Vocabulario Ortografico Da Lingua Portuguesa – VOLP

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Published by Irina Marina
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XV DIVISÃO SILÁBICA
47. A divisão de qualquer vocábulo, assinalada pelo hífen, em regra se faz pela soletração, e não pelos seus elementos constitutivos segundo a etimologia. 48. Fundadas neste princípio geral, cumpre respeitar as seguintes normas: 1.ª – A consoante inicial não seguida de vogal permanece na sílaba que a segue: cni-do-se, dze-ta, gno-ma, mne-mô-ni-ca, pneu-má-ti-co, etc. 2.ª – No interior do vocábulo, sempre se conserva na sílaba que a precede a consoante não seguida de vogal: ab-di-car, ac-ne, bet-as-mita, daf-ne, drac-ma, ét-ni-co, nup-cial, ob-fir-mar, op-ção, sig-ma-tismo, sub-por, sub-ju-gar, etc. 3.ª – Não se separam os elementos dos grupos consonânticos iniciais de sílaba nem os dos digramas ch, lh e nh: a-blu-ção, a-bra-sar, a-che-gar, fi-lho, ma-nhã, etc. OBSERVAÇÃO

Nem sempre formam grupos articulados as consonâncias bl e br: nalguns casos o l e o r se pronunciam separadamente, e a isso se atenderá na partição do vocábulo; e as consoantes dl, a não ser no termo anomatopéico, dlim, que exprime toque de campanhia, proferem-se desligadamente, e na divisão silábica ficará o hífen entre essas duas letras: Ex.: sub-lin-gual, sub-ro-gar, ad-le-ga-ção, etc. 4.ª – O sc no interior do vocábulo biparte-se, ficando o s numa sílaba e o c na sílaba imediata: a-do-les-cen-te, con-va-les-cer, des-cer, ins-ci-en-te, pres-cin-dir, res-ci-são, etc. OBSERVAÇÃO

Forma sílaba com o prefixo antecedente o s que precede consoante: abs-tra-ir, ads-cre-ver, ins-cri-ção, ins-pe-tor, ins-tru-ir, in-ters-tí-cio, pers-pi-caz, subs-cre-ver, subs-ta-be-le-cer, etc. 5.ª – O s dos prefixos bis, cis, des, dis, trans, e o x do prefixo ex não se separam quando a sílaba seguinte começa por consoante; mas, se principia por vogal, formam sílaba com esta e separam-se do elemento prefixal: bis-ne-to, cis-pla-ti-no, des-li-gar, dis-tra-ção, trans-por-tar, ex-tra-ir, bi-sa-vô, ci-san-di-no, de-ses-pe-rar, di-sem-té-ri-co, transa- tlân-ti-co, e-xér-ci-to, etc. 6ª – As vogais idênticas e as letras cc, cç, rr e ss separam-se, ficando uma na sílaba que as precede e outra na sílaba seguinte: caa- tin-ga, co-or-de-nar, du-ún-vi-ro, fri-ís-si-mo, ge-e-na, in-te-lecção, oc-ci-pi-tal, pror-ro-gar, res-sur-gir, etc. OBSERVAÇÃO

As vogais de hiatos, ainda que diferentes uma da outra, também se separam: a-ta-ú-de, cai-ais, ca-í-eis, do-er, du-e-lo, fi-el, flu-iu, fru-ir, gra-ú-na, je-su-í-ta, le-al, mi-ú-do, po-ei-ra, ra-i-nha, sa-ú-de, viví- eis, vo-ar, etc. 7.ª – Não se separam as vogais dos ditongos

crescentes e decrescentes

nem as dos tritongos: ai-ro-so, a-ni-mais, au-ro-ra, ave- ri-güeis, ca-iu, cru-éis, en-jei-tar, fo-ga-réu, fu-giu, gló-ria, guai-ar, i-guais, já-mais, jói-as, ó-dio, quais, sá-bio, sa-guão, sa-guões, su-bornou, ta-fuis, vá-rios, etc. OBSERVAÇÃO 1.ª

Não se separa do u precedido de g ou q a vogal que o segue, acompanhada ou não de consoante: am-bí-guo, e-qui-va-ler, guer-ra, u-bí-quo, etc.
XVI EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS
49. Emprega-se letra inicial maiúscula: 1.º –
No começo do período, verso ou citação direta: Disse o PADRE ANTONIO VIEIRA: “Estar com
CRISTO em qualquer lugar, ainda que seja no i
nferno, é estar no Paraíso.” “Auriverde pendão de minha
terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas
da Esperança…” (CASTRO ALVES)
OBSERVAÇÃO

