Mês: Setembro 2022

  • O MONSTRO ACORDOU (INFLAÇÃO)

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    Na década de 80, Portugal viveu durante anos consecutivos com taxas de inflação superiores a 20 por cento, um cenário que a entrada na União Europeia, primeiro, e a adesão ao euro e à Zona Euro, mais tarde, apagaram da nossa memória. Nunca nos seus curtos 24 anos de vida a Zona Euro passou por uma crise inflacionista como a que agora nos entra porta adentro.
    Ao contrário do que se tem ouvido aqui e ali, o epicentro da crise inflacionista não está limitado à guerra na Ucrânia, até porque antes de os russos ultrapassarem a fronteira ucraniana já a inflação se agitava como reflexo de uma longa pandemia que paralisou o mundo e provocou o caos nas cadeias de distribuição.
    O impacto somado desses vários fatores é o que permite perceber a voragem do monstro inflacionista que depois de décadas adormecido acordou cheio de fome e ameaça lançar a Europa para mais uma recessão.
    Há incúria política ao nível dos estados-membros, há ganância e certamente negócios duvidosos que ajudaram a colocar a União Europeia, e em particular o seu grande motor económico, a Alemanha, nas mãos de Putin que agora fecha as torneiras do gás na-tural e deixa a Europa à beira de congelar. O Inverno vem aí e Putin vai usar o frio em beneficio próprio. A fazer fé nas palavras de Klaus-Dieter Maubach, CEO da Uniper, o pior da crise energética ainda está para chegar.
    Com a inflação a comer rendimentos, e a injetar incerteza nas economias europeias e nos mercados internacionais, com a crise energética, as alterações climáticas e a disrupção nas cadeias de distribuição por resolver, não é de admirar que o BCE continue com a mão no travão e admita voltar a a subir as taxas de juros que “facilmente” poderão chegar aos 3% em 2023. Talvez não seja má ideia revisitar a crise do início dos anos oitenta nos EUA e as medidas duras tomadas pela FED na altura para se perceber o risco que a escalada da inflação representa.
    Portugal, tal como outros países da UE, tem procurado criar medidas que alguns, erradamente, apelidam de combate à inflação. Na realidade, são medidas para ajudar a viver em inflação, nunca para a derrotar. Podem e devem discutir-se se os pacotes anunciados são bons, maus, ideais, contudo nunca se deve perder de vista o essencial: o dinheiro que os Estados encaixam “extraordinariamente” em impostos com a inflação não são uma benesse, antes um presente envenenado, e todos os políticos, dos que governam aos que são oposição, sabem disso.
    (Paulo SimõesAçoriano Oriental de 11.09.2022)
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  • Falece aos 90 anos Saleta Goi

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    No serán deste sábado faleceu na cidade da Coruña Saleta Goi, a viúva do escritor Manuel María. Goi, presidenta da fundación que acolle o legado do poeta na Casa-Museo Manuel María, levaba ligada á cultura galega desde os anos 50, participando da vida social e política do país.

    Source: Falece aos 90 anos Saleta Goi

  • 11 de setembro: assinalam-se 21 anos do atentado às Torres Gémeas – SIC Notícias

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    Joe Biden participa na sessão solene junto ao Memorial do Pentágono.

    Source: 11 de setembro: assinalam-se 21 anos do atentado às Torres Gémeas – SIC Notícias

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    Ensaio Sobre Antero

  • OS ESPOLIADOS

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    Os espoliados
    Na ressaca do pacote de medidas de apoio às famílias, anunciado por António Costa, já todos perceberam quem vai pagar por mais esta crise: a classe média e os pensionistas, os espoliados do costume em todas as crises.
    Algumas das medidas são positivas, mas todas insuficientes, cheias de alçapões e tardias.
    Por exemplo, a classe média é aquela que mais detém habitação própria com recurso ao crédito bancário.
    Para as rendas é feita uma intervenção até aos 2%, recompensando os senhorios no IRS e IRC. E para os têm crédito à habitação?
    Como pagar rendas bancárias que estão a subir mais do que as taxas das rendas?
    No caso dos pensionistas o escândalo ainda é maior, tratando-se de um truque criado por um qualquer técnico da Autoridade Tributária que há-de ser recompensado por isso, como quem vai à caça das infracções tributárias dos contribuintes.
    Então atribui-se, agora, uma meia pensão, para, depois, em Janeiro, se mudar o cálculo da lei e os pensionistas passarem a receber menos para o resto da vida?
    Nem a ‘troika’ se lembrou de tal número ilusionista, apresentado como se fosse uma medida de apoio aos reformados. Não é.
    Trata-se de uma manipulação técnica para espoliar os mais frágeis da sociedade.
    No cheque de 125 euros há outra ilusão.
    Quem ganha 1.500 euros desconta por mês quase 500 euros para o Estado, mas este devolve-lhe, num só mês, 125 euros! Uma esmola que nem dá para encher duas vezes o depósito da viatura apenas no mês de Outubro.
    A mesma espoliação é feita na receita fiscal.
    O Estado já arrecadou, nestes meses em que a inflação galopou, mais de 10 mil milhões de euros em receita fiscal extraordinária.
    Ou seja, já ia com um excedente orçamental, a que se junta agora mais estes pecúlio inesperado, só porque o governo se atrasou, propositadamente, na implementação das medidas, para encher os cofres.
    E o que dá em troca às famílias espoliadas?
    Uns míseros 2,4 mil milhões!
    Em resumo, os contribuintes e os mais fracos vão continuar a ser os espoliados pelo Estado glutão, enquanto as grandes empresas, especialmente as petrolíferas, a banca e as que comercializam bens alimentares, vão continuar com os seus lucros excessivos, uma benção do governo que está a ser taxada por outros governos mais inteligentes em países com líderes mais competentes.
    É bom que o Governo dos Açores vá pondo as barbas de molho e não cometa as mesmas barbaridades.
    É verdade que a governação açoriana está muito condicionada, sobretudo ao nível das fiscalidade, até porque já baixou os impostos este ano.
    Mas existem outras formas de compensar as famílias açorianas, a começar pela distribuição do excedente da receita fiscal, de que o governo de Bolieiro não se deve aproveitar como fez Costa.
    Dizer que o combate à inflação nos Açores começou em Janeiro com a baixa de impostos é uma falácia: Porque, pura e simplesmente, naquela altura não havia inflação!
    Vir com estes argumentos enganadores, tipo continuação da “escola sergiana”, só descredibiliza a governação.
    Há outras medidas boas, como foram implantadas pela vizinha Região Autónoma da Madeira, antecipando-se à República, que podemos copiar sem mais demora.
    É que, aqui nos Açores, também já vamos tarde.
    Para fazer sofrer as famílias, já bastou este governo ter legislado os apoios às vítimas das cheias nas Feteiras e Sete Cidades… um ano depois!
    Mexam-se, que as férias já lá vão.
    (Osvaldo Cabral – Diário dos Açores de 11.09.2022)
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  • óbito pedro cymbron

