Mês: Dezembro 2021

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    LIBERDADE PARA JULIAN ASSANGE!
    Julian Assange, paladino da transparência ou narcisista irresponsável
    10/12/2021
    AFP
    Julian Assange, fundador do WikiLeaks, é uma figura polêmica que divide opiniões: defensor incansável da transparência para alguns, ele é, para outros, um perigoso divulgador de segredos, o que levou Washington a querer julgá-lo por espionagem.
    Nesta sexta-feira, o governo americano conseguiu que a justiça britânica anulasse uma decisão prévia de não entregá-lo, o que abre o caminho para uma nova tentativa de extradição.
    O australiano, de 50 anos, passou mais de nove anos privado da liberdade.
    Primeiro, refugiado a partir de junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres para não ser extraditado à Suécia por acusações de estupro que ele denunciava como uma armadilha para entregá-lo aos Estados Unidos.
    Depois, desde sua detenção pela polícia britânica em abril de 2019 quando o então presidente equatoriano Lenín Moreno retirou a proteção oferecida por seu antecessor Rafael Correa, em uma penitenciária de segurança máxima nas proximidades de Londres.
    Com graves problemas de saúde, segundo seus advogados, coordenados em nível internacional pelo ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, começou a lutar contra o processo de extradição iniciado pelos Estados Unidos, que deseja julgá-lo por espionagem – acusação que poderia render uma pena de 175 anos de prisão.
    Assange e WikiLeaks ficaram famosos em 2010 com a publicação de centenas de milhares de documentos secretos americanos que revelaram suas práticas nas guerras do Iraque e do Afeganistão.
    Pacifistas e defensores da transparência elogiaram-no por ter revelado mortes de civis, atos de tortura e operações militares clandestinas.
    Mas a divulgação on-line de documentos não editados, que revelavam também nomes de informantes, provocou o distanciamento de alguns jornais que colaboraram inicialmente com ele, e Washington o acusou de colocar vidas em risco com sua irresponsabilidade.
    – Eleições americanas e separatismo catalão –
    A longa reclusão na embaixada equatoriana fez Assange perder seu protagonismo midiático, até que, em novembro de 2016, ele interferiu nas eleições americanas e, em outubro de 2017, fez o mesmo no processo separatista catalão.
    O WikiLeaks provavelmente contribuiu para a vitória de Donald Trump, ao publicar milhares de mensagens secretas da campanha de sua então rival democrata, Hillary Clinton, aparentemente vazadas pela Rússia. E apoiou os separatistas catalães contra o governo espanhol da época, presidido por Mariano Rajoy, divulgando imagens da resposta policial ao referendo de independência proibido.
    A campanha de Hillary acusou o WikiLeaks de difundir “propaganda russa”, mas Assange negou estar a serviço de Moscou: “o WikiLeaks publicou mais de 800.000 documentos relacionados com a Rússia, ou (seu presidente Vladimir) Putin, e a maioria é crítica”.
    – “Egocêntrico” e “obsessivo” –
    Julian Assange nasceu em 3 de julho de 1971, em Townsville, no estado australiano de Queensland.
    Sua mãe, a atriz de teatro Christine Ann Assange, separou-se do pai de Julian antes de seu nascimento. Até os 15 anos, o jovem viveu em mais de 30 cidades australianas antes de se estabelecer em Melbourne.
    Aluno inteligente, estudou matemática, física e informática na universidade, sem chegar a se formar. Foi, então, seduzido pela ciberpirataria e chegou a entrar nas redes da Nasa e do Pentágono com o pseudônimo de “Mendax”.
    Com a notoriedade do WikiLeaks, foi saudado como um gênio da informática e um messias libertário. “É o homem mais perigoso do mundo”, diz uma biografia.
    Mas rapidamente vieram as críticas. Alguns velhos amigos e colaboradores descreveram-no como “egocêntrico”, “obsessivo” e “paranoico”.
    “O homem que se gaba de revelar os segredos do mundo, não consegue suportar os seus”, sentenciou Andrew O’Hagan, que foi convidado a escrever uma biografia de Assange e acabou jogando a toalha.
    – “Determinado” e “comprometido”
    Mas outros, como a jornalista veterana australiana Mary Kostakidis, que o visitou na representação diplomática equatoriana em 2013 e na prisão londrina em 2019, afirmam que Assange é “o completo oposto de um narcisista”.
    É um homem “com princípios, muito determinado, muito comprometido com o projeto”, disse há um ano ao jornal Sunday Morning Herald, dando a entender, assim como outros já fizeram e apesar da falta de um diagnóstico oficial, que Assange pode sofrer a síndrome de Asperger – um tipo de autismo que afeta as relações sociais.
    Entre seus defensores há alguns famosos, como a atriz americana Pamela Anderson, a estilista britânica Vivienne Westwood, o ex-ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis ou o roqueiro Roger Waters.
