recordar DIAS DE MELO

Urbano Bettencourt

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Tibério Silva

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DIAS DE MELO.
(08.04.1925-24.09.2008)
Em dia de aniversário um excerto crítico de Tibério Silva (transcrito do meu livro):
«Dias de Melo recria de uma forma única e plena de autenticidade o ambiente, a linguagem, o imaginário de uma pequena povoação açoriana fechada sobre si mesma, em que a taberna, a casa dos botes, a igreja constituem microcosmos onde as pessoas vão construindo o seu quotidiano. (…)
Para Dias de Melo há fundamentalmente duas classes de indivíduos – os exploradores e os explorados. E a sua obra é, no plano da literatura açoriana, das primeiras a assumir esse problema e a enfrentá-lo em cada página. E mais: o narrador adere à luta do explorado – o baleeiro (figura alegórica) – e lança mãos a uma tarefa que este ciclo da baleia consubstancia: relatar em páginas vibrantes a odisseia de homens que encontram a sobrevivência no punho do remo e no cabo do arpão.»
Tibério Silva, «O ciclo da baleia», em «A Memória da Água-Viva», 5, Dez. de 1979. Transcrito no meu livro «Sala de Espelhos».
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Foto de Dias de Melo: Marc Weymuller
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  • Recordo sempre com muita saudade e justificada emoção Dias de Melo, meu antigo professor de Português no Ciclo Preparatório e amigo depois durante muitos anos. Aprendi muito com ele, no Ciclo Preparatório e através dos seus livros. Estou-lhe muito grat…

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