AÇORES DOS PIORES EM INOVAÇAO

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Somos das piores regiões da Europa em Inovação
O arquipélago dos Açores é a pior classificada das regiões portuguesas, em 253.º, num total de 268 regiões europeias, no que toca à Inovação.
A classificação vem citada no estudo sobre a carga fiscal em Portugal, ontem divulgado, da autoria da CIP, que o desenvolveu em parceria com a EY Portugal e a Sérvulo & Associados, e que procurou proceder a uma análise completa da efectiva carga fiscal incidente sobre o tecido empresarial Português (ver notícia na página 15 desta edição).
O grupo da Inovação é composto por variáveis relacionadas com fases mais avançadas de desenvolvimento económico, incluindo também ele três pilares: Prontidão tecnológica; Sofisticação empresarial; e Inovação.
A área metropolitana de Lisboa é a região Portuguesa melhor classificada, encontrando-se em 128.º do ranking europeu.
No geral, os resultados demonstram que, apesar de a União Europeia apresentar taxas de crescimento económico positivas em sete anos consecutivos, e não obstante terem sido tomadas várias medidas políticas no sentido de melhorar a resiliência económica dos Estados-Membros, grande parte das diferenças regionais no que à competitividade respeita mantêm-se, com alguns países ainda em contexto de superação das consequências da última crise financeira global, nomeadamente, elevados níveis de desemprego e insegurança no mercado de trabalho, rendimento disponível a níveis inferiores aos verificados no período anterior à crise e fraco acesso a infraestruturas, especialmente, infraestruturas digitais.
Açores com as empresas menos inovadoras
Em Portugal, no período 2016-2018, 32,4% das empresas tiveram actividades de inovação, 23% introduziram inovação de produto (bens ou serviços), 28% introduziram inovação de processo e 31,4% introduziram inovação de produto e/ou processo, revela o INE num estudo que acaba de divulgar.
As regiões com percentagens mais elevadas de empresas inovadoras foram o Centro (34,7%), a Área Metropolitana de Lisboa (34,4%) e a Região Autónoma da Madeira (33,5%).
Por localização geográfica, o Centro, a Área Metropolitana de Lisboa e a Região Autónoma da Madeira, apresentaram percentagens muito semelhantes de empresas inovadoras, que variaram entre 33,5% e 34,7%.
No Algarve e na Região Autónoma dos Açores, as percentagens de empresas inovadoras foram mais baixas, 28,5% e 24,3%, respectivamente.
As regiões cujas empresas apresentaram percentagens mais elevadas de volume de negócios que resultou da introdução de produtos novos ou melhorados foram a Região Autónoma dos Açores (15,5%), a Área Metropolitana de Lisboa (12,4%) e o Norte (11,1%).
Em todas as regiões, a percentagem de volume de negócios que resultou da introdução de produtos novos para a empresa foi maior que a percentagem de volume de negócios que resultou da introdução de produtos novos para o mercado, sendo esta diferença mais acentuada na Região Autónoma dos Açores e menos acentuada na Área Metropolitana de Lisboa.
Os Açores e o equity finance
A Área Metropolitana de Lisboa foi a região com mais empresas, em termos percentuais, a obter financiamento através de equity finance (4,7%).
Foram as empresas inovadoras que mais contribuíram para esta percentagem (2,7%). Em todas as regiões, à excepção das duas Regiões Autónomas, a percentagem de empresas financiadas através de equity finance e que são inovadoras foi superior à percentagem de empresas financiadas através de equity finance que não são inovadoras.
Quanto às empresas que utilizaram o financiamento obtido por debt finance em I&D ou em outras actividades de inovação, o Centro (7,5%) e o Norte (7%) foram as regiões onde se verificaram as percentagens mais elevadas, tendo contribuído para isso sobretudo as empresas inovadoras (5,7% e 5,2%).
A Região Autónoma dos Açores foi a que apresentou maior percentagem de empresas que usaram financiamento obtido com sucesso através de equity finance em I&D ou em outras actividades de inovação (2,3%), contribuindo para tal as empresas sem inovação (1,4%).
O apoio público
Todas as regiões, à exceção das duas Regiões Autónomas, apresentaram maiores percentagens de empresas que receberam Outro apoio financeiro da UE, destacando-se o Centro (6%) e o Alentejo (5%). Em todas as regiões, excepto no Algarve, foram empresas inovadoras que mais contribuíram para aquelas percentagens. As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira apresentaram maiores percentagens de empresas que receberam apoio de Autoridades locais ou regionais (28,4% e 27%, respectivamente) e, em ambas as regiões, isso deveu-se sobretudo a empresas não inovadoras (19,2% e 13,8%, respectivamente).
No Centro e no Norte, a percentagem de empresas financiadas pelo Programa Horizon 2020 da UE foi maior do que nas restantes regiões (2,5% e 2,4%, respectivamente), sendo a sua quase totalidade empresas inovadoras (2% e 1,9%, respectivamente).
Em todas as regiões, à excepção das duas Regiões Autónomas, a percentagem de empresas que utilizaram apoio público em I&D ou em outras actividades de inovação foi mais elevada nas empresas que receberam Outro apoio da UE, tratando-se sobretudo de empresas inovadoras. Nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira a percentagem de empresas que utilizaram apoio público em I&D ou em outras actividades de inovação foi mais elevada nas empresas que receberam apoio de Autoridades locais ou regionais, tratando-se sobretudo de empresas inovadoras.
Image may contain: text that says "Figura 1.0.4 Empresas inovadoras e empresas não inovadoras, em % do total de empresas, por localização geográfica (2016-2018) Empresas inovadoras Empresas não novadoras 69,1 65,3 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 65,7 69,3 71,5 75,7 66,5 30,9 34,7 34,3 Norte 30,7 Centro 28,5 M. de Lisboa 24,3 33,5 Alentejo Algarve A. dos Açores R.A.da R.A. Madeira Fonte: DGEEC e INE, inquérito Comunitário à novação (CIS)"
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Sobre CHRYS CHRYSTELLO

Chrys Chrystello jornalista, tradutor e presidente da direção da AICL
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