Mês: Outubro 2022

  • escravatura africana

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    Para que conste: (excertos do texto que se encontra no link)
    “Foram os árabes muçulmanos que começaram o tráfico de escravos em grande escala”
    O antropólogo e economista franco-senegalês Tidiane N’Diaye considera que o tráfico de escravos árabo-muçulmano realizado durante quase mil anos ainda não foi reconhecido em toda a dimensão. Falta virar esta página.
    Tidiane N’Diaye publicou O Genocídio Ocultado em 2008, mas mais de uma década depois o que acusa de ser um encobrimento de práticas esclavagistas árabo-muçulmanas entre o sétimo e o décimo sexto, quase mil anos, ainda se mantém.
    Sem ignorar o tráfico transatlântico que se segue durante quatro séculos, considera que “os árabes arrasaram a África Subsariana durante treze séculos ininterruptos” e que a “maioria dos milhões de homens por eles deportados desapareceu devido ao tratamento desumano e à castração generalizada”.
    Para o investigador franco-senegalês, é mais do que tempo de “examinar e debater o genocidário tráfico negreiro árabo-muçulmano como se faz com o tráfico transatlântico”.
    . A sua introdução ao ensaio O Genocídio Ocultado é muito violenta. Pode dizer-se que a escravatura arábo-muçulmana foi a mais dura?
    É preciso reconhecer que as implosões pré-coloniais inauguradas pelos árabes destroem sem dúvida os povos africanos, que não tiveram um intervalo desde sua chegada. Como mostra a história, os árabes-muçulmanos estão na origem da calamidade que foi o tráfico e a escravatura, que praticaram do século VII ao século XX. E do sétimo ao décimo sexto século, durante quase mil anos, eles foram os únicos a praticar este comércio miserável, deportando quase 10 milhões de africanos, antes da entrada na cena dos europeus. A penetração árabe no continente negro iniciou a era das devastações permanentes de aldeias e as terríveis guerras santas realizadas pelos convertidos a fim de obter escravos de vizinhos que eram considerados pagãos. Quando isso não era suficiente, invadiram outros alegados “irmãos muçulmanos” e confiscaram os seu bens. Sob este acordo árabe-muçulmano, os povos africanos foram raptados e mantidos reféns permanentemente.
    A recente islamização dos povos africanos excluiu as práticas de escravidão?
    O islão só permite a escravização de não-muçulmanos. Mas em relação aos negros, os árabes utilizaram os textos eruditos como os de Al-Dimeshkri: “Nenhuma lei divina lhes foi revelada. Nenhum profeta foi mostrado em sua casa. Também são incapazes de conceber as noções de comando e de proibição, desejo e de abstinência. Tem uma mentalidade próxima da dos animais. A submissão dos povos do Sudão aos seus chefes e reis deve-se unicamente às leis e regulamentos que lhes são impostos da mesma maneira que aos animais. “
    Considera existir um “desprezo dos árabes pelos negros no Darfur”. Mantém-se até à atualidade?
    Sim. No inconsciente dos magrebinos, esta história deixou tantos vestígios que, para eles, um “negro” continua sendo um escravo. Eles nem podem conceber que os negros estejam entre eles. Basta ver o que está a acontecer na Mauritânia ou no Mali, onde os tuaregues do norte jamais aceitarão o poder negro. Os descendentes dos carrascos, como os das vítimas, tornaram-se solidários por motivos religiosos. Mas existem mercados de escravos na Líbia! Somente o debate permitirá superar essa situação. Recorde-se que em França, durante o comércio de escravos e a escravatura, havia filósofos do Iluminismo, como o Abade Gregório ou mesmo Montesquieu, que defendiam os negros, enquanto no mundo árabo-muçulmano os intelectuais mais respeitados, como Ibn Khaldun, também eram obscurantistas e afirmavam que os negros eram animais. Nenhum intelectual do Magrebe levantou a voz para defender a causa dos negros. É por esta razão que este genocídio assumiu tal magnitude e continua. No Líbano, na Síria, na Arábia Saudita, os trabalhadores domésticos africanos vivem em condições de escravatura. A divisão racial ainda é real na África.
    – Quando se fala de genocídio o holocausto surge logo. Pode-se fazer comparações, apesar da duração temporal, com a do tráfico negreiro árabe?
    Desde o início do comércio oriental de escravos que os muçulmanos árabes decidiram castrar os negros para evitar que se reproduzissem. Esses infelizes foram submetidos a terríveis situações para evitar que se integrassem e implantassem uma descendência nesta região do mundo. Sobre esse assunto, os comentários de uma rara brutalidade das Mil e Uma Noites testemunham o tratamento terrível que os árabes reservavam aos cativos africanos nas suas sociedades esclavagistas, cruéis e depreciativas particularmente para os negros. A castração total, a dos eunucos, era uma operação extremamente perigosa. Quando realizada em adultos, matou entre 75% e 80% dos que a ela foram sujeitos. A taxa de mortalidade só foi menor nas crianças que eram castradas de forma sistemática. Mas 30% a 40% das crianças não sobreviveram à castração total. Hoje, a grande maioria dos descendentes dos escravos africanos são na verdade mestiços, nascidos de mulheres deportadas para haréns. Apenas 20% são negros. Essa é a diferença com o comércio transatlântico.
    – Como vê o papel de Portugal nesse trafico transatlântico?
    Os portugueses tinham acidentalmente capturado um nobre mouro Adahu, em 1441. Este último ofereceu-se para comprar sua liberdade em troca de seis escravos negros e isso ocorreu em 1443. Depois disso, Dinis Dias desembarcou no Senegal e trouxe para Lagos quatro cativos, situação que marca o início do tráfico sistemático. Os portugueses foram, assim, os primeiros a importar escravos para o trabalho agrícola. Eles transportavam entre 700 e 800 cativos por ano desde os postos comerciais e fortes na costa africana. Os pioneiros neste tráfego foi Gonçalves Lançarote em 1444. Em seguida, foi a vez do navegador Tristão Nunes comprar aos mouros um número significativo de cativos africanos, para aumentar o seu número em São Tomé e Portugal. Em 1552, 10% da população de Lisboa consistia de escravos mouros ou negros. Aqui também há um trabalho de memória a ser feito…
    – A colonização europeia de África suavizou a anterior crueldade sobre os povos do continente ou manteve-a?
    Se essa colonização pudesse ter um rosto, seria aquele que está na origem de dramas inesquecíveis. Depois dos compromissos históricos dos pensadores iluministas com ideias racistas, desde meados do século XIX que também há teorias que se infiltraram nas cabeças de um grande número de intelectuais como a do racismo científico. Se no início das conquistas, os ingleses apresentavam a superioridade científica e técnica da sua civilização sobre a dos povos “atrasados”, em seguida procuraram uma “justificativa racial” para fazer a colonização. Sociólogos e cientistas britânicos decidiram elevar essa manobra ao apresentar os povos negros como sendo “seres vivos, semelhantes aos animais”. E foram inspirados por uma das referências científicas da época, Charles Darwin, que concluiu o seu trabalho da seguinte forma: “O homem subiu da condição de grande macaco para o homem civilizado, passando pelas fases do homem primitivo e do homem selvagem. O melhor grau de evolução foi alcançado pelo homem branco.” Todas essas construções levaram a calamidades como a do apartheid.
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  • educação mais uma profesora doente morre

