Pico a escorrer para o mar

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Kathleen Rita

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Lajes do Pico

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Água com fartura.
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  • e vai toda para o mar, há anos que digo que a deviam conter e preservar.. como escrevi em 2008
    12.9. DA ESTRADA INACABADA – A ÁGUA QUE RAREIA (HÁ UM CIDADÃO QUE NÃO SE CALA NA LOMBA DA MAIA)

    Artigo subsequentemente publicado nos jornais:

    http://www.correiodosacores.net/view.php?id=15668 15 novembro 2008 [Opinião] http://www.correiodosacores.net Diga Leitor / Carta ao Diretor | 2008-11-18 12:34 http://www.acorianooriental.pt/noticias/view/176948

    Falta de chuva origina cortes de água na Ribeira Grande

    Regional 13/11/2008 08:11:8

    A falta de chuva na ilha de São Miguel está a obrigar a Câmara Municipal da Ribeira Grande a efetuar cortes noturnos no abastecimento de água em algumas zonas do concelho, anunciou ontem a autarquia. Segundo o vereador Jaime Rita, a pouca pluviosidade registada está a diminuir a pressão de água nas zonas altas do concelho, o que implica cortes noturnos para que os depósitos possam recuperar a sua capacidade.

    Recentemente, a autarquia anunciou um investimento de oito milhões de euros, até 2009, em obras de abastecimento de água na zona poente do concelho, que vai acabar com a falta de água sentida durante o verão nas freguesias do Pico da Pedra, Calhetas e Rabo de Peixe.

    O PSD da Ribeira Grande considerou que o anúncio da Câmara sobre os investimentos no abastecimento de água “está longe de constituir a varinha mágica”, alegando que os problemas persistem na área.

    “Este anúncio está longe de constituir a varinha mágica deste executivo camarário, quando, ainda por cima, as dificuldades no abastecimento de água voltaram a acentuar-se nos últimos dois anos na zona poente do concelho, devido à evidente expansão urbana que se verifica em Rabo de Peixe, Calhetas e Pico da Pedra“, salientou a comissão política concelhia.

    Esta notícia tem andado a desassossegar o cidadão da Lomba da Maia que não se cala. Esta falta de água e seus cortes tiveram início em agosto 2008, ainda em pleno verão, mas só agora foram anunciados em 13 de novembro quando a situação passou a ser crítica. Estes cortes de água, ignorados pelo resto da população da Ilha Verde, foram já sentidos pelo preço do consumo de água que disparou, pois, o ar sai sobre pressão e faz os contadores dispararem pela água não consumida, mas pelo ar com que ela se anuncia todas as manhãs.

    Não se compreende que os investimentos sejam todos na “Faixa de Gaza”, lá onde estão os beneficiários de Rendimento Mínimo Garantido, Rendimento de Inserção Social (esse subsídio de desincentivo ao trabalho que o Ferro Rodrigues inventou há uns anos, cheio de boas intenções e pelo qual espero que arda no inferno do desemprego profissional que criou).

    Ou será que isto faz já parte da campanha de reeleição por esses habitantes estarem, obviamente, mais inclinados a votar no partido que lhes dá todas as benesses? Assim, esquecidos, UMA VEZ MAIS, estão os habitantes das terras altas do concelho da Ribeira Grande

    [“É o caso das localidades de Lomba da Maia e de São Pedro, Lombinha da Maia, Lugar da Ribeira Funda e Burguete”], por serem poucos, menos vocais e por APARENTEMENTE não se importarem em serem continuamente discriminados.

    Essa “Faixa de Gaza” que ocupa a zona plana da Ribeira Grande, da Ribeirinha a Rabo de Peixe, é onde a maioria dos investimentos da autarquia foi feita neste mandato. Nós aqui, na Lomba da Maia, é que pagamos o preço da falta de água, pois é a nós que eles cortam a água para que não falte aos outros. pelas 21 horas é que temos de desligar as máquinas de lavar a louça, pois, a água nem para as sanitas corre…

    Se queremos água o melhor é levantarmo-nos lá pelas seis da manhã a ver se tomamos um duche às pinguinhas lembrando-me o tempo em que vivi em Timor nos anos 1970 e a água escorria de um bidão de óleo, cortado a meio a pairar sobre uma fogueira, para ir para a improvisada canalização e nos dar a sensação de que estávamos a tomar banho de duche.

    O RESTO DA ILHA NEM SE APERCEBEU.

    Continuam todos felizes, sem se darem conta da falta de água aqui na Costa Norte, a esvaziarem os depósitos do autoclismo em vez de os encherem de garrafas de água cheias ou de tijolos para preservarem a água que temos. Esta ilha não para de me espantar.

    Desde que cá cheguei, biliões de litros de água vieram diretamente das nuvens para as ribeiras que os despejam no mar. Um equilíbrio perfeito com a natureza, mas que esqueceu a presença humana.

    Espero que alguém já tenha lido alguma coisa sobre as mudanças climatéricas que se avizinham e comece a construir reservatórios maiores antes de esta ilha se começar a parecer com a metade seca da ilha de Santa Maria ou com a aridez das Canárias e de Cabo Verde.

    Nessa altura será tarde demais, a menos que nas terras altas como na Lomba da Maia tenhamos reservatórios suficientes para as nossas necessidades e deixemos de depender dos outros que não cuidam de nós como nos prometeram antes de serem eleitos para defenderem os nossos interesses.

    Ser vocal e “palestiniano” na Ribeira Grande tem imensas vantagens, mas não desisto de ser da Lomba da Maia, de me identificar com esta e por esta perseverar.

    Quando em 2008 sugeri em crónica publicada que se deveriam começar a construir reservatórios de água nas ilhas, para evitar futuras faltas de água, devido às mudanças climatéricas, ninguém ouviu nem levou a sério.

    A partir de 2018 a lavoura e pecuária mostraram interesse em construir reservatórios para abastecer o gado. Governos e políticos reativos em vez de pró-ativos

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