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  • Chrys Chrystello apresenta “Diário de um Homem Só”,

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    Um livro feito de silêncio, dor e desabafo. Chrys Chrystello apresenta “Diário de um Homem Só”, testemunho íntimo de luto e amor, escrito após a perda de Helena Chrystello — que será homenageada neste encontro.



    Com apresentação de Pedro Almeida Maia e Diana Zimbron, este evento promete ser mais do que literário: será memória, gesto e presença

    Diário de Um Homem Só

    Este Diário de um homem só, chegou ao termo do seu prazo de validade, após 12 meses de desabafos e dor, cumpriu a missão, e não sendo de catarse, expurgou silêncios, prantos e medos, neste doentio e anómalo sossego, nesta calma podre, nesta serenidade irreal, nesta tranquilidade artificial de autocontrolo, nesta paz doméstica da solidão, sem agitação da vida em comum, sem o dessossego da tua doença, sem o tumulto das tuas crises, sem a desordem do lento e inexorável caminhar terminal do teu enfisema pulmonar. O tempo passa, aumenta a saudade, a dor, a impotência de te rever apenas em fotos e filmes, sem poder(mos) regressar aos locais que passam, todo o dia, nas imagens na moldura digital em frente a mim.

     

     

    Diário de um Homem Só, de Chrys Chrystello, é uma obra profundamente introspetiva e melancólica que explora temas como a solidão, a reflexão existencial e a condição humana. Escrito em formato de diário, o livro mergulha nos pensamentos e emoções interiores de um homem solitário à medida que navega pela vida, pelas relações e pela sua própria psique.

     

    A prosa de Chrystello é poética e filosófica, abordando frequentemente temas como a alienação, a nostalgia e a procura de sentido. As reflexões do protagonista revelam um profundo sentimento de isolamento, mas também momentos de clareza e autodescoberta. A narrativa mistura a reflexão pessoal com questões existenciais mais vastas, tornando-a numa leitura contemplativa.

     

    O livro não é apenas um relato pessoal, mas também uma meditação universal sobre a solidão, o que o torna acessível a qualquer pessoa que tenha passado por momentos de profunda solidão. O seu estilo lírico e profundidade emocional deixam uma impressão duradoura, marcando-o como uma exploração pungente do que significa estar sozinho no mundo.

     

  • recordar Balibó

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    1. por António Sampaio ex Lusa

