Mês: Fevereiro 2022

  • Nomes próprios recolhidos por Vítor Rui Dores na Ilha Graciosa

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    Nomes próprios recolhidos por Vítor Rui Dores na Ilha Graciosa
    De há muito que venho recolhendo, na ilha Graciosa, nomes próprios em desuso e que denotam origem arcaica, bíblica, toponímica e sobretudo brasileira (fenómeno de mimetismo cultural ocorrido, na “ilha branca”, entre finais do século XIX e primeiro quartel do século XX). Esta influência onomástica que nos chega via Brasil é uma característica original na Graciosa e única no contexto açoriano. De entre mais de um milhar desses nomes que recolhi, fiz a síntese que aqui vai e que constitui o “top” preferencial das minhas escolhas:
    A: Aciolino, Aciolindo(a), Adalgira, Adenato, Adriel, Adroaldo(a), Aguinaldo, Alcoíno, Almirim, Angeolinda, Anatazita, Alvelino, Antemínio, Arcelinda(o), Ariovalda, Aristeu, Argeontina, Aureolina, Aureliana, Assuíno, Ausíria.
    B: Baltina, Basilissa, Benigma, Belma, Belizário, Biondina, Blaudina, Brivaldo, Brivaldino(a).
    C: Calmerina, Capitulina, Caritina, Celerina(o), Celedónio, Cesarina, Cidolina, Cilena, Clélia, Cirino, Cisbélia, Crispolina.
    D: Dalina, Dalva, Delmindina, Dénio, Deidâmia, Diogénia, Dilermando, Diónia, Docelinda, Donzília.
    E: Eldar, Elgina, Elizíria, Elpídia(o), Elverinda, Erna, Eulina, Eufrosina, Eliziário, Eutímio, Ezulina.
    F: Felicíssimo, Fibrânia, Firmilindo, Florgêncio, Floresinda, Francelina, Fulgêncio.
    G: Gabínio, Germina, Gibela, Gildas (masc.), Gudeberta, Gulina.
    H: Heliodoro, Hercina, Herma, Hermenegildo, Higénio, Higínia, Hirondina.
    I: Idelta, Ildefonso, Iglantina, Iluminato, Imereciano, Inalvina, Iolantino, Iraílda, Irzelindo, Isalino, Isíria, Isolina, Isualda.
    J: Jacímia, Jardelina, Jovina, Jurelma, Juvêncio.
    L: Ladislau, Laurínio, Lenira, Leoberto, Leodolfo, Leontina, Lerno, Libarina, Los (masc.), Lourina, Luzomira.
    M: Mabel, Márolo, Marlise, Meíbula, Melquisedeque, Modéstia.
    N: Naír, Nardino, Nasalina, Nectário, Neogénio, Nervina, Nisalda, Nunado.
    O: Obulina, Odaltino, Odelta, Ondina, Orfília, Oriolando, Ortelina, Ovina.
    P: Parménio, Polígena, Pompílio, Protestato, Porfíria.
    Q: Quirina, Quirino, Quelminda.
    R: Reginaldo, Romualda(o), Rosindo.
    S: Salustiano, Senhorinha, Sensitiva, Sotero, Stério.
    T: Tamagildo, Tarquínio, Telestina, Teodósio, Teodemiro, Teresina, Tertuliano, Tomazinha, Turilda.
    U: Ulurina, Unerina, Urânia, Urialdo, Ursulina(o), Urbina(o), Urbínia.
    V: Valdema, Valdemiro(a), Valéria(o), Veneranda, Verdiana, Vimina, Vitalina, Vítimo, Vivelinda, Vivina.
    W: Weber e… Wolfgang Mozart de Eiró…
    Z: Zelinda, Zenália, Zulima, Zulnar.
    Proponho, caro(a) leitor(a), que faça chegar esta lista à grávida mais próxima…
    Com um brilhozinho nos olhos, despeço-me com amizade.
    Victor Rui Dores
    Pode ser um grande plano de 1 pessoa
    E ALGUNS COMENTÁRIOS NOTÁVEIS
      • Alexandrina Bettencourt

        Havia um Celedonio Bettencou, que casou com uma prima de meu marido. O pai do meu marido também era daí, Iluminato Bettencourt.

