universidade, nasceu na Criação Velha (Pico).

Fez uma parte dos seus estudos no então Liceu Nacional da Horta. Licenciou-se em Filologia Românica na Universidade de Lisboa e doutorou-se na Universidade dos Açores.

Em 1987 publicou o livro “Para uma Literatura Açoreana”, onde defendia, numa série de ensaios, os seus pontos de vista sobre a existência de uma literatura especificamente açoriana.

Tem 12 publicações editadas pela Companhia das Ilhas, mas cerca de 30 títulos publicados.

Da sua obra salientamos “Contrabando Original”, um romance com uma narrativa e uma perfeição estilística de realçar, onde fornece ao leitor uma espécie de súmula dos mundos ficcionais até então criados e um refinamento da veia crítica (satírica, irónica, sarcástica) que o distingue”

No prefácio do seu livro “Poesia Reunida”, disse Renata Correia Botelho: (…) Entre o registo inicial mais sarcástico e o ocaso lírico do livro último, vertem-se mais de vinte anos em milhares de versos. Passa-se da ironia ao lamento, da crítica cáustica do outro e de si ao mergulho no mais solitário inferno do eu. Martins Garcia é um poeta, a todos os títulos, enorme. Enorme e inapreensível. Um poeta luminoso movimentando-se nas sombras, e consciente, como poucos (cedo no-lo diz em feldegato cantabile), de que “uma alma é um cagagésimo de estrume e qualquer humano tão valioso como um piolho do deus que o ignora”.

Deixamos-vos um vídeo, dos arquivos da RTP, onde JMG fala da literatura açoriana e da sua obra.