    Voltar a Balibó obriga a recordar as tragédias que aqui se viveram. Evidentemente as mortes dos Cinco de Balibo, jornalistas australianos mortos por soldados indonesios a 16 de outubro de 1975.
    Mas recordo também a tristemente famosa casa dos batons. Ou como é aqui conhecida a Kissing House.
    Recordo a noticia que escrevi aqui há praticamente 26 anos
    Timor-Leste: Balibo, uma cidade fantasma com as marca da violencia em cada casa
    Criado: 02/10/1999 00:00:00
    +++Por Antonio Sampaio, enviado da Agencia Lusa+++
    Balibo, Timor-Leste, 02 Oct (Lusa) – Soldados australianos
    patrulharam hoje os destrocos da vila de Balibo, agora uma localidade
    fantasma, a poucos quilometros da fronteira com Timor Ocidental,
    encontrando paredes ensaguentadas que atestam a onda de violencia que
    varreu a regiao.
    Numa das casas, praticamente todas as paredes tinham marcas
    que soldados australianos identificaram como “sangue antigo” e que
    repetidamente fotografaram, fotografando igualmente uma das paredes
    onde estao visiveis varias marcas de baton vermelho.
    “Normalmente estas marcas de baton documentam casos de
    violacoes em que as mulheres sao viradas contra a parede e depois
    violadas”, disse a Lusa um dos soldados da equipa da investigacao
    inicial.
    As marcas de sangue sao especialmente fortes sob os azulejos
    outrora brancos de uma das divisoes da casa, algumas cobertas por um
    poster de Jesus Cristo, ali colocado ja depois do que ali tenha
    proventura acontecido.
    As janelas mostram marcas de golpes de catanas e nas paredes
    ha buracos que parecem ter sido feitos por balas. Tal como em todas
    as outras casas que a Lusa ja visitou em Balibo, do conteudo interior
    nao resta nada.
    Da casa imediatamente ao lado, apenas sobraram tres paredes,
    numa delas desenhos mal feitos de barretes da Kopassus, as tropas
    especiais indonésias, e de uma patente das forcas armadas de Jacarta,
    identificado por coronel Soemarno.
    Entre as cinzas o cartao de identidade de Roberto da Silva,
    nascido e registado em Balibo em 1928.
    Numa das residencias vizinhas, apenas pareceu sobrar a conta
    de electricidade, datada de Julho de 1999 e passada no nome de
    Clotide Tavares.
    A conta permanece pendurada na parede da sala, onde um vento
    forte faz bater a compasso uma porta semi-destruida que saltou
    parcialmente das dobradicas.
    Outros dos locais de paragem obrigatoria e a casa onde terao
    sido mortos os jornalistas australianos, no dia 16 de Outubro de
    1975.
    Durante algums minutos reina a confusao, com jornalistas e
    soldados a tentarem apurar exactamente qual tera sido a casa onde os
    jornalistas foram mortos.
    Para muitos foi na casa imediatamente ao fundo da rampa que
    liga a estrada principal ao forte portugues, ja que as ultimas
    imagens enviadas pelo grupo mostram um dos jornalistas, Greg
    Shackelton a pintar a bandeira australiana, e a palavra Australia na
    parede exterior.
    Essa tragicamente famosa casa, agora sem telhado e com as
    marcas visiveis da destruicao, ainda permanece de pe, com as paredes
    marcadas por outras inscricoes, a maior parte a favor da
    independencia de Timor-Leste, com retratos mal desenhados de Xanana
    Gusmao em todas as paredes.
    O unico sinal de vida e um ramo de flores frescas colocado num
    vaso feito com metade de uma garrafa de agua de plastico, num simbolo
    que e usado tradicionalmente em Timor-Leste para marcar locais onde
    tera falecido alguem.
    Outros dizem no entanto que os jornalistas estavam numa casa
    do outro lado da rotunda, marcada por uma estatua integracionista, e
    que so escreveram a palavra Australia na primeira casa, porque seria
    desse lado que vieram os soldados indonesios.
    E os soldados australianos apostam na casa onde foi encontrado
    o sangue nas paredes, que agora vai ser “adequadamente investigada”
    por uma equipa de peritos em medicina legal.
    Da Avenida Integracao, que parte da estrada que conduz a
    costa, nao resta uma unica casa. Os vestigios da destruiçao e da
    pressa com que os habitantes sairam sao visiveis na rua, dominada
