José Soares Bazucas e Obuses

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Transparência José Soares

 

Bazucas e Obuses

 

Foi criada uma comissão para fiscalizar(?) o tsunami de dinheiro que vem da União Europeia com destino ao parente rico da corrupção: Portugal.

Estas pessoas são nomeadas pelo governo de Lisboa e, portanto, estão, à partida, toldadas pela falta de transparência na sua nomeação. Quem são e de onde vêm. São nomeações partidárias? Simpatizantes? De confiança? Para quem?

Reconheçamos que 45 mil milhões de euros é uma soma olímpica que corrói, mesmo a honestidade dos santos. Mas ao querer precaver-se sobre o real destino desta bazuca monetária, o governo reconhece que alguns trocos (leia-se milhões) possam ser reencaminhados para bolsos de chicos espertos, sempre à espreita da oportunidade. E como ‘a ocasião faz o ladrão’ não faltarão os abutres que já pairam sobre o assunto.

Nos Açores foi, entretanto, indigitado novo presidente da EDA, o qual aposta numa das metas: Aumento das energias renováveis.

Em vez de dar prioridade na descida do preço da eletricidade, que é dos mais caros da Europa, aliviando assim a bolsa da criatividade, das empresas, das famílias neste tempo de crise, a EDA resolve dar continuidade ao problema: Mau serviço com interrupções contínuas, especialmente nas zonas rurais, onde a eletricidade falha dúzias de vezes num dia, com todo o prejuízo daí decorrente. Passados 50 anos, nos Açores a eletricidade continua com a qualidade primitiva e ao preço de ouro. Isto não é incentivo para o desenvolvimento desejado.

A EDA devia ser completamente regionalizada pelo governo dos Açores e produzir energia a preços baixos, sem preocupação de ganhos, com uma gestão de equilíbrio zero: sem prejuízo nem procura desmesurada do ganho. Da forma em que se encontra, nunca poderá reduzir preços ao consumidor, porque os acionistas privados querem, legitimamente, rendimento sobre o seu capital.

Agora deixo-vos um Obus: “Carros elétricos, aerogeradores, painéis solares… A transição energética, traz a promessa de um mundo mais próspero e pacífico, finalmente livre de petróleo e poluição. Mas esta tese prova ser um mito: Ao libertarmo-nos dos combustíveis fósseis, estamo-nos a preparar para uma dependência de metais raros.” Aconselho os leitores(as) a ver o documentário passado na RTP 3, com realização de Jean-Louis Pérez e Guilaume Pitron, “O Lado Negro das Energias Verdes”. Durante 50 minutos vai tomar conhecimento das duras realidades onde a finança é o principal ingrediente de muita retórica ambiental.