Views: 0
Prioridades …
Eu sei que para ir ao bolo dos 750 mil milhões de euros anunciado pela Von der Leyen, isso significa endividamento. Quem, como Portugal, tem uma dívida correspondente a 110% do PIB, ficará ainda mais exposto aos mercados e consequente a taxas de juro mais elevadas. Mas nesta emergência vamos encarar um facto de cada vez estabelecendo prioridades (para além do combate à COVID):
– No imediato a Economia e a salvaguarda do Emprego.
– Para o futuro, o mercado e os juros.
Até porque nesta altura, como todos os países da UE foram atingidos, aconteceu o improvável: – Alemanha e a França já terão dito, em sussurro, que aceitavam enveredar pelas eurobonds, isto é, ida aos mercados com títulos de dívida europeia no seu conjunto e não cada país individualmente. Finalmente acendeu-se a Luzinha da solidariedade entre Estados-membro. Então, iríamos observar um quadro em que os mercados não iriam atacar os países com maior dívida e, logo, estaríamos resguardados.
Durante quanto tempo?
Isso já é mais difícil de prever (não sou o Roubini), mas enquanto o “pau vai e vem, folgam as costas”.
– Prioridade: não deixar que a Economia afunde.
– Medidas: Quantitative easyng; helicópter money.
– Vantagens: Salvamos no imediato as empresas e, consequentemente, os postos de trabalho, o consumo interno, a Segurança Social e a colecta fiscal, mantendo, tanto quanto possível o equilíbrio orçamental.
– Inconvenientes: os que foram mencionados acima (juros) se a UE não for solidária e não mantiver os eurobonds durante o tempo necessário à recuperação económica. Mas agora, mais do que nunca, faz sentido a máxima: viver um dia de cada vez … e o melhor possível.
E o Costa que pense seriamente seguir nesta direcção, caso contrário entraremos rapidamente numa espiral recessiva. Iremos ter recessão mesmo com a aplicação destas medidas? – Claro que sim … mas vamos tentar fazer tudo para minimizar os seus efeitos.
Ai Costa, Costa …