    pelo lixo e pelos restos de zinco e madeira tirados dos edificios.
    Logo ao lado, uma escola primaria igualmente destruda, com
    dezenas de pedras, usadas para partir praticamente todos os vidros,
    espalhadas pelas salas de aula.
    No que aparenta ter sido a biblioteca, armarios deitados ao
    chao com centenas de livros escolares, todos em indonésio, espalhados
    em redor.
    A vila e um sinal comprovado da destruicao que varreu toda a
    metade ocidental de Timor-Leste.
    O sinal mais claro da violencia e a total ausencia de
    habitantes.
    Alem dos soldados, o unico movimento que hoje se viu em Balibo
    foi o de um cao, coxo de uma perna a fugir entre as casas.
    Lusa/Fim
    2. por ChrysChrystelloex-Lusa (in Trilogia da História de Timor
    XVII) Timor, Os Mídia E a Cena Política Internacional: Jornalistas Australianos
    Foram Mortos Para Silenciar Os Gritos de Revolta Do Mundo Contra a Indonésia
    Para que o mundo desconhecesse os seus crimes, os indonésios não hesitaram em matar cinco jornalistas
    australianos. Estava-se em 17 de outubro 1975 e duas equipas de filmagem dos canais 7 e 9 da TV australiana
    estavam a filmar a queda da cidadezinha de Balibó, em Timor Português, às mãos de tropas indonésias
    apoiadas por refugiados timorenses. Essas imagens poderiam tirar todas as dúvidas sobre a participação do
    exército regular indonésio no ataque e poderiam desfeitear a propaganda indonésia de que só refugiados
    timorenses agrupados no M.A.C. [Movimento Anticomunista] e voluntários da Indonésia estavam a tentar
    recuperar o controlo de Timor.Na Maliana, a poucos quilómetros de Balibó uma equipa de filmagens da R.T.P., liderada pelo jornalista
    Adelino Gomes testemunhava o ataque de artilharia pesada, bombardeamentos e metralhadoras automáticas
    enquanto tentavam filmar a aterragem de um helicóptero momentos depois do combate. Na véspera, Adelino
    Gomes (R.T.P.) falara com os seus colegas australianos do canal 7 de Melbourne e do 9 de Sydney. Nas
    paredes amarelas da casa onde estavam a palavra Austrália e a bandeira da Austrália eram proeminentes. Um
    dele, Greg Shackleton dissera-lhe:
    “Isto é para os indonésios notarem, se vierem para Balibó eles saberão que há estrangeiros e não
    nos matarão. É a nossa Embaixada.”
    Menos de 24 horas depois, ao amanhecer de 16 outubro 1975, os Indonésios começam a atacar Balibó
    com o apoio de membros timorenses do M.A.C. Quer as autoridades da Indonésia quer as da Austrália sabiam
    que eles ali estavam, apesar de durante anos o terem negado. Uns dias antes os programas de TV haviam
    transmitido as suas mensagens a caminho de Balibó por se tratar de uma região prevista para ser atacada
    pelos indonésios que iam tentar desalojar as forças inferiores da Fretilin que a defendiam.
    Um dos jornalistas australianos conseguiu antes de morrer gritar que era australiano, mas o objetivo
    indonésio era o mesmo: eliminar qualquer testemunha inconveniente pelo que todos foram conscientemente
    abatidos a sangue frio. Além do jornalista Greg Shackleton, os outros eram Tony Stewart [engenheiro de som],
    Jan Cunningham e Brian Peters [operador de câmara] para além doutro jornalista, MalcolmRennie. Os
    generais indonésios responsáveis por esta operação [Cor. DadingKalbuardi e Major YunusYusuf, que se
    tornaria, ironicamente no Primeiro-ministro da informação do governo de YusufHabibie em junho 1998]
    rapidamente foram promovidos depois disto. O fotógrafo oficial desta operação foi também prontamente
    condecorado pelo próprio General Suharto.
    Embora o Governo Australiano tivesse ficado embaraçado com o impacto do acontecimento na opinião
    pública, conduziu um rápido e inconclusivo inquérito, mas acabaria por ser forçado em 21 Out.º 1998, a
    reabrir o inquérito na sequência de um programa da ABC TV em que Olandino Rodrigues um timorense que
    fazia parte da força indonésia garantir que os jornalistas foram mortos por soldados indonésios depois de a
    Fretilin ter retirado de Balibó. Assim se esfumou, de vez (?) a teoria deles terem morrido vítimas do fogo
    cruzado.
