Arquivo mensal: Agosto 2022

santos narciso escreve sobre língua maltratada

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Deve dizer-se Câmara DE Lagoa ou Câmara DA Lagoa? Junta DE Arrifes, DE Capelas, ou DAS Capelas e DOS Arrifes?…. Eis o meu artigo publicado hoje, no “Correio dos Açores”…. Nunca peço isto a ninguém. Mas se puderem partilhar, ficarei muito grato. Pode ser que, por intermédio de algum dos meus Amigos/as do facebook, chegue junto de quem de direito, ou, pelo menos, dos muitos assessores/as de imprensa que pululam por aí!
Aqui está
DE ou dA?
A moda suplanta a gramática?
Tornou-se moda reduzir um determinativo de lugar à preposição “de”… Assim, temos, em documentos oficiais, A Câmara DELagoa; a Junta de Freguesia DE Arrifes; a Câmara DE Nordeste e a Junta DE Capelas. Isto para citar apenas alguns casos sem sair de São Miguel.
Nada mais errado! E não sei se ainda vamos a tempo de corrigir o erro. Porque nada pior do que a repetição dele para se pensar que assim é que é. Já para não falar de certo snobismo cultural que vai ditando regras ao sabor do momento e na proporção da indiferença com que as questões da Língua são tratadas.
No caso concreto das denominações de países, províncias, cidades, vilas, freguesias ou lugares, há dois aspectos a considerar: uns nomes pedem artigo definido, masculino ou feminino, no singular ou plural, para serem escritos ou pronunciados. Outros são “neutros” ou, como dizia o Professor José de Almeida Pavão, “indefinidos”.
E aqui estão exemplos: Roma, Paris, Londres, Lisboa, Ponta Delgada, Angra do Heroísmo, Vila Franca do Campo, Água de Pau,
São Mateus, e tantos outros… Nenhum destes nomes precisa de artigo definido para ser pronunciado ou escrito.
E por isto mesmo se diz, correctamente: Vou A Lisboa, vim DE Roma, estive EMLondres, ou vivo EM Ponta Delgada. Tudo preposições simples sem qualquer contracção com o artigo definido.
Vejamos agora outros exemplos: tudo nomes de países, cidades, vilas, freguesias e lugares que requerem um artigo a defini-las: O Porto, A Ribeira Grande, A Horta, A Lagoa, OS Açores, OS Arrifes, O Nordeste, A Ribeira das Tainhas (por favor sem acento, e todas as placas estão erradas), A Maia e AS Capelas… Só para dar alguns exemplos.
E aqui todos nós dizemos, e bem: vou AO Porto, estive NA Ribeira Grande, já visitei A Horta, gosto de ir À Lagoa, tenho amor AOS Açores, passarei NOS Arrifes, e estarei NO Nordeste.
A ninguém passa pela cabeça dizer que vivi em Horta, ou vou morar em Lagoa, ou mesmo vou nadar no mar de Capelas. Como estas palavras todas pedem o artigo definido, quando preposicionadas, pedem a contracção da preposição com o artigo definido.
Por isso mesmo deve dizer-se a Vila DAS Capelas (contracção da preposição DE, mais o artigo definido do plural AS); Concelho, ou Câmara DA Lagoa, do Nordeste ou DA Ribeira Grande ( contracção da preposição DE, mais o artigo definido, no plural, feminino ou masculino A/O, conforme os casos).
Nunca percebi o porquê da moda que agora se vê em muitos lados, quando se escreve a Câmara DE Nordeste, a cidade DE Lagoa, ou a Junta DE Arrifes.
É natural que este meu alerta venha a cair em saco-roto, até porque me poderão dizer que não sou académico, nem tenho autoridade para opinar sobre a matéria. Mas acho que, em questões destas, basta conhecer o básico de uma gramática e acima de tudo estar atento ao senso comum. Se ninguém diz: eu vou A Arrifes, porquê Junta de Arrifes? Se ninguém diz: estive EM Lagoa, mas sim NA Lagoa, porque cidade DE Lagoa?
Deixo o assunto à consideração de cada um dos responsáveis, com a certeza de que quem tiver coragem de se demarcar de modas para se guiar pela gramática, ganhará pontos. Não dá votos, mas há mais vida para além dos votos!
Santos Narciso
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Maior fóssil de saurópode da Europa poderá ter sido encontrado em Pombal

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Tudo começou quando, em 2012, o dono de um quintal deu conta de vários fragmentos ósseos no quintal, antes de realizar obras no local.

Source: Maior fóssil de saurópode da Europa poderá ter sido encontrado em Pombal

MAIS PESSOAL DA TAP

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104 tripulantes da TAP com contrato a prazo saem no fim do verão
O crescimento da procura pelo transporte aéreo levou a TAP a contratar 430 tripulantes de cabine. A grande maioria com contratos sem termo, mas há cerca de 100 que terão de sair no final do verão.
A recuperação da atividade e os níveis elevados de absentismo levaram a TAP a contratar 430 tripulantes de cabine nos últimos meses. Destes, 104 têm contratos a termo ( a maioria de 4 meses, não renovável) e vão sair no final do verão, revelou a CEO da companhia aérea em entrevista dada ao jornal ECO.
“Alguns [terão de sair]. Recrutámos 104 com contratos a curto prazo e 380 sem prazo. Destes 380, a maioria são tripulantes que foram reintegrados”, afirmou Christine Ourmières-Widener. As contas incluem 85 colaboradores contratados para o pessoal de terra.
A presidente da TAP confirma que os contratados a prazo irão sair, mas realça que vieram trabalhadores para “alguns ativos estruturais” e que vão manter-se. “Por exemplo, decidimos reabrir o balcão premium, que não fechará durante o inverno. Reabrimos um balcão na área de transferências de voo, que também não encerra. Há um número de colaboradores que vai ficar porque queremos manter o nível de serviço”, afirmou Christine Ourmières-Widener.
A companhia aérea aumentou a capacidade oferecida nos seus aviões, que passou de 79% dos níveis de 2019 no primeiro trimestre para 92% entre abril e junho. A taxa de ocupação (load factor) passou de 48,3% para 80,4%, com o número de passageiros a saltar de 928 mil para 3,7 milhões.
A TAP avançou que para o terceiro trimestre espera uma capacidade igual a 89% de 2019, subindo para 93% no período entre outubro e dezembro. Nos últimos três meses do ano o tráfego é sempre inferior, tirando o pico que existe na altura do Natal.
Apesar de as reservas para o segundo semestre estarem a um nível semelhante ou até acima do que acontecia em 2019 na mesma altura, Christine Ourmières-Widener afirmou na conferência de imprensa de apresentação de resultados estar “cautelosamente otimista” em relação aos próximos meses e identificou vários “ventos contrários”.
A incerteza geopolítica e as suas ramificações ainda desconhecidas, o risco de recessão que começa a ser comentado por vários players no mercado, a inflação que pode ter impacto na procura e nos custos e a flutuação das taxas de câmbio foram fatores apontados pela CEO.
A transportadora chegou ao final de junho com 6.935 colaboradores no quadro de pessoal, mais 309 do que no início do ano. No âmbito do plano de reestruturação saíram 1.480 trabalhadores da companhia em 2021, a maioria através de rescisões negociadas mas também por despedimento coletivo. No ano anterior, o quadro de pessoal já tinha sido reduzido em 900 trabalhadores.
📝Fonte: Jornal Eco
📸Foto: João Palma Costa
May be an image of aeroplane and outdoors
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