E AGORA RIO DE ONOR POR FRANCISCO MADRUGA

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E agora, Rio de Onor?
Perante a eminente invasão mediática da Ucrânia pela Rússia, não me restou outra saída a não ser ter-me refugiado na inóspita aldeia de Rio de Onor, metade portuguesa, metade espanhola.
As comunicações com os meus contactos estariam a ser “basculhadas” pelo Putin?
Não arrisquei!
A internet, a maior parte das vezes, não tem rede, os telemóveis vão beber às redes espanholas e os Correios demoram semanas a distribuir a correspondência.
Não arrisquei, o início da Guerra tinha data marcada, só não diziam a hora!
Fui assistindo a tudo:
– A batalha campal no Dragão.
– A festa em Alvalade.
– A contagem dos votos pelo círculo eleitoral da europa.
– O corrupio de chefes de estado a Moscovo para se reunirem com o Putin em mesa de 5 metros (imaginem 5 metros, é muito metro!).
– A telenovela da recusa dos testes Covid, para evitar que os russos ficassem com o ADN em arquivo. Mas então os russos não conseguem sabotar, interferir, manipular e até digo eu, serem uma ameaça séria à Paz Mundial? Fiquem a saber que eles já têm o ADN de todos aqueles, que antes da pandemia andavam aos beijos, abraços e a beber umas vodkas com o Putin.
Marques Mendes empinava-se na cadeira e em bicos de pés afirmava com grande vigor que as sanções seriam terríveis. Ele foi um desfilar de manipulação, o Santos Silva, o Cravinho, o Portas, os jornalistas residentes e os correspondentes de guerra foram fazendo ataques cirúrgicos. A população Ucraniana e Russa foram respondendo com a serenidade de quem não tem nada a ver com estas Guerras.
Foram mostrando umas imagens de Melícias extremistas mercenárias, que não tiveram a coragem de identificar, mas verdadeiramente a guerra deles era outra, as audiências.
Durante todo este tempo, fomos sentindo os efeitos desta Guerra Virtual, o aumento do gás, dos combustíveis e de outros produtos.
Em contrapartida, as grandes empresas petrolíferas e do gás, foram acumulando mais lucros pela subida dos preços.
Os Estados Unidos, estão com um problema sério. Neste momento, têm um excedente na produção de Gás Natural, mas não têm a quem o vender!
Os Russos e os Alemães, estão a construir um segundo Gasoduto que transportará o Gás da Rússia para a Europa.
Sobre isto, Biden já declarou – Nunca, jamais em tempo algum!
Hoje, ou terá sido ontem? O Secretário-Geral da Nato, veio exigir aos seus membros, que aumentem o orçamento militar para 2% do PIB. São ordens dos Senhores das Guerras, que as fomentam para vender mais armamento.
Poderiam os Senhores do Mundo, fazer o favor de desviarem estas verbas para a cultura, a saúde, a educação e a investigação!?
Poderiam os Senhores do Mundo, pagar as verbas em dívida à ONU e permitir que esta como a Organização mais representativa das Nações, pudesse desempenhar o verdadeiro papel de garantir a Paz.
Em janeiro 1981, no âmbito da preparação da Conferência de Paz de Helsínquia, foram realizados em Moscovo, encontros com dezenas de delegações que iriam participar na Conferência. Foi claro que, apesar das muitas divergências, seria imperioso o combate à instalação de novas e sofisticadas armas nucleares na Europa Central. Só com a dissolução dos Blocos Nato e Pacto de Varsóvia e a supervisão das Nações Unidas seria possível manter os equilíbrios geoestratégicos.
O Pacto de Varsóvia acabou, mas a NATO continua!
Seríamos todos mais sensatos, se dessemos mais ouvidos ao Papa Francisco ou até a António Guterres, nos seus apelos ao diálogo.
Lembremo-nos que, qualquer Guerra, que envolva países detentores de armas nucleares, será o fim da Vida na Terra como a conhecemos.
Só um louco a poderia desencadear, mas que os há, disso não duvido!
A Guerra, só vai onde há riquezas para explorar!
Poderiam fazer uma Grande Guerra, pela vacinação da população mundial, das condições de habitação, de saúde, da educação e de outras frentes nos países mais pobres.
Não é pedir muito, são só 2% do PIB, dos países mais ricos do Mundo!
Deixo Rio de Onor convencido que, se voltar serei bem recebido, mas não tenho a certeza de lá me esconder em segurança em caso de Guerra Nuclear, é só disso que estamos a falar!
E não me venham com a conversa da treta, pois estamos a assistir às contradições insanáveis, entre os Estados Unidos e a Rússia, países onde o ultraliberalismo impera, servindo a Europa de tapete para a passagem das Guerras mediáticas, pela supremacia bélica (leia-se venda de armas) e pelo domínio das riquezas que brotam do subsolo russo, petróleo, gás natural, lítio e o que mais se descobrirá.
Obrigado, Rio de Onor pelo abrigo da mesa, da cama de lençóis de linho, da lareira que aquece, da vossa fraternidade que acolhe campos, famílias, tradições e ancestralidade na vizinhança entre portugueses e espanhóis.
Como dizia uma habitante russa, de uma aldeia junto à fronteira, respondendo a uma pergunta de Cândida Pinto, “Não, não tenho medo da guerra. Russos e Ucranianos somos amigos. Temos amigos e familiares de um e outro lado da fronteira. Não vai haver Guerra!”.
Cuidado que os Chineses andam por aí!
Tenham vergonha! Já dizia a Joacir Catar Moreira.
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