Alguns poetas usam, à espanhola, a minúscula no princípio de cada verso quando a
pontuação o permite, como se vê em CASTILHO: “Aqui, sim, no meu cantinho, vendo rir
-me o candeeiro,
gozo o bem de estar sòzinho e esquecer o mundo inteiro.”
2.º – Nos substantivos próprios de qualquer espécie

antropônimos, topônimos, patronímicos, cognomes, alcunhas, tribos e castas, designações de comunidades religiosas e políticas, nomes sagrados e relativos a religiões, entidades mitológicas e astronômicas, etc.: José, Maria, Macedo, Freitas, Brasil, América, Guanabara, Tietê, Atlântico, Antoninos, Afrosinhos, Conquistador, Magnânimo, Coração de Leão, Sem Pavor, Deus, Jeová, Alá, Assunção, Ressurreição, Júpiter, Baco, Cérbero, Via-Láctea, Canopo, Vênus, etc. OBSERVAÇÃO 1.ª

As formas onomásticas que entram na composição de palavras do vocabulário comum escrevem-se com inicial minúscula quando constituem, com os elementos que se ligam por hífen, uma unidade semântica; quando não constituem unidade semântica, devem ser escritas sem hífen e com

inicial maiúscula: água-de-colônia, joão-de-barro, maria-rosa (palmeira), etc.; Além, Andes, aquém Atlântico, etc. OBSERVAÇÃO 2.ª

Os nomes de povos escrevem-se com inicial minúscula, não só quando designam habitantes ou naturais de um estado, província, cidade, vila ou distrito, mas ainda quando representam coletivamente uma nação: amazonenses, baianos, estremenhos, fluminenses, guarapuavanos, jequienses, paulistas, pontalenses, romenos, russos, suíços, uruguaios, venezuelanos, etc. 3.º – Nos nomes próprios de eras históricas e épocas notáveis: Hégira, Idade Média, Quinhentos (século XVI); Seiscentos (o século XVII), etc. OBSERVAÇÃO

Os nomes dos meses devem escrever-se com inicial minúscula: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agôsto, setembro, outubro, novembro e dezembro. 4.º – Nos nomes de vias e lugares públicos: Avenida Rio Branco, Beco do Carmo, Largo da Carioca, Praia do Flamengo, Praça da Bandeira, Rua Larga, Rua do Ouvidor, Terreiro de São Francisco, Travessa do Comércio, etc. 5.º – Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Nação, Estado, Pátria, Raça, etc. OBSERVAÇÃO

Êsses nomes se escrevem com inicial minúscula quando são empregados em sentido geral ou indeterminado. 6.º – Nos nomes que designam artes, ciências ou disciplinas, bem como nos que sintetizam, em sentido elevado, as manifestações do engenho do saber: Agricultura, Arquitetura, Educação Física, Filologia Portuguêsa, Direito, Medicina, Engenharia, História do Brasil, Geografia, Matemática, Pintura, Arte, Ciência, Cultura, etc. OBSERVAÇÃO: Os nomes idioma, idioma pátrio, língua, língua portuguêsa, vernáculo e outros análogos escrevem-se com inicial maiúscula quando empregados com especial relêvo. 7.º – Nos nomes que designam altos cargos, dignidades ou postos: Papa, Cardeal, Arcebispo, Bispo, Patriarca, Vigário, Vigário- Geral, Presidente da República, Ministro da Educação, Governador do Estado, Embaixador, Almirantado, Secretário de Estado, etc. 8.º – Os nomes de repartições, corporações ou agremiações, edifícios, e estabelecimentos públicos ou particulares: Diretoria-Geral do Ensino, Inspetoria de Ensino Superior, Ministério das Relações Exteriores,
Academia Paranaense de Letras, Círculo de Estudos “Bandeirantes”, Presidência
da República, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Tesouro do Estado, Departamento Administrativo do Serviço Público, Banco do Brasil, Imprensa Nacional, Teatro de São José, Tipografia Rolandiana, etc. 9.º – Nos títulos de livros, jornais, revistas, produções artísticas, literárias e científicas: Imitação de Cristo, Horas Marianas, Correio da Manhã, Revista Filológica, Transfiguração (de RAFAEL), Norma (de BELLINI), O Guarani (de CARLOS GOMES), O Espírito das Leis (de MONTESQUIEU), etc. OBSERVAÇÃO

Não se escrevem com maiúscula inicial as partículas monossilábicas que se acham no interior de vocábulos compostos ou de locuções ou expressões que têm iniciais maiúsculas: Queda do Império, O Crepúsculo dos Deuses, Histórias sem Data, A Mão e a Luva, Festas e Tradições Populares do Brasil, etc. 10.º – Nos nomes de fatos históricos importantes, de atos solenes e de grandes empreendimentos públicos: Centenário da Independência do Brasil, Descobrimento da América, Questão Religiosa, Reforma Ortográfica, Acôrdo Luso-Brasileiro, Exposição Nacional, Festa das Mães, Dia do Município, Glorificação da Língua Portuguesa, etc. OBSERVAÇÃO

