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Gostava de um país onde o Pedro Abrunhosa pudesse dizer o que lhe apetece num concerto sem que o tentassem silenciar.
Gostava de um país onde a São José Lapa pudesse manifestar que não vê o Pedro Abrunhosa como a voz de todos os portugueses sem ser trocidada.
Gostava de um país onde os artistas pudessem ir tocar à festa que querem sem serem insultados.
Gostava de um país onde as nossas indignações apontassem para juntarmos forças por um país mais justo, mais fraterno, mais solidário, mais livre, mais democrático, mais equitativo, mais feliz. Em vez de nos demorarmos na merda das tricas e das questiúnculas que nos levam a futuro nenhum.
Mas eu também gostava de encontrar a porra das tampas dos tupperwares e nem isso consigo, portanto o que eu gostava importa pouco.