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      • Eulina Bendito

        E eu chamo- me Eulina e a minha mãe também era só Deus sabe o que me inquieto com este nome nunca ninguém o diz bem escrever é um problema vem sempre trocado mas pronto foi o que deram.

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      • Neide D Melo Bettencourt

        Se se recordam da série pedras brancas, a senhora chamava-se Isalina.

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      • Eulina Bendito

        O nome da Graciosa que eu gosto é Belisario coitado da criança com este nome eee
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      • Adelaide Mendes

        Tive uma aluna na ilha Terceira, que os pais eram da Graciosa, que se chamava Pįlia.

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      • Patricia Martins

        Minha avó paterna era da graciosa e chamava-se Francelina Tomazia.

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      • Norbinda De Oliveira

        O meu nome é Norbinda alguém sabe a origem deste nome??,nascida na Terceira em 1950

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      • Alice Cunha Sieuve Seguier

        Brasiolinda…Mas quando lá dei aulas deparei-me com outra característica. Os nomes tinham grafias estranhas mas pronúncia normal, ou seja havia erros ortográficos se assim os podemos classificar. Tinha alunos assim… Çandras, Gusefa, Goaquim, Marquo…

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      • Leonilda Vargas

        As grávidas gostam de nomes antigos mas não sei se tanto 😁

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      • Eugénia P. Dias

        E Maria da Translação dos Ossos de São Francisco de Xavier???
        Não que tenha conhecido mas alguém me contou que existiu este nome, creio que era da Graciosa 🥴🥴🥴

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      • Aidyz Gaya

        O vizinho da “banda de cima” chamava-se Saleontino.
        Durante anos pensei que era o Sr. Leontino! 😂

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      • Monia Mericia Alemao

        Eu cá levei com Mónia Merícia. 😔😔😔

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      • Li Medina

        Sou Graciosense- Durvalina e meu irmão é Vinicio

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      • Marlene Coelho

        D: Donalda (prima de meu pai da Graciosa)
        H:Himiterio (meu avô, natural da Graciosa)
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      • José Ferreira

        Bom dia colega eu sou do continente e tenho nome de Troca um abraço

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      • Paquita Delmar

        Tivemos uma costureira da Graciosa, chamada Oleontina.
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      • Elza De Mello Fernandes

        Aqui no Brasil há muitos desses nomes ainda em uso. Mas tenho parentes batizados como Basilissa, Leontina, Senhorinha, Libertina, Gracilina….entre outros aqui descritos. Meu bisavô era Salustiano e muito recorrente aqui, pois tem netos e bisnetos co…

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      • Lucy H Goncalves

        A bastante nomes Germanico. De os Visigótos e outros alamanos
      • Maria Lurdes Brum

        Quando cheguei ao Facebook tive a mesma curiosidade dos nomes principalmente da Graciosa ainda começei 1 lista devo ter chegado à vintena,esta é muito completa .
        Há certos nomes nela que eu conheço de brasileiros,que tambem são frescos a dar nomes às …

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      • Teresina Mendonça

        O meu é Teresina .
      • Mary Gomes Del Pino

        Thank you so much for sharing. Obrigada. But could you please have a translation of your into…not the names, just your introduction.
      • Ana Silva Jorge

        Nádia Alves ainda vais a tempo de escolher outro nome!!! 😘
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      • Barbosa Marie

        Minha madrinha da graciosa chma-se Leontina
      • Luciana Galante

        Meu pai é da Graciosa e chama-se Saleotino.