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    1 h
    É o segundo caso em pouco mais de duas semanas. Morreu uma professora de Chaves, com 66 por cento de incapacidade, devido a várias doenças, e que viu negado o pedido de mobilidade.
    Morreu professora de Chaves que viu negado pedido de mobilidade
    RTP.PT
    Morreu professora de Chaves que viu negado pedido de mobilidade
    É o segundo caso em pouco mais de duas semanas. Morreu uma professora de Chaves, com 66 por cento de incapacidade, devido a várias doenças, e que viu negado o pedido de mobilidade.
  • autores açorianos na ebi da maia

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    ESCRITORES AÇORIANOS CONVIVEM COM ALUNOS DA ESCOLA DA MAIA
    A Escola Básica Integrada da Maia promoveu, na passada segunda-feira, um encontro literário com escritores açorianos, entre os quais estiveram presentes Pedro Almeida Maia, Nuno Costa Santos e Telmo Nunes, numa conversa que contou com a moderação do Professor Aníbal Pires.
    Este encontro teve como tema principal o livro “Nova Antologia de Escritores Açorianos”, um trabalho coordenado pela Professora Helena Chrystello, no qual os alunos do 8.º e 9.º anos da referida escola tiveram a oportunidade de ouvir, na primeira pessoa, o testemunho dos escritores.
    O evento também foi marcado pela homenagem simbólica que a coordenação da Biblioteca Escolar daquele estabelecimento de ensino prestou à Professora Helena Chrystello, e finalizou com um momento musical e de poesia protagonizado por uma aluna e pelo presidente do Concelho Executivo da escola.
    O vereador da Câmara Municipal da Ribeira Grande com os pelouros da Cultura, Juventude e Desporto, José António Garcia, marcou presença neste encontro.
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  • eu já aderi há muito e você”’

