restauração com quebras de 50%

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“Força e atitude” necessárias para ultrapassar crise que gerou quebras dos 50 aos 80%
Quase cinco meses passados desde a reabertura do restaurante MariSerra, a 1 de Junho, após mais de dois meses de portas fechadas devido à pandemia, ainda não há sinais de retoma. O espaço de restauração, localizado na Rua Praia dos Santos, em São Roque, está nas mãos de Paulo Juromito desde 2017 e dá emprego a 17 funcionários. Apesar de registar um aumento no movimento desde que reabriu, os números estão longe dos alcançados em 2019. A facturação caiu para metade, segundo avança ao Diário dos Açores o responsável.
“Reabrimos a 1 de Junho e a partir daí, no primeiro mês (Junho), notámos uma quebra de 80% relativamente aos números do ano anterior. No segundo mês (Julho), tivemos uma quebra de 70% e a partir do terceiro mês, em Agosto, uma quebra de 50%”, revela.
“Penso que estamos agora a estabilizar nos 50% de quebras, mas estamos com força e atitude. Vamos ver no que isto vai dar”, realça o empresário de restauração, que recordou o ano passado como “fantástico”.
“2019 tinha sido um ano fantástico, muito bom. Tínhamos perspectivas que 2020 fosse um ano idêntico e queríamos solidificar ainda mais a empresa, mas nós, tal como o mundo inteiro, fomos surpreendidos com esta pandemia”, lamenta.
O sócio-gerente do restaurante diz que “ainda é cedo” para fazer um balanço do ano e salienta que a prioridade passa agora por “manter a estrutura por inteiro”.
“Temos feito um esforço grande para manter todos os funcionários, de modo a que eles consigam manter a sua vida em condições, com as suas famílias. Felizmente, não temos ordenados em atraso, mas com alguma dificuldade”, admite.
Todos os 17 funcionários do MariSerra estão no activo, depois de um período em ‘lay-off’. Além do recurso ao ‘lay-off’ simplificado, uma medida implementada no contexto da pandemia, Paulo Juromito avançou que está também a recorrer a “vários outros apoios” para “conseguirmos sobreviver a esta crise”.
O sócio-gerente do restaurante destaca a necessidade de ter uma “visão optimista” em relação ao futuro, frisando não ser tempo de “baixar os braços”, no entanto, o receio continua à espreita. “Daquilo que vejo por fora, que há muitos colegas do ramo a passarem muitos maus bocados”, aponta, defendendo, por isso, ser tempo de luta.
“Temos ser optimistas e lutar para que as coisas corram bem, mas seria hipócrita se não admitisse que não temo pelo futuro, pelo bem-estar da minha família, dos meus colaboradores, da minha empresa”, afirma.
E continua: “Todos os dias, ligamos a televisão ou abrimos o jornal e vemos as notícias sobre a covid-19, sobre o número de casos, de mortes… Ficamos de ‘pé atrás’ com tudo o que vemos e ouvimos. Mas temos que ter forças, criar estratégias e dinâmicas para ultrapassar isto. Temos que dar a volta por cima”.
Ainda com muito trabalho pela frente, resta, agora, encontrar a palmeira no deserto: “Nós, açorianos e portugueses, estamos habituados a sobreviver, a caminhar no deserto, para depois encontrarmos a nossa palmeira com a água. É isto que estamos a tentar fazer, encontrar a nossa palmeira”, declarou.
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Sobre CHRYS CHRYSTELLO

Chrys Chrystello jornalista, tradutor e presidente da direção da AICL
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