Mês: Julho 2022

  • Nos quer 5G a abranger toda a população dos Açores até ao final do ano – ECO

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    Manuel Ramalho Eanes, administrador executivo da operadora, prometeu “cobertura em cada uma das freguesias muitíssimo relevante” com a nova rede móvel.

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  • made in brazil por AM PIRES CABRAL

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    AS COISAS […] — MADE IN BRAZIL
    (Repórter do Marão, 29 de Novembro de 1991)
    A. M. Pires Cabral
    Foi tempo em que os portugueses iam ao Brasil abanar a árvore das patacas, para regressarem anos depois, de panamá na cabeça, charuto nos beiços e cachuchos nos dedos, gordos e celibatários, à cata de noiva. A obra de Camilo está cheia destes assim-chamados brasileiros de torna-viagem — e na história pessoal do romancista também há um desses brasileiros, como se sabe.
    Hoje, é o Brasil que vem até Portugal abanar a nossa débil árvore das patacas, que no fim de contas não deve ser tão débil assim. Há pelos vistos duas árvores das patacas: os dentes dos portugueses, por um lado, e, por outro, as atribulações dos mesmos portugueses em matéria de saúde, amor, dinheiro, negócios, etc., etc.
    Vejamos estas importações de profissionais ‘made in Brazil’.
    Os dentistas brasileiros estão aí em força. Dá-se um pontapé numa pedra e salta um. Os dentistas portugueses não gostam da concorrência e querem barrar-lhes o caminho. Em azedos bate-línguas televisivos, chegaram a ouvir-se acusações graves como cinismo e chantagem. Acabo por não saber de que lado está a razão. Mas sinto-me tentado a puxar as orelhas dum senhor deputado das bandas di lá, que veio com mais uns tantos pressionar o Governo português e teve na televisão um discurso arrebatado, terceiro-mundista, a puxar à lágrima. Não estranhei o discurso; estranhei foi que ninguém lhe tenha ido à mão quando o excelentíssimo senhor, possuidor de não sei quantos diplomas, teve esta provocação grosseira: ‘No Brasil, o curso de dentista é de quatro anos; se aqui precisam de mais, o problema é vosso.’ Provocação grosseira e imoral. Porque, se os dentistas brasileiros se contentam com menos de cinco anos, o problema continua a ser nosso. Quando é que chega afinal a vez de o problema ser dos brasileiros?
    A importação de astrólogos, bruxas e oficiais de ofícios correlativos tem sido mais pacificamente aceite em Portugal do que a dos dentistas. Pelo menos ainda não ouvi nenhuma associação de classe portuguesa barafustar contra esta revoada de catatuas que nos chega de além-Atlântico. Provavelmente porque o negócio dá para todos e não está instalada uma situação de crise, ou, como o povo diz, de sete cães a um osso. De facto os portugueses são um povo cheio de problemas: eles são abandonados pelos seus amores, eles têm espinhelas caídas, eles são vítimas de maus olhados, eles sofrem de atrapalho, e tutti quanti. E o menor problema de todos não é decerto esta queda para o sobrenatural rasteiro, que carreia fortunas para a burra de indivíduos que, por via de regra, apesar da indigência cultural, têm o lume no olho bastante a engrampar a ignorância e a credulidade alheias.
    Vila Real — e mais é uma cidadezinha atrás dos montes — continua a atrair especialistas nesta matéria. Ainda há pouco foi distribuído profusamente um panfleto nas ruas, tão impagável que era mesmo de uma pessoa se urinar a rir. Há uns meses tinha sido distribuído outro. E garante-me quem sabe que ambas as anunciantes não tiveram mãos a medir no depenar dos patos, perdão, no atendimento dos consulentes. Um país de tanta mazela física e espiritual não pode ir longe.
    O panfleto de há meses garantia eficácia contra essa misteriosa e sinistra entidade que é o ‘atrapalho’. Este de agora, garante-a contra muitas outras coisas, incluindo o ‘rezo’. Transcrevo um parágrafo: ‘Rezo – asma – bronquites – espinhela caída – mau olhado – inveja – e outros males espirituais.’ Lá está o misterioso rezo. Que demónio de moléstia virá a ser esta, que emparceira assim com a asma e ‘outros males espirituais’ para atormentar as pessoas? Não sei, nem tenho à mão uma enciclopédia de candomblé que me tire a excruciante dúvida. Mas capacito-me que seja pelo menos tão grave como os ‘problemas de intimidade particular’, que a astróloga também afirma curar. Intimidade particular. Que pena a sua ciência não alcançar igualmente os problemas de intimidade pública! Aí sim, tinha pano para mangas.
    Ainda há dias foi julgado — e muito bem — um sujeito por exercício ilegal da Medicina, e mais estava muito discreto a trabalhar num hospital qualquer. E tolera o poder judicial que uma astróloga cure a asma e a bronquite? Lá o rezo e o atrapalho, estou como o outro que diz. Agora a asma e a bronquite? Essas não são do foro da Medicina? Qualquer astrólogo as pode curar?
    Pedem-se providências.
    May be an image of text that says "MADE IN BRA AZIL"
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  • Governo dos Açores termina negociações sobre a autonomia das escolas – Observador

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    As negociações envolveram cinco associações sindicais representativas do pessoal docente e do não docente na região. A secretária regional da Educação acredita numa maior estabilidade no ensino.

    Source: Governo dos Açores termina negociações sobre a autonomia das escolas – Observador

  • REIS E FLORESTAS

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    Foi uma ideia original de D. Afonso III e de seu filho D. Dinis, plantador de naus a haver.
    Estúpidos e meio boçais, nunca apresentaram um Plano de Ordenamento e Gestão Florestal.
    Depois deles, o filho da mãe do D. Afonso IV não mandou fazer estudos topográficos e geodésicos.
    D. Manuel I, desmiolado, esqueceu-se de estudar os resíduos sólidos e os recursos faunísticos.
    D. João V, esse palerma, desprezou os avanços da bioclimatologia e da ecofisiologia das árvores.
    A maluca da D. Maria I não percebia nada de biologia vegetal e da diversidade das plantas. No fundo, era uma reaccionária.
    O resultado de sete séculos de incúria está à vista…
    ARDEU TUDO!
    Há-de ali nascer um novo pinhal, após rigorosos estudos académicos e científicos.
    Em vez do bolorento nome de Pinhal de El-Rei, irá provavelmente chamar-se Complexo Bio-Florestal 25 de Abril, com árvores de várias espécies e assegurando pluralidade de esplanadas, bares, passadiços, zonas culturais e…
    uma ciclovia asfaltada da Marinha Grande a São Pedro de Moel.
    O projecto fundamentar-se-á numa “visão pós-moderna da natureza”,
    no “conhecimento da dinâmica dos sistemas vivos” e na “capacidade de análise e interpretação da paisagem como meio influenciador do homem”.
    Bem vistas as coisas… tivemos muita sorte.”
    Bruno Santos
    NOTA:
    O que me espanta é como foi possível!
    Tantas centenas de anos sem aviões para apagar fogos,
    SIRESP
    carros de bombeiros
    autoridade (?) da protecção civil ou diversificação das espécies e …
    só agora (que já temos essa “merda” toda) é que arde tudo !!!
    May be an image of nature, tree and grass
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