Os nomes das festas pagãs ou populares escrevem-se com inicial minúscula: carnaval, entrudo, saturnais, etc. 11.º – Nos nomes de escolas de qualquer espécie ou grau de ensino: Faculdade de Filosofia, Escola Superior de Comércio, Ginásio do Estado, Colégio de Pedro II, Instituto de Educação, Grupo Escolar de Machado de Assis, etc. 12.º – Nos nomes comuns, quando personificados ou individuados, e de sêres morais ou fictícios: A Capital da República, A Transbrasiliana, moro na Capital, o Natal de Jesus, o Poeta Camões, a ciência da Antiguidade, os habitantes da Península, a Bondade, a Virtude, o Amor, aIra, o Mêdo, o Lôbo, o Cordeiro, a Cigarra, a Formiga, etc. OBSERVAÇÃO

Incluem-se nesta norma os nomes que designam atos das autoridades da República quando empregados em correspondência ou documentos oficiais. A Lei de 13 de maio, o Decreto-Lei n.o 292, o Decreto n.o 20.108, a Portaria de 15 de junho, o Regulamento n.o 737, o Acórdão de 3 de agosto, etc.

13.º

Nos nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do Oriente; o falar do Norte é diferente do falar doSul; a guerra do Ocidente, etc. OBSERVAÇÃO

Os nomes dos pontos cardeais escrevem-se com inicial minúscula quando designam direções ou limites geográficos. Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste. 14.º

Nos nomes, adjetivos, pronomes e expressões de tratamento ou reverência: D. (Dom ou Dona), Sr. (Senhor), Sr.a (Senhora), DD. ou Dig.mo (Digníssimo), MM. ou M.mo (Meritíssimo), Rev.mo (Reverendíssimo), V. Rev.a (Vossa Reverência), S. E. (Sua Eminência), V. M. (Vossa Majestade), V. A. (Vossa Alteza), V. S.a (Vossa Senhoria), V. Ex.a (Vossa Excelência), V. Ex. Rev.ma (Vossa Excelência Reverendíssima), V. Exa.as (Vossas Excelências), etc. OBSERVAÇÃO

As formas que se acham ligadas a essas expressões de tratamento devem ser também escritas com iniciais maiúsculas: D. Abade, Ex.ma Sr.a Diretora, Sr. Almirante, Sr. Capitão-de-Mar-e-Guerra, MM. Juiz de Direito, Ex.mo e Rev.mo Sr. Arcebispo Primaz, Magnífico Reitor, Excelentísismo Senhor Presidente da República, Eminentíssimo Senhor Cardeal, Sua Majestade Imperial, Sua Alteza Real, etc. 15.o

Nas palavras que, no estilo epistolar, se dirigem a um amigo, a um colega, a uma pessoa respeitável, as quais, por deferência, consideração ou respeito, se queira realçar por esta maneira: meu bom Amigo, caro Colega, meu prezado Mestre, estimado Professor, meu querido Pai, minha adorável Mãe, meu bom Padre, minha distinta Diretora, caro Dr., prezado Capitão, etc.
XVII SINAIS DE PONTUAÇÃO
50. Aspas

Quando a pausa coincide com o final da expressão ou sentença que se acha entre aspas, coloca-se o competente sinal de pontuação depois delas, se encerram apenas uma parte da proposição; quando, porém, as aspas abrangem todo o período, sentença, frase ou expressão, a respectiva notação fica abrangida por elas.
“Aí temos a lei”, dizia o Florentino. “Mas quem as há de segurar? Ninguém.” (RUI BARBOSA)

“Mísera! tivesse eu aquela enorme, aquela

Claridade imortal, que tôda a luz resume!”

“Por que não nasci eu um simples vaga

lume?”
(MACHADO DE ASSIS) 51. Parênteses

Quando uma pausa coincide com o início da construção parentética, o respectivo sinal de pontuação deve ficar depois dos parênteses; mas, estando a proposição ou a frase inteira encerrada pelos parênteses, dentro deles se põe a competente notação:
“Não, filhos meus (deixai
-me experimentar, uma vez que seja, convosco, êste suavíssimo nome); não: o coração não é tão frívolo, tão exterior, tão
carnal, quanto se cuida.”
(RUI BARBOSA)
“A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que se tem inventado para a divulgação do pensamento.” (CARLOS DE LAET)
52. Travessão

Emprega-se o travessão, e não o hífen, para ligar palavras ou grupos de palavras que formam, pelo assim dizer, uma cadeia na frase: O trajeto Mauá

Cascadura; a estrada de ferro Rio

Petrópolis; a linha aérea Brasil

Argentina; o percurso Barcas

Tijuca, etc. 53. Ponto-final

Quando o período, oração ou frase termina por abreviatura, não se coloca o ponto-final
adiante do ponto abreviativo, pois êste, quando coincide com aquêle, tem dupla serventia. Ex.: “O ponto
abreviativo põe-se depois das palavras indicadas abreviadamente por suas iniciais ou por algumas das
letras com que se representam: v.g.: V. S.a, Il.mo, Ex.a, etc.” (Dr. ERNESTO CARNEIRO RIBEIRO)

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