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Nos Açores o número de casos confirmados de Covid-19 manteve-se durante três dias consecutivos com um total acumulado de 138, tendo-se registado ontem a nona morte e um total de 20 casos recuperados. Das 646 análises realizadas, de ontem para hoje, não há nenhum caso positivo a registar, apesar disso, a letalidade está elevada (6,5%) quando comparada com a média do país (3,7%).
Hoje no país o número de mortes atingiu um total de 854 óbitos, mais 34 óbitos a acrescer aos de ontem, num número superior ao esperado. São mais dez casos do que o esperado se atendermos à tendência dos últimos dias, mas mantem-se a taxa de letalidade por Covid-19 nos 3,7%.
No que se refere ao número de infectados (hoje mais 444 casos), o número também sobe em relação a ontem (mais 19,7%) no mesmo sentido que a mortalidade. A subida no total acumulado é pequena, representando apenas 1,95%. Nesta semana os valores diários têm estado a oscilar constantemente acima e abaixo dos verificados nos dias anteriores. Isso pode dever-se à baixa velocidade de crescimento da infeção neste momento.
Relativamente aos valores esperados, o número de infectados desvia-se para menos 100 casos no modelo que tenho produzido e para menos 77 casos no modelo Gompertz do Professor Joao Cabral. O modelo Gomperz apresenta-se mais robusto do que o modelo logístico adaptado às novas tendências, o que significa que ainda não atingimos o patamar de estabilidade que se apregoa. De qualquer forma, continuamos a evitar infeção com o confinamento social.
Da China chegam-nos notícias (Observador) de haver doentes, que depois de terem sido dados como curados — com testes negativos — voltam a testar positivo, alguns até 70 dias depois desses resultados negativos. Continuam sem sintomas, e sem que haja registo de que tenham infetado outras pessoas.
Na Coreia do Sul também nos chegam relatos de que cerca de mil pessoas testaram positivo durante quatro ou mais semanas após a cura, e relato semelhante é produzido por médicos italianos.
Isso significa pelo menos três coisas:
a) Ainda não conseguimos perceber o comportamento do vírus ou os efeitos da doença;
b) O vírus sofre mutações tão rápidas que os anticorpos produzidos pela infeção da primeira estirpe não detectam a “camuflagem das próximas estirpes”, ou;
c) Há substâncias que se produzem e mantêm no organismo de doentes, que interferem com os reagentes do teste (solução tampão, os catiões bipositivos ou monopositivos).
Sem se perceber se os doentes que voltam a testar positivo são ou não capazes de contagiar outras pessoas, é precipitado andarmos a conjeturar acerca de novas vagas de infecção. O problema é sério para que não se investigue isso profundamente.
Por outro lado, são já recorrentes as infeções de gatos e felinos (tigres) por SARS-CoV-2. Não nos passe sequer pela cabeça começar abandonar esses animais ou a entregá-los aos municípios, pois isso equivale-se a não cumprir quarentena. Tentem evitar que os vossos gatos saiam à rua sem qualquer controle.
O número de casos de infecção a nível mundial continua a subir exponencialmente, e os dados das 12:50H (hora dos Açores) de hoje (24/4/2020) revelam que os Estados Unidos lideram dramaticamente a tabela dos países mais infectados do mundo.
A letalidade mundial situa-se nos 7%.
Aparece mais um estudo norte-americano que indica que o calor pode enfraquecer o vírus. Esperamos que não seja dos mesmos autores ou hipotéticos autores que aconselharam, ou não, o presidente Trump a querer injetar lixívia nos pacientes de Covid-19.
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