AÇORES NA HORTA QUEREM DESTRUIR O PATRIMÓNIO

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AMIGOS
No jornal Público desta 6a feira ( 16 de Dezembro de 2022) despertou -me a atenção um artigo com o título « Petição quer salvar a calçada na requalificação de Avenida na Horta» com o subtítulo « a obra em curso ameaça património modernista do Faial- Açores»
Isto é : -vai afectar o litoral da Horta, e uma das mais bonitas Baías do mundo.
A bela foto que ilustra o artigo não nos deixa ficar indiferentes ou sequer duvidar.
Vão retirar o piso da calçada portuguesa de mais de um quilómetro.
Imediatamente vem à minha memória a longevidade deste modelo com inspiração na pavimentação romana cuja introdução da técnica no séc. XIX se deve à proposta que o governador do Castelo de S. Jorge fez à Câmara Municipal de Lisboa para que o implementasse no Rossio. Assim foi feito ( embora devamos lamentar o trabalho árduo e extenuante tarefa de mão de obra dos prisioneiros « os grilhetas » )
Mas o agrado foi tal, que o modelo se generalizou por todas as cidades do país com todo o povo a aplaudir a novidade..
Neste caso da Horta, a perplexidade da situação chamou a atenção da actual embaixadora de Portugal em Dili, Manuela Bairos que, chocada com esta decisão na sua terra Natal, resolveu fazer uma petição recolhendo assinaturas, para propor a revisão da obra e igualmente denunciar a utilização de fundos em projectos que se destinam a destruir o património.
Claro que os que defendem a destruição costumam vir com a ladainha «- a cidade é um organismo dinâmico.. há que reordenar..etc…etc…» Mas,… e segundo o arquitecto Manuel Fernandes citado no mesmo artigo e com o qual concordo :« o que está em causa é não perder o valor do ambiente criado ».
Esta realidade é só mais uma .
Lembram -se amigos do «fenómeno» Jardim do Museu Carlos Machado ?
O argumento de que o projecto esteve em sessão pública da Câmara ?
No caso do jardim de Ponta Delgada, será que mesmo os que observaram o projecto terão entendido que se iria levantar um muro altíssimo de betão fechando o jardim aos olhos dos transeuntes vedando completamente a possibilidade e curiosidade de entrar como se de uma quinta particular se tratasse?
Os moradores nas imediações do Jardim nem do primeiro andar de suas casas conseguem ver a verde relva ( se é que ainda lá está alguma )
Fez -se mesmo o oposto ao que se defendeu por todo o século XX, os jardins « Engradeados» à maneira inglesa e Europeia.
E para concluir :- Senhora Embaixadora Manuela Bairos – conseguiu 1118 assinaturas , se estender às outras Ilhas dos Açores vai conseguir muitas mais – desde já acrescente a minha
Um bom fim de semana para todos os meus amigos e para todos os açorianos sem chuvas à porta.
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  • Ugolina Batista

    Estou de acordo com a Senhora Embaixadora Manuela Bairos.
  • Madalena Carreiro

    Estou totalmente de acordo com todos os que lamentam a
    destruição do do património natural e edificado das nossas ilhas!!!
  • Maria Das Neves Baptista

    Já começaram, há alguns anos, a alterá-la e fartei-me de barafustar, em vão.
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    Berta Bento

    cara amiga Maria das Maria Das Neves Baptista não devemos desistir, E neste estar atento ao que se passa à nossa volta, nesse opinar, nesse investigar, que está a nossa esperança, porque a Democracia é sinónimo de Esperança . Continua a barafustar, na…

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  • Maria Natália Pracana

    Tudo isto é lamentável!!!