Mês: Dezembro 2021

  • A SECRETARIA DA CULTURA TEM DE LER ISTO

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    A Cultura como barricada contra o Mal-estar da civilização
    (texto de Vítor Oliveira Jorge)
    O nosso “dique” contra o tsunami que assola a humanidade (o mal-estar na civilização de que falou Freud), a tendência para a depressão, se quisermos, é a cultura. Não é nem o amor (a relação sexual não existe = dois nunca se fundem em um = Lacan), nem o sexo (que é porreiro, mas nunca chega a preencher-nos), nem a comida ou bebida, que em excesso faz mal, ou qualquer tipo de prazer, nem a amizade, que é sempre muito precária como todos os afetos, nem o dinheiro, que em quantidade só serve para as pessoas se tornarem obcecadas em não o perder, nem o companheirismo, sujeito às vicissitudes da vida, nem mesmo a cultura geral do senso-comum.
    O nosso único dique é a cultura, mas não entendida como um conjunto de consumos, tipo tias que se entretêm com ela entre dois golinhos de chá, mas a cultura que uma pessoa pode criar, e para isso as condições sociais, o gosto da escolha, a força de vontade, numa palavra, a EDUCAÇÃO é fundamental. Não a educação das boas-maneiras, nem a educação escolar, tudo isso é importante, mas não chega. A educação do ESPÍRITO. Não tenhamos medo da palavra, que num materialista como eu não tem qualquer conotação mística, ou adoração de um Outro qualquer em que eu delegue o poder de me orientar, mesmo que seja Deus, invenção humana por excelência. Deus é a cultura dos pobres, e também dos que têm $ mas são pobres de espírito. Que lhes faça muito bom proveito. Isso e todo o senso-comum.
    Só se a cultura, no sentido criativo que refiro se pudesse estender a toda a gente, ela seria verdadeiramente cultura no sentido que eu refiro, que não é snob, nem aristocrático, mas DEMOCRÁTICO. Senão, por muitas revoluções que se julgue fazer, estamos sempre a pedalar no mesmo sítio. Houve no século XX promessas dessa redenção da humanidade, redenção universal e maravilhosa. Deu alguns resultados, mas na maioria o saldo não foi bom. E daí que os conservadores, e os oportunistas de tipo populista, venham pregar as suas doutrinas de pacóvios para os pacóvios.
    Cultura, senhores, cultura senhoras, cultura, meninos, cultura meninas, cultura para todos e todas aqueles que não sabem bem em que categoria de seres humanos se enquadrar, ou se enquadram em qualquer outra, cultura para toda a gente poder sequer sonhar ser um humano.
    Porque a cultura, no sentido em que estou a falar, neste sentido utópico, mas que não pode deixar de nos ocorrer, é o que verdadeiramente nos distinguiria dos pobres animais, e, também e desde logo, dos muitos animais que andam para aí armados em humanos, mas o que de facto visam é acabar com a democracia que ainda resta, e reduzir-nos todos à animalidade e, se não puderem, liquidarem fisicamente os restantes. Nesse sentido o Covid deu-lhes jeito. Não é um animal, parece que nem é uma entidade biológica, mas, qual símbolo do mal absoluto, penetra no corpo e corrompe-o por dentro. E o dique ao mundo viral em que entrámos (sempre lá estivemos, mas a coisa agora é mais séria) também funciona como funcionaria a cultura a que me referi: só são eficazes se forem partilhados por todos. Por isso vacine-se, mal possa, e cultive-se (no sentido indicado), mal possa. Caso contrário, o que é o mais provável que aconteça, dada a miséria do mundo, física e moral, estamos feitos. Lá se vão a saúde individual e a saúde coletiva para as trevas! Um silêncio de bichos mais resistentes espalhar-se-á pela Terra, se é que esta também não será destruída pelos animais antropomórficos que a habitam, e circulam entre nós, com gravata, bem falantes, e tudo.
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  • Visão | Como era Portugal em 1500, o ano do primeiro império global

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    Visto de hoje, custa a acreditar, mas houve um tempo em que o nosso país impunha o máximo respeito no contexto internacional e fazia os outros vergarem-se à sua vontade

    Source: Visão | Como era Portugal em 1500, o ano do primeiro império global

  • malta e catacumbas

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    While catacombs are prevalent throughout the Mediterranean world, Maltese catacombs include a unique characteristic which isn’t found anywhere else. Known as agape tables, these unusual elements have been the subject of archaeological debate for decades.
    The Mysterious Agape Tables: A Unique Feature of the Maltese Catacombs
    ANCIENT-ORIGINS.NET
    The Mysterious Agape Tables: A Unique Feature of the Maltese Catacombs
  • biogeografia da cor

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    Aprendi que o cromatismo da pelagem do predador e da presa são interdependentes entre si e com o meio envolvente numa palestra cujo tema era “A Biogeografia da Cor”.
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  • américa, americanos e os outros

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    Estes são os americanos nativos
    Todos os outros são imigrantes
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