    Naquela época havia outros jornalistas estrangeiros (e australianos) em Timor, incluindo Roger East, os
    quais obtiveram depoimentos que já então não deixavam dúvidas da intervenção das Forças Armadas
    Indonésias (ABRI) no crime. A Indonésia não pode obter ganhos territoriais substanciais depois da campanha
    fronteiriça e passado mês e meio, em inícios de dezembro, era óbvio que a invasão estava iminente, forçando
    as autoridades australianas a avisar todos os seus cidadãos para abandonarem o território.
    A maioria dos estrangeiros e jornalistas seguiram esse conselho, mas Roger East decidiu ficar, mesmo
    depois da Cruz Vermelha Internacional decidir mudar-se para a Ilha do Ataúro. Em 7 de dezembro, uma hora
    depois da invasão, Roger East ainda conseguiu através do centro de Telecomunicações da Rádio Marconi, emDili, uma mensagem para a AustralianAssociatedPress [AAP] e Reuters na Austrália. Pouco depois, era levado
    para a zona do porto onde foi assassinado juntamente com centenas de timorenses.
    A colusão entre o governo da Austrália e os Indonésios foi tal que nem sequer um protesto se ouviu pela
    morte deste jornalista e cidadão australiano, ainda hoje, muitas vezes esquecido quando se fala dos restantes
    cinco outros jornalistas assassinados. Durante mais de 13 anos [dezembro 1975 – dezembro 1988] a Indonésia
    impõe um blackout noticioso quase total sobre Timor-Leste. Poucos são os jornalistas estrangeiros
    autorizados a visitar Timor-Leste. Quando as suas visitas são autorizadas eles são estreitamente vigiados e a
    sua liberdade de movimentos é mínima. Relatórios de jornalistas independentes focam o medo generalizado
    duma população dizimada, traumatizada pela guerra e pela fome, e por todas as outras atrocidades
    cometidas pelas forças ocupantes. A única exceção à regra surge de jornalistas comprometidos que decidiram
    antes de embarcar escrever peças favoráveis à Indonésia.
    Nestes casos são autorizados apenas a verem cidades, novas escolas e hospitais, novas estradas e outros
    melhoramentos de fachada com que a Indonésia tenta fazer esquecer o genocídio do povo timorense. Os
    contactos com a população e com o mato são muito limitados e as poucas exceções acabariam por resultar
    na prisão ou morte dos guerrilheiros (a prisão de Xanana Gusmão em Nov.º 1991 resultou diretamente da
    entrevista dada ao sindicalista e jornalista australiano Robert Domm).
    A Cruz Vermelha Internacional foi autorizada temporariamente a visitar o território em 24 de março 1979
    sob severas restrições e limitações, depois de durante mais de três anos ver a sua presença proibida. Num dos
    seus primeiros relatórios, em 1979, a CVI descreve a situação humanitária em Timor-Leste como sendo pior
    do que a do Biafra na década de 60 com a morte de dezenas de milhares de pessoas.
    Timor foi “aberto” em Jan.º 1989, mas jornalistas independentes e organizações humanitárias viram
    negados os seus pedidos de visto. Eu mesmo quando tentei, como jornalista australiano acompanhar a visita
    do Papa em Out.º desse ano vi recusado o meu pedido. Outros jornalistas admitem terem sido muito bem
    recebidos, convidados para jantares por membros do corpo diplomático e do governo capazes de lhes darem
    todo o ‘apoio’ para as suas histórias desde que fossem favoráveis à Indonésia, mas que mais tarde viram os
    seus vistos revogados quando não embarcaram no jogo.
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    2. BALIBÓ DEZ ANOS DEPOIS 2
    2.1. OS RUMORES QUE SE RECUSAM A MORRER
    Sidney, outubro 16, 1985, SMH) Faz hoje dez anos que cinco jornalistas australianos foram mortos em Timor-Leste.
    Existem questões em relação às suas mortes que nem a Indonésia nem sucessivos governos australianos souberam responder. Malcolm Rennie, Brian Peters, Greg
    Shackleton, Gary Cunningham e Tony Stewart não foram os primeiros jornalistas australianos a morrerem numa zona de combate nem serão os últimos.
    Nos últimos dez anos, desde que repórteres televisivos e operadores de câmara morreram num ataque à vila timorense de Balibó, mais meia dúzia deles morreu,
    sendo o mais recente o veterano cameraman Neil Davis em setembro [1985] em Banguecoque.
