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EDUARDO FERRAZ DA ROSA – POESIA AÇORIANA
ABALO DA TERRA
“À memória de Vitorino Nemésio”
Senhor, a nossa Ilha
É pasto já do pó antecipado.
– Susto, foi tão duro o alçar da sua mão.
Que nem égua, terra ou água, ai!
Se deu por mansa no seu tino. (…)
No “Bombita” a essa hora.
Não sentiste, oh felizardo!
A ferradura solta – cardo do mar perdido,
O cavalo caído e peado, sem chão,
No seu cerrado.
1980
@Eduardo Ferraz da Rosa nasceu na Praia da Vitória em 1954.
Licenciou-se e doutorou-se em Filosofia na Universidade Católica. Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e a Faculdade de Ciências Socias e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
É professor na Universidade dos Açores de Filosofia e Cultura Portuguesa, é investigador, escritor, ensaísta e poeta com vasta obra publicada. Foi Conselheiro Nacional de Educação pela Região Autónoma dos Açores. Foi co-diretor do jornal “Vida Académica” e do programa radiofónico “Vampiros”. Foi delegado regional do FAOJ e dirigiu o gabinete de Informação e Divulgação Cultural para as Comunidades. Estrou-se em poesia e conto, em 1970, no jornal “O Heraldo Português” de Taunton (Massachussets). Foi Consultor do Governo Regional dos Açores e das Câmaras de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, Investigador na Biblioteca e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo, e Director da Biblioteca e Centro de Documentação do Hospital da Ilha Terceira.
Entre livros, artigos de jornal e de revista, estudos e ensaios, coordenações editoriais e conferências, destacam-se “E o Mar este Silêncio” (poesia), com carta-prefácio de Vitorino Nemésio (1980), “Vitorino Nemésio, Uma Poética da Memória”, com prefácio de José Enes (1989), “Açorianidade e Autonomia – Organização” (1989), “Uma Hermenêutica Trágica da Experiência do Mistério: Finitude e Esperança em Antero de Quental (1991)” e “Luís Bernardo Leite de Athaíde: Uma Estética da Açorianidade” (1991). “Perspetivas Antropológicas e Éticas na Prática da Medicina” (1991), “As Semanas de Estudos dos Açores: Um Projeto Solidário de Cultura e de Desenvolvimento” (1992), “O Culto e a Devoção ao Divino Espírito Santo na Historiografia, na Cultura e na Sociedade Açoriana” (1999) e “Almeida Garrett, os Açores e a Praia da Vitória: Duas Memórias Garrettianas da Praia no Bicentenário do seu Nascimento” (1999) são outras das obras de Eduardo Ferraz da Rosa. Escreveu, ainda, “Memória Biobibliográfica Vieiriana” (2000), “Heranças da Terra” (2000), “Desafios Clínicos e Éticos em Antropologia Oncológica” (2003), “Identidade, Diplomacia e História: Receção, Representações e Heranças da Presença Aliada nos Açores” (2003), “Historiografia, Ciência e Mito: Os Açores e a Dinâmica do Conhecimento do Atlântico” (2004), “Poder, Tradição e Utopia: Nemésio e a Autonomia dos Açores” (2004), “Insularidade, Narrativa e Ciência: O Terramoto de 1755 e os Açores” (2005) e “Filosofia, Ciência e Teologia: Cristianismo e Fé em Joseph Ratzinger” (2006), entre muitos outros.
Com o pseudónimo de @Domingos Ourique escreveu o livro de poemas “Natal/73 e Crónicas da Ilha” (1973) e “E o Mar e Este Silêncio” (1980).



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