Mês: Fevereiro 2022

  • ciclone em MADAGÁSCAR

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    Balanço da passagem do ciclone Batsirai em Madagáscar sobe para 80 mortos
    Antananarivo, Madagáscar, 09 fev 2022 (Lusa) – O número de mortos provocados pelo ciclone Batsirai, em Madagáscar, subiu para 80, segundo uma contagem atualizada hoje pelas autoridades, e poderá aumentar ainda mais, uma vez que algumas aldeias nas áreas mais afetadas continuam isoladas.
    O Gabinete Nacional de Gestão de Riscos e de Catástrofes (BNGRC), que compila relatórios das áreas mais afetadas, incluindo a costa oriental da ilha no oceano Índico, anunciou esta tarde um novo número de mortes.
    Entre as 80 mortes, 60 foram registadas no distrito de Ikongo, no leste da ilha, segundo o organismo público.
    “É uma hecatombe”, segundo Brunelle Razafintsiandrofa, deputado do distrito, em declarações à agência France-Presse (AFP) pelo telefone, acrescentando que “a maioria das vítimas morreu quando as suas casas ruíram”.
    Mais de 94.000 pessoas foram afetadas e quase 60.000 deslocadas, enquanto muitas organizações não-governamentais (ONG) e agências das Nações Unidas começaram a mobilizar recursos e equipas para ajudar as vítimas das fortes chuvas e ventos extremamente fortes.
    O ciclone tropical atingiu Madagáscar na noite de sábado, numa zona costeira agrícola e escassamente povoada com 150 quilómetros de comprimento.
    Em seguida deslocou-se para o centro, devastando o “celeiro de arroz” do país ao fazer transbordar rios para campos de arroz cultivados, o que causa receios de uma crise humanitária.
    O evento meteorológico extremo deixou a ilha na segunda-feira de manhã, poupando a capital, Antananarivo, e o principal porto do país, Tamatave, no nordeste da ilha.
    O Batsirai deixou um rasto de casas destruídas ou inundadas, centros de saúde e escolas devastadas, e cerca de 20 estradas e 17 pontes intransitáveis, tornando as operações de salvamento difíceis.
    Os balanços estão a ser revistos gradualmente, devido ao isolamento de várias aldeias e às dificuldades de comunicação.
    Especialistas alemães chegaram ao país, um dos mais pobres do mundo, para “apoiar a resposta humanitária nas zonas de passagem do Batsirai”, segundo o BNGRC. Estão igualmente em curso trabalhos para restaurar a rede de estradas o mais rapidamente possível.
    “Os campos de arroz estão danificados, as culturas de arroz perdidas. É a principal cultura do povo malgaxe e a sua segurança alimentar será seriamente afetada nos próximos três a seis meses se não agirmos imediatamente”, afirmou Pasqualina Di Sirio, diretora do Programa Alimentar Mundial (PAM) no país.
    Esta agência da ONU tem vindo a distribuir refeições quentes em Manakara, uma das áreas mais afetadas.
    Muitas organizações não-governamentais, incluindo a Ação contra a Fome, Handicap International, Save the Children e Médicos do Mundo, mobilizaram-se antes da chegada do ciclone, pré-posicionando equipamento e medicamentos.
    A agência das Nações Unidas para a infância (UNICEF) receia que muitas das vítimas sejam menores de idade, num país onde representam mais de metade da população de quase 28 milhões de pessoas.
    APL // JH
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  • em fátima, pague as esmolas com multibanco, para quando as bitcoins?

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    MULTIBANCO PARA PAGAR ESMOLAS
    Confesso não ter formado opinião acerca do assunto.
    Porém, alguém que, por exemplo, se manifeste contra a eutanásia, ouve de imediato:
    – És contra porquê? Isso não te obriga a pedi-la para ti.
    Pergunto eu:
    – E estes dispositivos, obrigam alguém a dar esmolas?
    Não está em causa a concordância ou não com o método, mas a honestidade intelectual de quem concorda ou discorda consoante lhe convém.
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    • Ana Paula Reis

      Só não concordo com o “pague” se é esmola não é para pagar nada. Assim parece que Fátima se está a tornar num negócio….
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  • OLIVENÇA DUPLICA VOTOS

