PICO QUER MELHORES LIGAÇÕES

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Empresários do Pico pedem a Bolieiro melhores ligações aéreas e marítimas nas novas OSP
O Presidente da Associação Comercial e Industrial da Ilha do Pico, remeteu uma carta ao Presidente do Governo Regional dos Açores e ao Secretário Regional dos Transportes, Turismo e Energia, relativamente ao “Modelo de Obrigações de Serviço Público de Transporte Marítimo de Passageiros e Viaturas”, defendendo melhores ligações aéreas e marítimas no triângulo.
Rui Lima diz que o novo modelo de Obrigações de Serviço Público de Transporte Marítimo de Passageiros e Viaturas, tem a sua face mais visível na eliminação da ligação marítima de viaturas e passageiros entre os três grupos do arquipélago dos Açores. Entendemos a medida, como consequência da introdução da “tarifa Açores” nas ligações aéreas, sendo essa, uma opção político/estratégica do Governo dos Açores, e da sua responsabilidade, que encaramos como uma decisão legítima, que respeitamos”.
“Alertamos contudo para a necessidade de uma eficiente resposta, na programação da SATA, para que a Ilha do Pico tenha uma resposta atempadamente eficiente, no número de lugares disponíveis, e não recorrendo, como normalmente, às listas de espera e voos extra. Situação sobremaneira penalizadora para uma eficiente programação turística e empresarial”, lê-se na missiva a que tivemos acesso. Os empresários do Pico dizem que, no que diz respeito, às ligações entre as Ilhas do Faial, Pico e São Jorge, “o transporte, quer de passageiros, quer de viaturas, entre estas três ilhas, logicamente, não sofre qualquer benefício com a “tarifa Açores”, por via aérea, uma vez que histórica, tradicional e naturalmente, a sua proximidade “obriga” a que esse transporte se faça, via marítima. Contudo, o enorme sucesso da medida (tarifa Açores), nomeadamente a enorme procura pelas ilhas do “triângulo”, não pode nem deve ser descuidada a qualidade desse serviço, a rápida e eficiente mobilidade, entre as três ilhas, sendo obrigatória a sua atualização e projeção futura, sob pena de se condicionar, futuramente, o sucesso da “tarifa Açores” nestes destinos
específicos”.
E acrescenta: “Entendemos portanto, que devem ser mantidas no Verão e essencialmente nos “picos” de procura, no mínimo, a ligação bi-diária entre estas três ilhas, bem como a criação de condições, a curto prazo, para a fixação de um barco nas Velas, que permita de forma permanente, a ligação Velas/São Roque e Madalena/Horta”.
“Como nota, julgamos elementar, que para esse objetivo ser real e eficiente, terá que se ter em conta a ligação terrestre entre São Roque e Madalena através do ajuste das OSP existentes, do transporte coletivo de passageiros na ilha do Pico (nomeadamente na Carreira do Norte). Relativamente a essa ligação permanente Velas/São Roque, bem como das duas ligações diárias, nos meses de grande procura, não conseguimos encontrar essa garantia, no documento agora a concurso”, sublinha a carta.
Rui Lima recorda que se trata de um universo de cerca de 36.000 pessoas, “em que o triângulo deixou há muito de ser a mera localização geográfica das três ilhas, mas a uma realidade, social e económica, em que a eficiente mobilidade, será crucial para o seu desenvolvimento. É do senso comum, ter a noção que para além do bem-estar da população residente e das trocas comerciais já existentes, a grande maioria dos visitantes que se deslocam a uma ilha, visita ou pretende visitar as restantes”.
E ACIP conclui: “O mar que nos separa, é o encanto das três ilhas, mas será também, obrigatoriamente, o que as tem de unir, de forma eficiente, objetiva e sem qualquer tipo de dúvida ou receio. Cabe ao Governo Regional, potenciar a mobilidade eficiente, entre estas três ilhas, algo que no documento em discussão, não vemos com uma efetiva garantia.
Mais do que concordar ou discordar com o documento, entendemos como pertinente, realizar uma chamada de atenção, incidindo em pontos que entendemos como essenciais, para o futuro do tecido empresarial da ilha do Pico e que sendo da inteira responsabilidade do Governo dos Açores, não nos demitimos de reivindicar ou apelar a uma estratégia, que será marcante na nossa vivência, nomeadamente a garantia de viagens bi diárias e a linha Velas/São Roque”.
(Diário dos Açores de 28/08/2021)
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