eles andam aí os falsos D Sebastião

Views: 0

Ainda o Sebastianismo
O falso D. Sebastião, rei de Penamacor

Image may contain: 1 person, indoor
Image may contain: sky, outdoor and nature
No photo description available.
Carla Brito

Ainda o Sebastianismo
O falso D. Sebastião, rei de Penamacor

Em 1584 surge o boato do regresso de D. Sebastião. Um jovem com aproximadamente vinte anos, filho de um oleiro de Alcobaça e que desde muito novo residia em Lisboa assume ser o rei.
O jovem trabalhava para um fabricante de terços. No ano de 1578, o seu patrão, receando a peste, abandonou a cidade e deixou-lhe o negócio. O jovem no entanto decidiu ingressar no Convento de Nª Srª de Monte do Carmo. Passados meses, deixou o convento e, com o hábito, viveu de esmolas num ermitério em Albuquerque, no Alentejo. Despertou a atenção de pessoas piedosas, nomeadamente de mulheres, uma das quais, viúva de um combatente de Alcácer-Quibir, que o protegeu. Com dinheiro, roupa e um cavalo que a viúva lhe ofereceu, o jovem partiu para Alcobaça, onde correu a notícia de que era D. Sebastião, regressado de Marrocos. Com a colaboração de dois cúmplices, um fazia-se passar por fidalgo e o outro por bispo, deslocaram-se para a vila de Penamacor. Ali prepararam o seu embuste e a sua “corte”.
Acabaram por ser detidos pelos castelhanos.
O rei de Penamacor foi julgado e a pena foi uma condenação perpétua às galés. Diz-se que integrou a “Invencível Armada” que Filipe II enviou contra a Inglaterra. Em 1588, aportando a Lisboa, terá conseguido escapar, fugindo depois para França. Nunca mais se ouviu falar dele.
Os cúmplices do “rei’ foram condenados à morte.
Fontes:
“Feiticeiros, Profetas e Visionários – Textos antigos Portugueses” – Casa da Moeda – Biblioteca Nacional, 1981
Os Falsos D. Sebastião Miguel D’Antas