demorou 12 anos a concretizar-se O FIM DO HUMOR E O POLITICAMENTE CORRETO

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veja-se hoje o que antecipei em 2009
13.14. O FIM DO HUMOR E O POLITICAMENTE CORRETO, SET.º 2009

 

Ter humor é possuir a capacidade de entender a discrepância entre duas realidades: os factos e o sonho ou criatividade, as limitações do sistema e o poder da fantasia criadora. O humor é a forma de expressão em que ocorre um sentimento de alívio face às limitações dramáticas da existência e da própria tragédia, sinal da transcendência do ser humano. O humor é libertador. Rir, mesmo parecendo fútil, é importante. Sorrir e ter humor sobre o que nos rodeia (a violência com a qual a sociedade nos pretende submeter), é uma forma de nos opormos. Só o que é capaz de relativizar as coisas mais sérias, embora as assuma, pode ter humor. O maior inimigo é o fundamentalista e o dogmático. Ninguém viu um terrorista ou um severo conservador esboçar um sorriso. Geralmente são tão tristes como se fossem ao seu enterro, basta ver os rostos crispados. Como afirmou Nietzsche, “festejar é dizer: sejam bem-vindas todas as coisas. Pela festa o ser humano rompe a monotonia do quotidiano”. Façamos uma festa…!

Não me espanto com blogues cingidos ao politicamente correto, Vivo num mundo diferente. Sem questionar o feminismo ou outros ismos (antissionismo, antilourismo, etc.,) todas as piadas são objecionáveis por se basearem em estereótipos, humanos, animais, ambos ou nenhuma. Depois dos defensores desses “ismos” terem colocado as objeções, contra clichés de mulher, louras, alentejanos, políticos, judeus, cristãos, islâmicos, pobres, ricos, estudantes, professores, animais (em especial os que estão na mala dos carros com a esposa), o que fica: NADA. Acaba-se o humor. É verdade que me sinto incomodado com a violência gratuita, “innuendo” (insinuações) da TV, telejornais e séries, pois são armas de estupidificação globalizante que a todos corroem. O humor usa a linguagem dos estereótipos a substituir, ciclicamente.

Desde 1980 vi surgir a censura, dissimulada em fundamentos aceitáveis, pretendendo sanitizar as mentes. Começou na Austrália quando o politicamente correto foi introduzido em meados daquela década. Como tradutor profissional tive de o seguir, mas como ser inteligente (no sentido de pensante) recuso-o hoje como ontem.

Deve-se lutar contra a discriminação, sob todas as formas, assédio sexual, político e outros, contra o salário de miséria e exploração (reminiscente da Revolução Industrial), contra as quotas ou falta delas nos elencos femininos do governo, a falta de acesso a pessoas com deficiências. Lute-se contra isso tudo mas deixem o humor de lado. Com o politicamente correto acaba-se o humor. Esse é o cerne da questão. Quando se definiu, o politicamente correto era a forma mais fascista de sanitizar a língua, o pensamento e a vida, criando uma sociedade assética e inócua. Todos iguais e cinzentos de acordo com a norma.

Não é só no humor que a situação é preocupante, a educação merece aturada atenção. Há canudos, por encomenda, a passagem de iletrados em qualquer nível do ensino, a massificação da ignorância nacional, o entorpecimento da mente através de programação subliminar, preparada em gabinetes de psicologia de guerra. O alvo é a destruição dos pilares tradicionais: família, professores, juízes, médicos, e instituições rumo à criação do Homo Novus, plano sabiamente arquitetado por maçonarias, Bilderberg, usando como cabeças-de-turco divindades que acumulam funções de Presidente ou primeiro-ministro. Do livro de Daniel Estulin[1]):

“A história do Clube Bilderberg é a da subjugação impiedosa da população pelos governantes. Um Estado Policial Global, que formula a NOM (Nova Ordem Mundial) e ultrapassa o pior pesadelo de Orwell, um governo invisível, omnipresente, que manipula na sombra, controla os EUA, União Europeia, OMS, ONU, Banco Mundial, FMI e similares. A técnica consiste em submeter a população a uma situação de insegurança, angústia e terror, de modo a que fique tão desesperada, com medo, que peça uma solução, qualquer que seja. A técnica tem sido aplicada a gangues de rua, às crises financeiras, às drogas e ao sistema educacional e prisional. Em relação ao sistema educacional os estudos do Clube Bilderberg demonstram que conseguem diminuir o coeficiente intelectual médio, para isso não só manipulam as escolas e as empresas, mas também a arma mais letal: a televisão, para afastar a população de situações estimulantes e conseguir entorpecê-la. O objetivo final é transformar a Terra num planeta-prisão, Mercado Globalizado Único, vigiado por um Exército Mundial Único, regulado economicamente por um Banco Mundial e Moeda única. Um mundo com a população controlada por microchips com necessidades vitais reduzidas ao materialismo e à sobrevivência: trabalhar, comprar, procriar, tudo conectado a um computador global que supervisionará cada movimento. Os membros do Bilderberg “possuem” os bancos centrais e, determinam os juros, a disponibilidade de dinheiro, o preço do ouro e os países a receber empréstimos. Ao movimentar divisas, os membros do Bilderberg ganham milhares de dólares.”

A ideia é criar uma sociedade dócil, de ignorância massificada através das “Novas Oportunidades” e outros diplomas a “martelo”, incapaz de pensar, argumentar, discursar ou filosofar. Como os professores mais novos já pertencem a essa “colheita”, em breve, toda a nação se rege por esse protocolo entorpecente. Será muito mais fácil, manipulá-los, enganá-los e explorá-los. Por outro lado, toda a sociedade irá depender economicamente do Estado para desenvolver projetos e atividades. Cada vez mais, a teia se enrola, como uma cascavel, sugando a vida e liberdade. Nem Salazar nem Orwell conceberiam um plano tão maquiavélico, nem teriam meios de o implementar. Perguntar-se-á, ninguém dá conta? Alguns darão, mas como não podem escrever livremente, nem os jornais ou telejornais aceitariam um discurso crítico, o povo fica sem acesso a tais opiniões divergentes. Incapaz sequer as equacionar e, como não tem capacidade de discernir não as distinguiria das notícias falsas (fake news). Dentro de uma ou duas gerações, Portugal terá a população mais dócil e manipulável. Todos diplomados, licenciados, mestrados, com diplomas de literacia, mas poucos saberão ler e escrever e menos terão a capacidade de discernir ou pensar livre e criticamente. A nova ditadura, instaurada sub-repticiamente como um vírus informático, esconder-se-á sob o manto diáfano da democracia.

[1] (“A Verdadeira História do Clube Bilderberg.” nos últimos 50 anos, um grupo de poderosos reúne-se secretamente para planear as decisões que movem o mundo e que, depois, acontecem. O jornalista e especialista em comunicação Daniel Estulin, há 13 anos investiga as atividades do Clube. Ganhou três prémios de pesquisa, EUA e Canadá, e aponta quem manipula na sombra as organizações. O livro foi editado em 28 países em 21 idiomas