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      • Lucia Moura

        Tenho uma tia odelta outra jardelina arcelinda uma prima olinta

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      • Manuel José

        Tinha uma tia na graciosa com o nome de Cisbelia
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      • Idelta Duarte

        Sou idelta e adoro o meu nome.
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      • Vitória Pereira

        Crisolina
        Lambertino
        Delcina
      • Isabel Horta

        Coitados
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      • João Fernando

        Isolino, Valeriano, Segismundo, Vitalino…
      • Gabriel Medeiros Jacinto

        Já agora o meu nome é Gabriel
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    Fábio Mendes and 45 others
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    • Adelaide Mendes

      Tive uma aluna na ilha Terceira, que os pais eram da Graciosa, que se chamava Pįlia.
  • Judeus sefarditas. Advogados prometem passaporte português em seis meses | Investigação | PÚBLICO

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    Suspeita de “práticas mercantilistas” levou o PS a tentar reforçar as provas de “ligação a Portugal”. O ensaio de mudança na lei foi chumbado. Maria Belém Roseira e Ribeiro e Castro, advogado que trabalha na área da nacionalidade, entre os que mais

    Source: Judeus sefarditas. Advogados prometem passaporte português em seis meses | Investigação | PÚBLICO

  • “19 anos de prisão para homicida da Lomba da Maia” é a manchete do Açoriano Oriental – Açoriano Oriental

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    A condenação a 19 anos de prisão de um homem de 43 anos por homicídio e posse de arma proibida num crime que aconteceu na Lomba da Maia em maio de 2021, está em destaque no Açoriano Oriental de sábado, 12 de fevereiro de 2022.

    Source: “19 anos de prisão para homicida da Lomba da Maia” é a manchete do Açoriano Oriental – Açoriano Oriental

  • a roda do Bugatti

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    Pode ser uma imagem de 5 pessoas e ao ar livre
    VERY BRITISH, INDEED
    FOTO FAMOSA, A LEGENDA QUE FALTAVA…
    – Esta é uma fotografia famosa que já vi dezenas de vezes na Internet, sempre em qualquer enquadramento ou explicação. Encontrei-a de novo e resolvi fazer uma busca para ver se encontrava o enquadramento informativo que faltava.
    E aqui está: a foto mostra o piloto britânico Raymond Mays a perder a roda traseira esquerda do seu Bugatti Type 13 numa corrida denominada ‘Caerphilly Hill Climb’, na sua edição de 1924, em Cardiff, País de Gales. Ou seja, a ‘Rampa de Caerphilly Hill’ de 1924. O carro manteve-se direito, não capotou, acabando por parar mais à frente em derrapagem desgovernada, a meio metro de uma ribanceira. Teve sorte e sangue frio, o piloto…
    ——————-
    PS: Capacetes não havia, nem fatos de competição, o senhor trajava de camisa e gravata… 🙂
  • leia mais uma vez restaurantes não são santuários