    Mas, a morte daqueles cinco causou uma série de alegações sem precedente, contra alegações e rumores, que se recusam a desaparecer.
    Embora a Indonésia tenha consistentemente negado qualquer responsabilidade nas mortes de Balibó, alegando que as mesmas ocorreram durante a luta que opunha
    forças pró-Indonésias da UDT e forças nacionalistas da Fretilin, relatos de testemunhas obtidas através de refugiados e de fugas de documentos secretos norteamericanos
    alegam que eles foram mortos por forças do exército regular indonésio.
    Os cinco estavam abrigados numa casa em cujas paredes tinham desenhado um mapa australiano e a palavra “Austrália”. Durante o ataque tentaram render-se
    aos indonésios, mas em vez disso, foram executados.
    Pelo menos um deles foi abatido com rajadas de metralhadora ao tentar escapar para o mato.
    Nestes dez anos, houve inúmeros pedidos de membros do Parlamento, da AJA3 e de familiares das vítimas para um inquérito oficial australiano, que sempre foi
    recusado. Para a comunicação social, a investigação dos acontecimentos de Balibó quase se tornou numa obsessão.
    Havia especulação sobre se os indonésios haviam escolhido atacar Balibó e matar os jornalistas para suprimir detalhes da sua escalada de envolvimento em Timor-
    Leste.
    O tom simpático dos artigos de jornal que inicialmente surgiram, depressa deram lugar a sugestões de que os jornalistas haviam arriscado a vida deliberadamente e
    se haviam tornado simpatizantes da Fretilin. As televisões foram acusadas de imprudência com vista a obterem uma boa caxa.
    A questão de como um governo responsável devia proteger os repórteres uma zona de guerra também foi questionada.
    2 MARK CHIPPERFIELD, SYDNEY MORNING HERALD 16 OUTUBRO 1985. TRADUÇÃO DO AUTOR PARA A TDM E LUSA
    3 AUSTRALIAN JOURNALISTS’ ASSOCIATION
    2.2. ASSASSÍNIO A SANGUE FRIO
    Para além da questão fulcral sobre se os jornalistas foram assassinados existem outras questões:
    ESTARIAM bem informados antes de partirem para Balibó?
    ESTARIAM conscientes da concentração maciça de tropas Indonésias em Timor Ocidental?
    DEVERIAM ter sido enviados para lá?
    Gerald Stone era o diretor de informação do Canal 9 à data e o principal responsável por ter enviado os operadores de câmara Brian Peters e Malcolm Rennie para
    Timor-Leste. Ainda hoje não está convencido de que algo pudesse ter sido feito para evitar Balibó e garante que o seu pessoal estava devidamente informado. Existem
    ainda duas questões que o afligem:
    SE as duas equipas de filmagem (uma do Canal 9 em Sidney, a outra do Canal 7 em Melbourne), operando em conjunto e competitivamente talvez não se tenham
    pressionado uma à outra para ficarem mais tempo do que seria aconselhável.
    SE a amizade inicial dos timorenses não terá encorajado as equipas de filmagem a “passarem das linhas” e tentarem obter a mesma espécie de resposta por parte da
    UDT que tinham tido por parte da FRETILIN?
    Para Shirley Shackleton, viúva do repórter do Canal 7, Greg Shackleton, a culpa de Balibó é inteiramente da responsabilidade do exército indonésio.
    Afirma já não odiar a Indonésia mas a sua raiva é dirigida a vários departamentos [ministérios] australianos que, acredita, terem deliberadamente ocultado os factos
    sobre Balibó.
    Crê que os cinco jornalistas morreram apenas por serem jornalistas.
    Eles eram testemunhas dum acontecimento que os governos da Austrália e da Indonésia asseguravam ao mundo não estar a acontecer – a intervenção armada em
    Timor-Leste. O filme, parte do qual chegou à Austrália destrói essa ficção que eventualmente permitiria à Indonésia ocupar Timor-Leste sem a intervenção da ONU.
    A Senhora Shackleton concorda que o medo de serem ”batidos” por uma reportagem do outro canal, pode ter levado as duas equipas de filmagem a ficarem em
    Balibó depois de todos os outros terem partido, mas diz serem estúpidas as sugestões de que negligência poderá ter contribuído para as suas mortes.
    Duma forma mais simples, afirma, não existe proteção contra o “assassinato a sangue frio”, que ela crê ter ocorrido.
  • Mas… quem o anda a enganar? Diga.