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    May be an image of 1 person, standing and outdoors

  • a política de espaços verdes de ponta delgada mudou…agora é a lei do mato

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    Assim vão as zonas verdes em Ponta Delgada (Paim)!
    Henrique Schanderl, Alexandrina Bettencourt and 22 others
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  • as aparições de Fátima

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    Joaquim Fernandes
    5h
    RECONSTITUINDO O AUTÊNTICO “MILAGRE” DO SOL
    HÁ 105 ANOS EM 13 DE OUTUBRO:
    A TRAJETÓRIA E OS EFEITOS DO OBJETO VOADOR
    QUE DESCEU SOBRE A MULTIDÃO
    Uma análise científica passível de réplica experimental/laboratorial que racionaliza com coerência e economia o triplo efeito físico registado na Cova da Iria em 13 de outubro de 1917. Um problema de Ciência, não de Fé. Cf. “As Outras Fátimas” ( Manuscrito, 2021); “As aparições de Fátima e o fenómeno OVNI” ( Estampa, 1995); “Fátima. Mais além da Fé” ( Book Cover, 2017), entre outros títulos mais antigos.
    NO DIA EM QUE O “SOL”
    BAIXOU À TERRA…
    E A CIÊNCIA SUBIU AO “CÉU”
    …UM SÉCULO DEPOIS!
    – O anti-absurdo explicativo do fenómeno “solar”
    e o que podemos deduzir dos testemunhos
    do dia 13 de Outubro de 1917
    Neste dia, evocativo do chamado “milagre do Sol” sobre a dolina da Cova da Iria, seja-me permitido recomendar a leitura,- a todos os (des)crentes de todos os matizes e que (ainda) não desistiram de pensar…- do nova antologia multidisciplinar “Fátima. Mais além da Fé”, ontem apresentada na Universidade Fernando Pessoa e editada pela Book Cover ( Porto, 2019). A (des)crentes de todos os matizes. Alguns dos 18 textos aí publicados- como os do professor Auguste Meessen, físico teórico da Universidade Católica de Louvaina, ou a reveladora e original investigação do professor José Machado, da UTAD, sobre os originais fotográficos – ou seja, as preciosas “placas” de vidro do conhecido fotógrafo Benoliel – depositadas nos Arquivos do Santuário de Fátima – em que se demonstra que algumas das fotos já publicadas à época e que captam o ambiente do local aquando do “fenómeno solar” foram REALMENTE manipuladas ! – são dois exemplos apenas, dois motivos para uma leitura atenta e reflexiva desta nova reavaliação científica e cultural das “aparições” de Fátima e de aspetos que têm sido ordinariamente desprezados e/ou ignorados durante mais de um século.
    Imagem da zona onde se registaram efeitos físicos simultâneos à “descida” do objeto dito “solar” sobre a multidão na Cova da Iria. In “Fátima. Mais além da Fé”, página 23:
    No photo description available.
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    • João Janeiro

      Meu Caro, para quando um livro sobre o tópico? Sei que publicou no passado (80s) mas os livros já não se encontram à venda.
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      • 4 h
      • Joaquim Fernandes

        João Janeiro caro Amigo, publiquei em 2021 a obra “As Outras Fátimas” (Manuscrito) com uma revisão crítica do elenco de 16 “aparições marianas” não reconhecidas pela Igreja Católica onde reanaliso muitos dos aspetos dos fenómenos de 1917 e não só e uma (ousada) proposta teórica de hipótese explicativa global dos mesmos. Sugiro-lhe ainda, se não conhece, a antologia “Fátima. Mais além da Fé” ( Book Cover, 2017) com ensaios de académicos nacionais e estrangeiros. Abraço.
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        • 3 h
      • João Janeiro

        Joaquim Fernandes muito obrigado pelas dicas.
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        • 2 h
    • R Moreno

      OVNIs e religião não podem coexistir?Eu não sou especialista disto mas acho que uma coisa não impede a outra.
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      • 3 h
  • Moments At Airports That Caused A Stir – People Couldn’t Help But Stare

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    Traveling can cause people to do some strange things. These moments at airports cause such a stir that people couldn’t stop staring!

    Source: Moments At Airports That Caused A Stir – People Couldn’t Help But Stare

  • (42) Ballet Classico premiado 2014 Georgia Giovanardi – YouTube

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