Afinal, São Miguel vai ficar cerca de 2 a 3 anos com o HDES a “meio gaz” visto o Governo, e acho bem, ir proceder a obras de fundo naquela unidade hospitalar.
Não pode é o povo de São Miguel, ser submetido a um sistema de saúde retrógrado por causa de tais obras, pelo que se exige que o protocolo com o Hospital da CUF seja mais abrangente permitindo neste espaço de tempo transferir para esta unidade hospitalar as valências do HDES assim como os médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e todo o pessoal necessário a que este Hospital sirva condignamente todos os Micaelenses.
Não é um hospital de campanha militar que irá resolver a situação, como informou o Presidente do Governo, este poderá até vir a ser contraproducente, pois só permite determinado tipo de intervenções de baixo risco ou alguns de médio risco.
Igualmente já que se está a fazer obras no HDES o que exige em determinadas áreas técnicos funcionários altamente especializados, porque não por mãos à obra (algo muito querido da Senhora Secretária das Obras Públicas) e começar as obras do novo Hospital na Ribeira Grande? Seria como diz o povo “matar 2 coelhos com uma cajadada”, e dinheiro não falta o PRR e o programa 30 estão aí para isso.
Eu posso fornecer mais 1/4 de gás! O que ainda nao perceberam é que nos próximos 2 anos vamos andar com coraçao nas mãos e sem a maioria das valencias.
Infelizmente vivemos numa época onde os políticos são cada vez mais desresponsabilizados, ignoram as questões técnicas, e só se preocupam com votos e tachos.
O caso trágico do incêndio ontem no HDES agora nos choca a todos e faz notícia.
O mal está feito, e provavelmente nunca teria acontecido se o topo da gestão tivesse seguido as recomendações técnicas e sido responsável.
Agora veremos o desfecho que muito provavelmente já não será notícia nem chocará ninguém, pois já nos acostumamos a esse comportamento normal, onde evitamos silenciosamente a crítica com medo de represálias neste meio muito pequeno.
Em 2015, o HDES foi alvo de um apagão provocado por um avaria no posto de transformação, PT, mais ou menos na altura em que ligaram o novo centro de saúde de Ponta Delgada, ali ao lado. Como resultado, toda a informação do HDES que funcionava em estrutura informática no HDES pura e simplesmente perdeu-se obrigando, se se seguisse o processo tradicional, à compra de novo equipamento e reposição de backups num processo demorado de mais de um mês para voltar a colocar o HDES em funcionamento.
Felizmente, após a minha entrada em 2013 para diretor de informática, decidimos passar a infraestrutura central informática para datacenter profissional da Portugal Telecom a funcionar em Picoas (Lisboa) com réplica na Covilhã e já estávamos a 2 semanas de terminar este processo longo de trabalho árduo de mais de um ano, ou seja, nos testes finais, e tomamos a decisão, então, de antecipar a mudança, conseguindo manter o HDES em total funcionamento e sem qualquer perda de informação.
Em 2021, voltamos a salvar o HDES de eventual perda de informação ao detetarmos e eliminarmos ameaça de ataque informático, mas, infelizmente, não conseguimos evitar o pânico gerado na cúpula política que 5 dias depois decidiu desligar à bruta e em risco clínico o HDES, sem qualquer evidência, tal como foi comprovado por relatório de análise forense feito por empresa especializada independente e que por incrível que pareça surgiu falsificado na comunicação social ao ponto de, inclusive, ter vindo o Presidente do Governo Regional anunciar que tinha aberto queixa na PJ, mas que até hoje nada sabemos.
Como sabem, isso gerou um processo em tribunal que já dura há 3 anos, pois o HDES expulsou-me à criminoso, como se eu fosse o hacker, difamando-me e estragando por completo a minha carreira profissional.
Por incrível que pareça, em tribunal, o então diretor da Direção Regional de Comunicações, que não era na altura da mudança para Picoas, teve a ousadia de afirmar que tínhamos feito esse projeto à revelia da DRCOM, como se isso fosse possível e desejado e um mau projeto.
Hoje está o HDES no meio de mais um apagão e podemos dizer: felizmente que a infraestrutura central informática não está no HDES e bem bom que está em Picoas, pois, não sei se se lembram, mas a Secretaria das Comunicações falava da implementação de uma azores cloud, no fundo uma tentativa de data center profissional á semelhança do de Picoas, que até hoje continua a não ser realidade e já lá foram mais 3 anos e uma basuca do PRR.
Felizmente, sinto orgulho no trabalho que desenvolvi, com muitas limitações, no HDES, apesar de como vimos o prémio por ter salvo o HDES ter sido a minha expulsão e destruição por completo da minha carreira na região.
Pelo caminho, continuamos a assistir a esta desresponsabilização e ignorar da área técnica, como por exemplo, todo o debate em torno da provável grande asneira que vão cometer com a amarração principal dos cabos submarinos a deslocar-se de São Miguel para a ilha Terceira.
O Presidente do Governo Regional veio agora apelar ao Santo Cristo para minimizar as dores do povo vítima e lá vamos nós continuar a vidinha nesta contínua desresponsabilização.
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O que fazem as pessoas que vão nas promessas? O que fazem quando vão “bater-lhe” à porta? Eu quando vou é para pedir ou agradecer pelo meu sofrimento ou da minha família. Contudo, cada um interpreta à sua maneira.
O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores indica que o primeiro abalo foi registado às 19h21 locais (20h21 em Lisboa) e o último às 21h19 locais (22h19 em Lisboa).
Rainha Nzinga Ana de Sousa Mbande também conhecida como Nzinga Rainha do Ndongo e Rainha de Matamba. Durante o século XVII, a Rainha Nzinga vendeu 200.000 escravos aos portugueses.