vacinas seguras

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“NUNCA HOUVE VACINAS TÃO SEGURAS”
Apesar da rapidez com que foram produzidas e que está a causar alguma desconfiança, as vacinas contra a covid-19 são seguras?
São seguras, e muito seguras. Nunca houve vacinas tão seguras porque são tecnologias novas. Foram muito rápidas e as pessoas têm muita desconfiança porque é que uma vacina foi tão rápida. Mas foi rápida porque já sabíamos que para estes vírus – coronavírus respiratórios – e pela experiência que temos com as vacinas contra animais domésticos que eram seguras e eficazes. São seguras porque houve um esforço global de toda a comunidade científica, académica e da indústria para produzir as vacinas. E foram rápidas porque também houve um esforço enorme a nível global para reduzir a burocracia e para, por exemplo, combinar os ensaios clínicos – de fase 2 e 3, que são as duas últimas – num só.
Existem várias vacinas disponíveis e com diferentes formas de administração. Porquê?
Porque são projetos diferentes, são tecnologias diferentes. Por exemplo, nas vacinas de RNA existem duas em que os RNA [ácido ribonucleico ou ARN, em português – uma molécula que imita o vírus] são ligeiramente diferentes e têm potências diferentes. Tem havido alguma insegurança pois as diferentes vacinas têm diferentes dosagens e processos diferentes de administração. Há uma primeira dose, há uma segunda dose, há outras vacinas que só têm uma dose. O que determina a dosagem é o tipo de vacina e o seu fabricante. Por exemplo, a vacina da Pfizer tem duas doses e entre a primeira e segunda toma devem passar entre 21 a 42 dias, e na vacina da Moderna a diferença entre as tomas são 28 dias. Esta diferença foi determinada pelos ensaios clínicos de fase 1, 2 e 3 onde foi estabelecido o intervalo ótimo para proceder à vacinação. Ambas as vacinas são igualmente eficazes por respeitarem esses diferentes intervalos. No caso de outras vacinas, que são um pouco mais potentes na forma como expressam os antigenes – as proteínas, os “pedacinhos” dos vírus – como, por exemplo a vacina da AstraZeneca/Oxford até poderá ser dada apenas uma toma.
Porque é que devemos tomar a vacina contra a covid-19?
A principal razão é para salvar vidas. As vacinas salvam vidas há mais de 100 anos e milhões de vidas todos os anos. Precisamos mesmo de vacinar os grupos de risco. Felizmente as vacinas têm uma grande eficácia na proteção contra a forma mais severa de covid-19, que é o que nós queremos. Esse é o principal objetivo das vacinas: salvar e proteger as pessoas vulneráveis. Depois há um outro objetivo, que é resolver a pandemia. E esse objetivo só se resolve quando uma percentagem da população for imune à doença, e vamos chegar a essa imunidade de uma forma rápida com as vacinas. Calcula-se que essa percentagem seja entre 60% e 70% da população, portanto é muito importante que não só os grupos de risco sejam vacinados, como também uma parcela da restante população para atingirmos essa imunidade.
Pedro Simas: ″Nunca houve vacinas tão seguras″
DN.PT
Pedro Simas: ″Nunca houve vacinas tão seguras″
O virologista do Instituto Molecular da Universidade de Lisboa responde a três perguntas sobre as vacinas contra a covid-19 e fala em especial das duas inoculações que começam a ser administradas em Portugal – a das farmacêuticas Pfizer/BioNTech e Moderna.
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