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    DIÁRIO DO SUL, 9 fevereiro 2022///
    DUPLICOU O NÚMERO DE ELEITORES OLIVENTINOS NAS ELEIÇÕES PORTUGUESAS
    Carlos Eduardo da Cruz Luna
    Pouca gente terá reparado, mas nas eleições de 2019 cerca de 500 oliventinos tiveram direito a votar em eleições portuguesas. E este número atingiu os 1.000 em 2022. Osti porque tem crescido o número de oliventinos com nacionalidade portuguesa.
    E os jornais espanhóis assinalaram este facto. O Hoy”, de Badajoz .(dois artigos) e o “El Periódico Extremadura”.
    Curiosamente, quase nenhum órgão de comunicação português seguiu o exemplo, apesar de a informação ter sido amplamente divulgada. Conjeturar as razões não é fácil. Ou, afinal, talvez seja.
    Olivença, infelizmente, continua a ser vista como um tema caro à extema-direita ou a vozes monárquicas. Fazem-se até piadas de muito mau gosto em torno destes pressupostos.
    Nada disto tem a ver com a História. Basta lembrar que o presidente do Grupo dos Amigos de Olivença em 1974 era o socialista prof. Hernâni Cidade, e que o regime de Salazar nunca autorizou a legalização do grupo em questão, pelo seu carácter anticolonialista . Mesmo a.polícia franquista via no grupo uma organização judei.maçónica, demo-liberal, e mesmo comunista.,
    O discurso mudou de tom em Espanha com os ventos democráticos, e a Associação passou a ser classificada como “salazarista”. Num volte face surpreendente, este discurso chegou a Portugal, e generalizou-se, principalmente à esquerda. Terá sido esta a maior vitória (ainda que póstuma) do franquismo agonizante.
    O silêncio, o desprezo, o preconceito e a ignorância rodearam a partir de então o tema “Olivença”.
    Nos últimos tempos, porém, e dando razão à velha máxima de que “não há machado que corte a raiz ao pensamento”, um grupo de oliventinos, sem se debruçar sobre o problema ainda latente da soberania, resolveu reivindicar a velha cultura lusa como sua, e, tirando partido da posição do Estado português sobre esta problemática, deu início a um movimento de pedido de nacionalidade portuguesa para os oliventinos que a desejassem. Tudo com base numa herança cultural e histórica inegavelmente portuguesa. Uma questão de afetos e identidade-
    Em cerca de seis anos, quase 1.500 oliventinos passaram assim a ter a dupla nacionalidade. E,claro, passaram a ter direito de voto.
    O que mais choca nesta situação é a relativa indiferença dos “media” sobre estes factos. É lamentável que os velhos preconceitos sobrevivam mesmo após estes factos que demonstram haver muito de sentimento português em Olivença.
    Compreende-se até certo ponto. O preconceito está muito enraizado. A ideia de alguém, sem ganhos visíveis, querer a cidadania portuguesa, é insuportável para muita gente, principalmente entre as elites e os fazedores de opinião, habituados a dizer mal de tudo o que na sua terra se faz.
    Desta forma, quase só através de jornais espanhóis podemos saber o que se passa. Mas o que neles se diz é significativo, principalmente quando se dá voz a oliventinos.Algumas frases são significativas. Um pouco ao acaso, eis algumas: «Há alguns políticos que sim, já começam a olhar para Olivença. São 1.300 votos; há localidades portuguesas que não são tão grandes (não têm tantos eleitores).». (…) «Desejo que o Estado português se sinta mais sensibilizado pelo que Olivença implica, que promovesse a língua ou a cultura. Eles são parte implicada.»(…)«ter o voto e a prova de que somos portuguesas de pleno direito com deveres e com responsabilidades. Não encaro isso com ligeireza.»(…) «Pessoalmente, é como um sonho poder decidir tanto no campo político de Espanha como de Portugal.»(…) « Há que falar português e sentir-se português. Sinto-me orgulhoso por ser espanhol, mas também me sinto orgulhoso por ser português».(…) «Gostava que os políticos portugueses fizessem campanha em Olivença. O Estado (luso) poderia promover a língua e a cultura aqui»(…)«Para mim é uma questão de identidade. Sempre me senti, em parte, portuguesa. Tive muitos laços com a cultura, com as tradições ou com o folclore. Sempre tive muita facilidade a falar português. Diziam-me que parecia portuguesa, e para mim isso sempre foi um elogio.»(…) « Fazes isso por “nostalgia” (saudade), mas com isto (votar) dás-te conta de que participas no que se passa em Portugal. É a maior “reafirmação” (confirmação) de que podes fazer uso da tua nacionalidade»
    Talvez estas frases levam alguns políticos e intelectuais a refletir, e este texto alerte muitos portugueses para a situação. Sem preconceitos.
    Carlos Eduardo da Cruz Luna
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