Views: 1
![May be an image of one or more people, people standing and outdoors](https://scontent.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.6435-9/241004841_10221774516253769_8727307570796786463_n.jpg?_nc_cat=107&ccb=1-5&_nc_sid=825194&_nc_ohc=xzDTwTYAUQAAX9yGXj7&_nc_ht=scontent.fpdl1-1.fna&oh=a4a5f73964be9b86c2577632a82ef76e&oe=615AF4BC)
Portuguese original bronze cannon ‘Si Jagur’ at Fatahillah Park in Jakarta, Indonesia (1947)
See original
Rate this translation
3 comments
1 share
Like
Comment
Share
3 comments
All comments
- José Bárbara BrancoEste canhão português foi trazido de Malaca, após a queda da praça nas mãos dos holandeses, para Batávia, a actual Jacarta. Esta peça, enorme, “Tendo a culatra com a forma invulgar dum punho fechado, simbolo de relações sexuais para os indonésios, tem em Java a reputação de ser uma fonte de fertilidade. Por muitas gerações as mulheres estéreis vinham, de perto ou de muito longe, trazer flores a “Si Djagur”, nome dado pelos javaneses ao canhão. Depois, sentavam-se no canhão, acreditando que assim se tornavam férteis. Alguns anos após a independência, no empenho de combater a superstição, o governo ordenou que o canhão fosse transferido da entrada para um armazém do Museu Nacional. De nada serviu. Numerosos grupos de mulheres se juntavam diariamente à porta do Museu, protestando, pedindo com grande alarido que lhes franqueassem o armazém e as deixassem sentar-se sobre o canhão. Como essa crença parecesse haver esmorecido, o canhão saiu posteriormente da arrecadação onde estivera escondido e passou a estar exposto à entrada do Museu de Kota, no centro histórico de Jacarta. Porém, segundo me dizem, as mulheres estéreis voltaram a visitá-lo para lhe trazerem flores e nele se sentarem.” (in António Pinto da França, 2003, “A Influência Portuguesa na Indonésia”, Lisboa, Prefácio – Edição de Livros e Revistas, p. 49. Fotografia do Si Djagur nas arrecadações do Museu Nacional de Jacarta (foto de A. P. da França):