Views: 0
A caminho da albanização mental
Outra fresta de dignidade que se fecha. Na minha zona de residência foram morrendo uma a uma, substituídas por cafetarias de duvidoso interesse, casas de trapos, um “bar-barbearia” ou simplesmente reutilizadas como halls de acesso a esses armazéns de camas que são os hostéis. Por volta de 2010 eram umas nove ou dez e convidavam a um agradável passeio que começava na Almarjão, na Travessa da Queimada, e, logo com passagem pela Artes e Letras, pela Olissipo e pela Camões, no Largo da Misericórdia, descendo-se depois pela Rua da Misericórdia, onde resistia a Guimarães. Depois, virava-se à esquerda e na Rua Nova do Almada ia-se à Barateira, assassinada quando se abeirava dos 100 anos de vida. Hoje fecha a Livraria Campos Trindade, na Rua do Alecrim. Dessa plêiade só subsiste a Bizantina, do Carlos Bobone. Lisboa vai morrendo à míngua dos últimos adereços de cultura, de bibliófilos e leitores. E dizem que temos a “mais bem preparada geração de sempre”!
![Image may contain: indoor](https://scontent.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-0/p526x296/138306790_10160753602736679_141244795454706077_o.jpg?_nc_cat=110&ccb=2&_nc_sid=730e14&_nc_ohc=lYw1YEeHP9kAX_VRBVN&_nc_ht=scontent.fpdl1-1.fna&tp=6&oh=9a47cc3952682ec797bff01b1637379f&oe=602467DA)