    Durante seus anos na embaixada do Equador, onde denuncia que todos seus movimentos eram vigiados, teve dois filhos em segredo com a advogada sul-africana Stella Morris.
    Assange tem ao menos outro filho, Daniel, de cerca de 30 anos.
    * AFP
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    • Ana Queiroz

      Está visto o que o espero!.. E durante fórum da ‘democracia’ e durante o período em que a administração Biden convoca principal imprensa escrita para lhes pedir cuidado nas suas reportagens sobre situação económica!!! Let’s go Brandon!
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    RESPONSABILIDADE POLÍTICA – O CASO CABRITA
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    Responsabilidade política e o ministro Eduardo Cabrita
    José Ribeiro e Castro
    10 Dezembro 2021 — DN
    Opinião
    Este último caso do ministro Eduardo Cabrita deve ficar como exemplo de escola: a não compreensão imediata do que é a responsabilidade política acaba por conduzir à sua aplicação tardia em muito piores termos e circunstâncias. Talvez o ex-ministro já o tenha constatado; e o primeiro-ministro também. É básico compreender dois factos: primeiro, a responsabilidade política existe independentemente de culpa; segundo, a responsabilidade política, quando não assumida em tempo, tende a crescer com o decurso do tempo e pode inclusive vir a gerar culpa.
    O ministro da Administração Interna viu-se envolvido, em 18 de Junho, no atropelamento mortal de um trabalhador pela viatura oficial em que se deslocava em serviço. Uma infelicidade. Ninguém sugeriu que o ministro fosse responsável pelo atropelamento. Dizê-lo seria uma enormidade. Mas, se o ministro se tivesse demitido logo, por intuir de imediato – e bem – o melindre incontornável da situação para o governo e para si, não teria de o fazer, agora, sob pressão e após declarações inaceitáveis.
    A 18 de Junho, teria poupado uma série de embaraços. Muitos (senão todos) teriam saudado a “dignidade exemplar” do gesto e amnistiado o ministro de faltas passadas – uma espécie de “reset”. Porventura quase seis meses passados, estaria pronto a voltar ao governo. O acidente teria sido investigado com normalidade, desejavelmente sem ingerências, nem pressões. A família da vítima teria recebido as indemnizações de justiça. O ministro teria mostrado luto e respeito humano pela vítima e, ao mesmo tempo, compreender que a sua responsabilidade governativa por garantir a segurança rodoviária ficara comprometida por aquele acidente.
    A questão era o excesso de velocidade, evidente para toda a gente desde o princípio. Pior ainda, com vítima mortal. Agora, pela acusação, toda a gente soube dos 163 km/h, provocando no mesmo dia a demissão do ministro. Mas o motorista e o ministro sabiam-no desde o princípio, talvez não com o rigor dos km/h, mas com a factualidade indiscutível do excesso de velocidade. E toda a gente sabia que eles sabiam.
    A pressão foi aumentando não só sobre este caso, mas também sobre os membros do governo, incluindo o primeiro-ministro, para intuir a velocidade a que se teriam deslocado nalguns dias e a mostrar flagrantes violações do Código da Estrada por excesso de velocidade. Houve vários artigos nos jornais. E vimos, nas televisões, sugestivas imagens destas transgressões rodoviárias.
    O que provocou o interesse mediático pela velocidade das viaturas do governo? A não compreensão por Eduardo Cabrita do que o infeliz acidente lhe impunha como responsabilidade política. E o que teria de fazer um ministro da Administração Interna confrontado de repente com um surto de violações do Código da Estrada pelas viaturas oficiais dos colegas de governo? Teria de adoptar medidas que impusessem o respeito comum (“a lei é igual para todos”) ou definissem um quadro específico excepcional. Por que não foi assim? Porque o ministro estava politicamente inibido, desde 18 de Junho, para qualquer acção vigorosa neste domínio, em especial tratando-se de membros do governo em excesso de velocidade.
    É falso, por último, dizer que houve aproveitamento político do caso. Foi mais o contrário. É facto que se foram repetindo as perguntas incómodas sobre a velocidade a que iria o carro. Era inevitável. Mas, atendendo ao atropelamento mortal, imaginemos que isto se passasse noutro governo com um ministro PSD ou CDS. Acredito que se teria demitido prontamente. Mas, se quisesse continuar, teria sido frito vivo, todos os dias, com julgamentos populares na comunicação social e berreiro parlamentar até o fazerem cair. Inexorável.
    Uma coisa é certa. O PS tem de definir de uma vez por todas qual é o seu paradigma: o paradigma Jorge Coelho? Ou o paradigma que Eduardo Cabrita fixou neste caso? Um é o paradigma bom. O outro é tão mau, que nem paradigma pode ser. Não é preciso muita teoria. Os factos falam por si.
    Advogado e ex-líder do CDS
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