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    Junte o seu ouvido à minha boca, que eu junto a minha boca ao seu ouvido, para não falarmos muito em voz alta. Pergunto – Quem é que lhe anda a mentir e a enganar desde há 50 anos? Por exemplo, se acaba de fazer 18 anos e se prepara para votar para a sua […]

    Source: Mas… quem o anda a enganar? Diga.

  • Porque é que a Europa está a ter dificuldades a defender-se dos drones?

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    Uma série de incursões de drones em espaços aéreos protegidos em toda a Europa colocaram as defesas do continente em evidência. Os aeroportos estão numa posição particularmente vulnerável, mas o que pode ser feito? O encerramento do aeroporto de Aalborg, no norte da Dinamarca, esta semana, após a incursão de drones no seu espaço aéreo, é o mais recente de uma série de paragens aeroportuárias causadas pelos dispositivos. Foram também avistados drones não tripulados nos aeroportos de Esbjerg, Sonderborg e Skrydstrup — este último, bem como o de Aalborg, é também utilizado para fins da Força Aérea Real Dinamarquesa. No

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  • TRADUTOR PROFISSÃO EM VIAS DE EXTINÇÃO (E EU QUE O DIGA)

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    “AI is taking on live translations. But jobs and meaning are getting lost / New artificial intelligence-driven capabilities are expected to accelerate the shift from translation done by humans to machines”:

