SURFAR NA NOSSA pRAIA DA vIOLA NA lOMBA DA mAIA

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Recordista da maior onda do mundo na Nazaré está em São Miguel para surfar na Praia da Viola
Sebastian Steudtner conversou com a equipa do Correio dos Açores no hotel onde se encontra hospedado, na cidade da Ribeira Grande. O alemão que surfou, em Outubro de 2020, a maior onda do mundo no mar da Nazaré, revelou ao nosso jornal o motivo que o trouxe à ilha de São Miguel.
“Viemos explorar algumas ondas”, começar por responder com boa disposição.
“Amanhã (hoje) queremos, se as condições assim o permitirem porque está muito vento, surfar na Praia da Viola”, refere.
O surfista admitiu não saber a duração da sua estadia, “depende das condições do tempo”, e conta que esta é a sua terceira visita à ilha de São Miguel.
“A primeira vez que vim estava à procura de surf (risos). Lembro-me que houve uma grande tempestade, andei alguns dias à volta da ilha, mas ainda não era pelas ondas grandes. Na segunda ocasião estive com o Marco Medeiros e com o João Macedo. Vi o potencial dos Açores, especialmente de São Miguel, e levou depois algum tempo até regressar porque quando há ondas grandes aqui, também há na Nazaré e o meu foco estava lá”, destaca.
Admitindo não ter “muita experiência em surfar aqui”, o recordista mundial lembra um “grande tubo que o João Macedo apanhou há 5 anos atrás na Viola. Eu estava no jetski, vi o potencial e por isso sei que tem ondas de grande qualidade”.
Questionado sobre a possibilidade de a Praia da Viola poder figurar no ‘calendário’ de ondas grandes, Sebastian Steudtner realça que estes “eventos são complicados”, considerando, porém, que “este poderá ser um bom destino para surfistas de ondas grandes (…) Para isso é necessário perceber o oceano, as tempestades e as melhores condições para cá vir”.
Natural de Nuremberga, cidade localizada bem no centro da Alemanha, Sebastian Steudtner conta como se iniciou o seu contacto com o surf.
“Sempre adorei água e fui para o Havai quando tinha 16 anos porque queria ser surfista. Sabia que na Alemanha isso nunca seria possível e, aos 13, encontrei um sítio no Havai para fazer windsurf. Decidi que para me tornar windsurfer teria de ir para o Havai e, aos 16, deixei a escola na Alemanha e mudei-me para lá”, lembra.
Reconhecendo que o seu nome estará “sempre ligado ao feito da Nazaré”, Sebastian Steudtner garante que não surfa “para alcançar recordes mundiais, reconhecimento ou nada desse género”.
“A minha motivação foi e sempre será o prazer, o divertimento pelo surf e por explorar aquilo que consigo fazer (…) de estar no mar no meio daquele fenómeno da natureza”, realça.
O surfista salienta igualmente que “nenhum atleta pode participar num tornado, ninguém pode tocar na lava de um vulcão enquanto na maior força da natureza no mar, as ondas grandes, podemos participar. Isso é muito mais recompensador do que um prémio”, garante.
Sobre os pensamentos e sensações quando se ‘apanham’ este tipo de ondas, Steudtner diz que “é difícil explicar…”
“Não tenho medo, deixo-me ir, não penso e apenas faço. Sentimo-nos insignificantes, pequenos e que não somos nada em comparação com a onda, mas, ao mesmo tempo, sentes que tens capacidade de estar lá”, descreve.
Por todos os perigos inerentes a esta actividade, o surfista salienta que “a segurança é essencial”.
“O Marco Medeiros tem tido um papel fundamental na minha equipa de segurança, conduzindo o jetski e ajudando-me em todo o sistema de segurança. Por isso, fico bastante satisfeito por ver o seu conhecimento, tecnologia e a forma como ele treina a sua equipa”, elogia.
A terminar, Sebastian Steudtner revela que agora “quer apanhar bem esta onda para depois poder voltar cá também pelas ondas normais”.
“Este é certamente um bom local para se estar”, realça o surfista alemão.
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