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    Sentidas condolências a toda a família e descansa em paz meu bom e velho amigo !
    Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "CAMRG"
    Mais um amigo do Porto Formoso que nos deixa.
    Paz á sua alma.
    Até sempre. Mestre Pedro Cymbron – “O Perrica”
    Artur Neto, José Manuel Leal and 49 others
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  • os 125€ que vão devolver como esmola aos pobres

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    O anúncio de António Costa foi um exercício de populismo e manipulação em que se aproveita da iliteracia económica das pessoas para fazer passar por positiva medidas que não acrescentam nada ou em alguns casos são um verdadeiro presente envenenado. Dois exemplos:
    Medida dos 125€ por pessoa que ganhe até 2700€:
    Uma pessoa que ganhe 2700€ brutos entrega todos os meses de IRS cerca de 700€ por mês. Aquilo que António Costa deixou implícito é que esta pessoa a quem o estado vai buscar 700€ de IRS todos os meses precisa da caridade do governo. Mas esta pessoa não precisa da caridade de Costa. Precisa que o estado a deixe ficar com uma parte maior do seu salário, daquilo que ganhou honestamente. Tirar 700€ de um lado todos os meses e dar 125€ por outro num único mês não é uma política social, é uma política de dependência. O raciocínio aplica-se também a quem ganha 1500€, recebe líquidos pouco mais de 1000€ e entrega 250€ ao estado todos os meses. Se o governo quisesse mesmo ajudar a passar por esta fase complicado, não o faria criando clientelas e dando esmolas, mas deixando que estes trabalhadores ficassem com mais daquilo que ganham. Aquilo que o governo faz e tirar com uma mão muito (e de forma permanente) e dar com outra mão pouco (e de forma excepcional).
    Medida das pensões
    Aqui há uma clara aposta na iliteracia económica dos portugueses. O governo estava obrigado por lei a dar uma aumento em 2023, mas irá dar um aumento menor, antecipando o valor que os pensionistas perderão em 2023 com um subsídio imediato. Poderão pensar que isto equilibra as coisas, mas não. Vamos imaginar um pensionista que recebe 1000€ e teria direito a receber 1100€ em 2023. O estado apenas aumenta para 1050, mas em troca atribui-lhe todo o valor perdido ao longo do ano já em Outubro. O pensionista fica melhor? Não, fica muito pior. Porque em 2024 a lei determinará novo aumento percentual que em vez de recair sobre os 1100 que supostamente receberia no final de 2023, apenas recairá sobre os 1050 que passou a receber. A perda dos 50€ até pode ser recompensada em 2023, mas será uma perda permanente a partir de 2024. Concorde-se ou não com estes aumentos, aquilo que António Costa anunciou como uma vitória dos pensionistas é, na verdade, uma enorme perda duradoura em relação ao que os pensionistas receberiam normalmente.
    Estivemos perante um exercício de ilusionismo e o pior é que pode muito bem resultar eleitoralmente. Muitos trabalhadores e pensionistas irão exultar com o dinheiro extra recebido em Outubro sem se aperceberem que o pagam em triplo, quadruplo ou quíntuplo todos os meses (no caso dos trabalhadores) ou que pagarão o presente envenenado de Outubro com juros o resto da vida (no caso dos pensionistas).
    Carlos Guimarães Pinto
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    • Jose Ourique Fagundes

      Poderá haver surpresas, já, nas eleições autárquicas. Costa, põe o Medina na ordem.
  • tinta mágica salva vidas

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    Na Austrália foi inventada uma tinta luminosa, que permite conduzir na escuridão, com visibilidade. Muitas vidas serão salvas, graças a esta tinta.
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    Luisa Costa Gomes Costagomes, Igor Espínola de França and 7 others

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  • JAI OUBLIER DE VIVRE 2006 – YouTube

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