a falsa defesa do ambiente

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FALAMOS DE QUÊ
QUANDO ESTAMOS A FALAR DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE?
Escreve António Gil
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Por que razão não levo a agenda ”ambientalista” ocidental a sério?
1- Pesquisei – em vão – por anos a ausência de referências aos maiores criminosos ecológicos de todos os tempos: os militares dos EUA (testes atómicos em ecossistemas frágeis (ilhas de Bikini, no Pacífico), experiências com radioactividade em populações indefesas e marginalizadas, suas grandes petrolíferas e seu legado de ataques ao ecossistema. Nos anos 80, quando me dediquei à causa, ainda havia partidos (de esquerda) que eram sensíveis a este tema. Isso sumiu de suas agendas. O complexo militar industrial passa por entre as gotas da chuva da crítica Gretaniana e de muitas outras da ”agenda verde”. No entanto é inegável que é difícil encontrar maiores criminosos ambientais do que aqueles que usam ”armas nucleares tácticas” com urânio (rico ou pobre).
2- O European Green Deal, elaborado sobretudo pelos alemães, faz inúmeros alertas quanto ao perigo do CO2 (que por acaso é indispensável às árvores) mas ignora completamente o glisofato, assassino em massa das abelhas que são indispensáveis ao ecossistema pela sua função (insubstituível) de polinização. Não tenhamos ilusões: não serão mini-drones polinizadores que poderão substituir esse verdadeiro exército verde que são esses insectos que além disso nos fornecem mel e cera. E isto acontece por quê? lembrem-se: a Bayer comprou a Monsanto. Além desse crime ecocida do glifosato, a Bayer também está interessada na ”patente das sementes dos GMO ou organismos geneticamente modificados, no reino vegetal.
3- Da mesma forma, todo o sector químico-industrial não é alvo das medidas previstas no European Green Deal (doravante designado pelas suas iniciais EGD). Não admira: uma das grandes forças económicas da Alemanha ainda reside na Indústria Química (isso já vem desde antes do nazismo e este último só impulsionou a coisa, lembram-se?). O sector do aço também é cuidadosamente preservado (outro sector que Hitler impulsionou e que, como se sabe, ajuda muito à ”carbonização” do planeta. E sim, na Europa, não há concorrência para o aço alemão.
4- No sector da energia, tanto o EGD quanto o AGD (american green deal) anatematizam os combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural). Mas planeiam entregar o sector da energia exactamente às mesmas empresas que poluíram o planeta por dois séculos (ou menos, mas mais de um século, nalguns casos). Triliões de euros e dólares serão distribuídos a essas empresas ( Shell, Exxon, BP e outras) para se ”reconverterem”. É como entregar milhões de ovelhas aos lobos para que deixem de comer ovelhas.
5- A circulação de petroleiros de larga tonelagem pelo mundo causou milhares de acidentes de gravidade diversa. Marés negras produziram verdadeiros ecocídios pelos mares do mundo: quantidades inquantificáveis de vida marinha foram atingidas por estes desastres. Mas para a actual ”agenda verde” o perigo vem da China e da Rússia que querem unir a grande massa continental (Ásia, Europa e África) com vias terrestres, oleodutos e gasodutos. Sim, pode também haver acidentes e atentados contra a tubagem que faz circular a energia pelo mundo. Mas os danos poderão ser limitados por esquemas de segurança cada vez mais aprimorados (fechar a torneira, quando acontecem esses desastres). É muito mais seguro do que as marés negras, acho que ninguém ousa contestar isso. E representa uma economia enorme em consumo de energia para a levar de um ponto A (por exemplo na Ásia) para um ponto B (por exemplo na Europa). Será o fim dos petroleiros no mar? que seja! os oceanos e sua vida merecem respirar.
Andam a tentar comer-nos por parvos, os poderes marítimos mundiais. Venha pois a Belt and Road Initiative. É um plano inteligente para minorar a loucura do tráfego marítimo? é! as potências ocidentais marítimas vão perder com isso? vão! mas ninguém de bom senso pode negar que no fim, até mesmo em termos de emissão de CO2, todos sairemos a ganhar.
Ah os anglo- saxónicos ( EUA e Reino Unido) não vão gostar de perder o seu status de potencias marítimas? temos pena (não)!
Por isso, Gretas e Extinction Rebellios do mundo, gritem o que quiserem: depressa concluí que vós todos não estais nem um pouco preocupados com ecologia. O que vos chateia, verdadeiramente, é que o eixo do poder deixou de ser o ocidente. Isso também explica por que razão sois tão subsidiados e adulados pelos ”grandes” deste mundo
May be an image of map and text that says "ONE ROAD, ONE BELT TURKEY Uruml IRAQ Basra IRAN Beijing CHINA OMAN Xl'a Khambhat BANGLADESH Quanzhon INDIA Guangzhou ollam Arabian Arabiansea sea Beng THALAND Andaman Banda South China sea SRILANKA ECONOMIC BELT MARITIME ROAD Indian Ocean Belttung INDONESIA"
Adriano Figueiredo and 45 others
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  • No fundo são os mesmos que clamam sobre o aquecimento global sem nunca apresentarem soluções que não seja onerarem o cidadão comum com a cumplicidade dos governos mais solicítos a taxar e multar do que a exercer uma verdadeira pedagogia ou optimização de recursos ao seu alcance.

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