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    Simplesmente delicioso e hilariante 😄
    “Restaurantes Não São Santuários”
    Estou cansado da religião dos chefs: restaurantes não são santuários…
    O melhor restaurante do mundo?
    Ora, ora: é o Eleven Madison Park, em Nova York.
    Parabéns, gente.
    A sério.
    Espero nunca vos visitar.
    Entendam: não é nada de pessoal.
    Acredito na vossa excelência.
    Acredito, como dizem os críticos, que a vossa mistura de “cozinha francesa moderna” com “um toque nova-iorquino” é perfeitamente comparável às 72 virgens que existem no paraíso corânico.
    Mas eu estou cansado da religião dos chefs.
    Vocês sabem: a elevação da culinária a um reino metafísico, transcendental, celestial.
    Todas as semanas, lá aparece mais um chef, com a sua igreja, apresentando o cardápio como se fossem as sagradas escrituras.
    Os ingredientes não são ingredientes.
    São “elementos”.
    Uma refeição não é uma refeição.
    É uma “experiência”.
    E a comida, em rigor, não é comida.
    É uma “composição”.
    Já estive em vários desses santuários.
    Quando a comida chegava, eu nunca sabia se deveria provar ou rezar.
    Os meus receios sacrílegos eram acentuados pelo próprio garçom, que depositava o prato na mesa e, em voz baixa, confidenciava o milagre que eu tinha à minha frente:
    – Pato defumado com pétalas de tomate e essências de jasmim.
    Escutava tudo com reverência, dizia um “obrigado” que soava a “amém” e depois aproximava o garfo trêmulo, com mil receios, para não perturbar o frágil equilíbrio entre as “pétalas” e as “essências”.
    Em raros casos, sua santidade, o chef, aparecia no final.
    Para abençoar os comensais.
    No dia em que beijei a mão de um deles, entendi que deveria apostatar.
    E, quando não são santos, são artistas.
    Um pedaço de carne não é um pedaço de carne.
    É um “desafio”.
    É o teto da Capela Sistina aguardando pelo seu Michelangelo.
    Nem de propósito: espreitei o site do Eleven Madison Park.
    Tenho uma novidade para dar ao leitor: a partir de 11 de abril, o Eleven vai fazer uma “retrospectiva” (juro, juro) com os 11 melhores pratos dos últimos 11 anos.
    “Retrospectiva.”
    Eis a evolução da história da arte ocidental: a pintura rupestre de Lascaux; as esculturas gregas de Fídias; os vitrais da catedral gótica de Chartres; os quadros barrocos de Caravaggio; a tortinha de quiche de ovo do chef Daniel Humm.
    Gosto de comer.
    Gosto de comida.
    Essas duas frases são ridículas porque, afinal de contas, sou português.
    E é precisamente por ser português que me tornei um ateu dos “elementos”, das “composições” e das “essências”.
    A religião dos chefs, com seu charme diabólico, tem arrasado os restaurantes da minha cidade.
    Um deles, que fica aqui no bairro, servia uns “filetes de polvo com arroz do mesmo” que chegou a ser o barômetro das minhas relações amorosas: sempre que estava com uma namorada e começava a pensar no polvo, isso significava que a paixão tinha chegado ao fim.
    Duas semanas atrás, voltei ao espaço que reabriu depois das obras.
    Estranhei: havia música ambiente e a iluminação reduzida imitava as casas de massagens da Tailândia (aviso: querida, se estiveres a ler esta crônica, juro que nunca estive na Tailândia).
    Sentei-me.
    Quando o polvo chegou, olhei para o prato e perguntei ao dono se ele não tinha esquecido alguma coisa.
    “O quê?”, respondeu o insolente.
    “O microscópio”, respondi eu.
    Ele soltou uma gargalhada e explicou: “São coisas do chef, doutor.”
    “Qual chef?”, insisti.
    Ele, encolhendo os ombros, respondeu com vergonha: “O Agostinho”.
    O cozinheiro virou chef e o meu polvo virou calamares.
    Infelizmente, essa corrupção disseminou-se pela pátria amada.
    Já escrevi sobre o crime na imprensa lusa.
    Ninguém acompanhou o meu pranto.
    É a música ambiente que substituiu o natural rumor das conversas.
    É a iluminação de bordel que impede a distinção entre uma azeitona e uma barata.
    É o hábito chique de nunca deixar as garrafas na mesa, o que significa que o garçom só se apercebe da nossa sede “in extremis” quando existem tremores alcoólicos e outros sinais de abstinência.
    Meu Deus, onde vamos parar?
    Não sei.
    Mas sei que já tomei providências: no próximo outono, tenciono aprender a caçar.
    Tudo serve: perdiz, lebre, javali.
    Depois, com uma fogueira e um espeto, cozinho o bicho como um homem pré-histórico.
    O pináculo da civilização é tortinha de quiche de ovo do chef Daniel Humm?
    Então chegou a hora de regressar às cavernas de Lascaux…”
    João Pereira Coutinho
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    RESTAURANTES NÃO SÃO SANTUÁRIO
    RESTAURANTES NÃO SÃO SANTUÁRIOS
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