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A propósito de crise económica, presente e futura, alguns excertos dos dias imediatamente a seguir à invasão da Polónia a 1 de setembro de 1939… nos Açores! Para quem estava atento às repercussões internacionais desde janeiro de 2020… nada de novo na História. Apenas a falta de planeamento…
“[…] Em Lajes do Pico, estes cortes já se verificavam desde dois de setembro de 1939, desistindo-se de obras planeadas desde 1937. Nem verba existia para se cumprir com os trâmites legais. Aguardava-se a chegada de dez moios de milho pelo vapor “Carvalho Araújo”, enviados pela Comissão Reguladora dos Cereais no Arquipélago, pelo que a prioridade era o combate à fome. (…) A treze de setembro de 1939, solidarizando-se com a paralisação da indústria do ananás em São Miguel e do turismo na vizinha Madeira, a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo previa que à semelhança de outras crises, migrassem à ilha um grande número de desempregados em demanda de trabalho (…). Em meados de setembro de 1939, o médico do primeiro partido do Nordeste, ilha de São Miguel, retomou tardiamente as suas funções, desculpando-se por não conseguir transporte devido ao estado de guerra. Editais sobre a sementeira da batata demonstram que este estrangulamento às importações era também internacional: a CM de Santa Cruz da Graciosa pediria a lista de preços à Estação Agrária de Angra do Heroísmo “(…) visto não ser possível importa-la do estrangeiro devido ao estado de guerra. […]” in REZENDES, S., “Receios, privações e miséria num ambiente de prevenção armada: ecos da II Guerra Mundial nos Açores”, Caleidoscópio, 2019. Imagem: Idem.