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“[…] É por estas e por outras, porque o vespeiro, o mal-estar, a desorientação política desta terra tem aqui criado um ambiente irrespirável, que já há muito me afastei completamente da atividade política. Duas sortes tive (…): ter-se apossado de mim uma indiferença absoluta pelos negócios públicos, a sua marcha, a sua orientação, a sua prosperidade ou a sua ruína e ter encontrado um refúgio para o espírito com trabalhos de História literária. Desde que neles mergulhei – voltando ao campo onde melhor e com mais proveito durante a vida poderia ter exercido a minha atividade – é prodigiosa a indiferença com que passaram a apresentar-se-me todos os assuntos e questões que para aí apaixonam e põem ao rubro os meus concidadãos. Até me enche de tédio só ouvir falar deles! […]” – José Bruno Tavares Carreiro, o melhor Estadista Açoriano no século XX, nos Açores.
Cada vez mais estou a ficar assim: governo pobre e sem ideia, clientelismo num clima de dúvida e incerteza permanente; falta de líderes carismáticos e fiáveis pela honra e trabalho de raiz; oposição triste e dada como perdida à partida.
Salvo algumas honrosas exceções, eram poucos os políticos Açorianos atuais que gostaria de ter a meu lado numa trincheira da I Guerra Mundial (os próximos quatro anos logo me darão razão… ou não).
Imagem: PT/ICPD/CFD.01126
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