    By Danielle Abril
    In the five years Nathan Chacón has worked as a professional translator, he’s noticed a steady decline in demand for the freelance services he offers. Beginning in 2023, he said, more people seem to be turning to artificial intelligence to get documents translated from English to Spanish or vice versa. And others in his industry are noticing the change, too.
    Chacón said he’s one of the luckier professionals because he works as a full-time translator and interpreter for a pediatric hospital in the Dallas-Fort Worth Metroplex. But if he were a full-time freelancer, the 28-year-old said, his livelihood would’ve taken a hit.
    “There’s a lot of translators out there, and they were echoing my concerns,” about AI’s effect, he said. “I’m seeing AI tools take over.”
    As more tech products are equipped with live translation capabilities using AI, it has begun to erode a profession that was already beset by dwindling job opportunities, people within the industry say. And researchers predict that the shift away from human translation is only expected to speed up in the future.
    “We’re likely to see the displacement of translators accelerate,” said Carl Benedikt Frey, associate professor of AI and work at the Oxford Internet Institute. “AI today is the worst it will ever be. It’s only going to improve.”
    The transition from human translation to machines has been happening for decades, professional translators and researchers said. Human translators already were being asked to proofread and edit translations done by older technologies: Now they’re also being asked to do that for translations generated by AI, some of which lack cultural context or contain errors, they said.
    Last year, about 75,300 people worked as translators or interpreters, representing a decrease of nearly 3 percent over the last five years, according to data from the U.S. Bureau of Labor Statistics. Meanwhile, a recent study released by Microsoft researchers identified translators and interpreters as the top occupations where AI can be applied.
    Despite AI’s impact on the industry, humans will probably continue to be needed for regulated industries where linguistic precision is important, Frey predicts.
    Some professionals in the field say they’re already feeling the crunch. Earlier this year, language-learning app Duolingo opted to replace some of its contract translators with AI in a new strategy, causing backlash from customers.
    Meanwhile, Google’s Pixel 10 comes equipped with the ability to live-translate between English and 10 other languages while mimicking the user’s voice on phone calls. And earlier this month, Apple released a new AI feature that users can use on their AirPods to translate in-person conversations. Meta also built live-translation capabilities into popular Meta Ray-Ban glasses, and Google is following suit with translation tools for smart glasses running on its Android XR software. For workplaces, Google and Microsoft announced live-translation features that also mimic users’ voices in their videoconference products.
    But the technology may not always get translation right, said Andy Benzo, president-elect of the American Translators Association. Relying on AI for translations for sensitive legal, medical or financial documents carries “significant risks,” he said. The AI could mislabel legal terms, incorrectly translate dosage instructions or patient conditions, and cause an error in an audit report, he said, as well as inadvertently introduce bias or misunderstandings.
    “We see AI as a tool, but not a replacement for humans,” Benzo said. “Translators and interpreters do not exchange words; they exchange meanings.”
    Chacón said he often has to correct the errors AI makes, as it can take phrases like “it’s raining cats and dogs” too literally. At his hospital job, he finds that when patients are given the choice between connecting with someone virtually to interpret a doctor’s visit, they often prefer a human in the room, saying they “feel more connected.”
    Veteran workers say they’ve watched the shift to technology-driven translations over time. Robert Bononno, a professional translator for French and English in New York City with 35 years of experience, said some companies have opted to rely more on machine-aided translators, which allow them to translate with the click of a button. It’s leading to a decline in demand for his services, he said.
    “Fortunately I’m close to retirement age,” Bononno said. But “if I were 30 years old, I’d be looking at going back to school or changing professions. I don’t see a viable future where I could make enough to make a living.”
    In the gaming industry, which often features translated features, language experts are already seeing pay and opportunities decrease as more companies adopt AI, said Hannah Lund, a former translator for a gaming company in Shanghai who now lives in Chicago. Companies often tout efficiency when implementing the tech. But “when they say they’re cutting costs, we’re usually the cost.”
    Sometimes the errors AI introduces are incomprehensible, she said, causing human translators to spend double the amount of time it would’ve taken had they done it from scratch. Lund remembers one “odd” case where the technology translated a game from Mandarin Chinese into British English, and halfway through it turned Shakespearean. Lund left gaming to work on translating literary works, which she said is more likely to favor linguistic nuances only humans can offer.
    Erik Voss, an assistant professor of applied linguistics at Columbia University’s Teachers College, said new AI translation tools could inspire more people’s interest in learning new languages and serve as an aid for teachers and students of foreign languages.
    Still, professionals like Lund worry about people’s overreliance on AI for translations.
    “The more we remove human elements from human interaction, the more it could distort relationships between people,” she said. “Now more than ever, we need humans connecting with humans.”
  • VENDIDA IMPRESA DE BALSEMÃO

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    Até a Impresa
    A atravessar uma situação financeira muito difícil, a Impresa, proprietária nomeadamente do semanário Expresso e da estação de televisão SIC, vai passar a ser controlada por uma sociedade empresarial italiana, pertencente à conhecida e poderosa família Berlusconi. Essa empresa italiana vai, portanto, entrar com capital na Impresa, para a salvar da falência, com a condição de a não menos conhecida família portuguesa Balsemão, poderosa noutros tempos, se afastar da gestão da empresa que criou e funcionou bem durante muitos anos. O mundo dá muitas voltas, o rico de ontem passa a uma situação subalterna. Ou seja: a outrora prestigiada Impresa, durante muito tempo considerada como fazendo parte dos “donos disto tudo” em Portugal, vai ser alienada em grande parte a italianos. Qualquer dia nem o ar que respiramos é português…