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Mês: Setembro 2022
dicas do costa
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crise inflacionista josé gabriel ávila
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Cron. Rádio Atlântida – Crise inflacionistaEstávamos bem longe de pensar – todos nós, incluindo organismos internacionais – que a guerra na Ucrânia iria prolongar-se tanto tempo e que os seus efeitos provocariam uma crise inflacionista que estamos a sofrer, também por causa das sanções.Quem ganha com este conflito europeu? A indústria do armamento, as empresas fornecedoras de energia e de produtos petrolíferos. Quem sofre com a guerra? O país atacado, os familiares das vítimas, os que lutam no campo de batalha, quem vive do seu trabalho e não têm outros proventos, os idosos, os carenciados, os povos famintos, etc, etc… E poderia continuar o rosário doloroso e infindável de consequências que se traduzem sempre em morte, pobreza e mais guerra.Perante este cenário de crise, a quem compete acudir? Ao Estado, à sociedade, à solidariedade humana, repartindo bens, sobretudo os que mais têm.Esta é a receita que muitos governos estão a tomar, cientes de que o bem-comum deve traduzir-se em gestos efetivos, revertendo aos contribuintes, sobretudo aos que mais precisam o excesso de impostos cobrados devido à subida dos produtos.ENTRE NÓS, o Governo Açoriano já veio dizer que, para já, não contem com a devolução de impostos. Posição contrária – e muito bem! – tem o presidente do Município da Ribeira Grande.Gaudêncio afirma que “A [sua] preocupação é ajudar as famílias, com medidas concretasque visam apoiar, em primeiro lugar, aqueles que mais precisam”. Uma dessas medidas é a criação de um Fundo de Emergência Social, para atuar de imediato, apoiando despesas básicas como água, eletricidade, gás ou alimentação. No próximo ano, no concelho nortenho, haverá a redução da taxa do IRS cobrado pela autarquia aos contribuintes.Existindo uma associação de municípios de São Miguel e também dos Açores, por que não decidiram as autarquias ações conjuntas? O problema não atinge todas as ilhas?Neste concelho maior (Ponta Delgada) e noutros por esses Açores abaixo, a indiferença face às dificuldades de tantas famílias e à pobreza é assustadora e olha-se, infelizmente, para os mais carenciados como um peso social ou casos de preguiça que importa denunciar e combater.A estratégia de muitos autarcas parece ser adormecer o povo com festas brancas e multicolores para esconder as assimetrias sociais cada vez mais evidentes.Vivemos tempos em que o estado, a região, os órgãos de poder local e outras instituições sócio-religiosas devem preocupar-se com as condições de vida de mais de um quarto da população açoriana e até da classe média, para evitar tempos de penúria, como os já vividos há décadas, que abriram a porta à emigração.As instituições servem para responder aos problemas e não para instalar e perpetuar no poder os responsáveis quaisquer que eles sejam.Os políticos e os governantes não são donos da democracia. Por isso, devem repensar e rever, constantemente, procedimentos e tomar atitudes que visem o bem-comum. É essa a sua única missão.Indigna-me saber que o orçamento do Parlamento Açoriano para o próximo ano aumentou substancialmente e que nenhuma força política se dignou propor em plenário medidas que visem fazer face à presente crise financeira das famílias mais débeis.Se os governantes, deputados e autarcas não se preocupam em discutir e resolver os problemas que, em tempos de grande dificuldade, mais afetam os cidadãos, para nada servem.A democracia é um sistema dinâmico e, ao contrário do que se julga, o povo não dorme e sabe analisar quem está a seu lado e resolve as suas dificuldades.José Gabriel Avila10 set 20221
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Eu não tenho que pedir desculpas pelo crime de Wiriamu
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《Eu não tenho que pedir desculpas pelo crime de Wiriamu
A culpabilização colectiva por actos de uma ditadura em que os portugueses não foram tidos nem achados só serve para desculpabilizar os verdadeiros culpados.
José Pacheco Pereira
10 de Setembro de 2022
O pedido de desculpas de António Costa aos moçambicanos pelo massacre de Wiriamu pareceu-me bem no sentido geral do acto, não na sua forma. Wiriamu foi um crime de guerra que nunca deve ser esquecido nem subestimado, pelo qual a justiça devia ter funcionado punindo os culpados e reparando as vítimas. Como isso nunca foi feito, devia sê-lo mesmo hoje, porque esses crimes não prescrevem. Acresce que a memória inscrita na história escolar e mediática não pode tratar a Guerra Colonial como um acontecimento secundário na nossa história recente, mas sim um momento particularmente cruel da nossa história, num país que se gaba vezes de mais de ter «brandos costumes».》
