Mês: Dezembro 2021

  • moisés lemos martins conf u minho

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    Moises Lemos Martins
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    Amanhã, 15 de dezembro, a partir das 9h30, mas durante todo o dia, na Sala de Atos do Instituto de Ciências Sociais, da UMinho (Campus de Gualtar, Braga), realiza-se o Simpósio:
    Políticas de ciência e da língua, publicação científica e rankings académicos
    Segue o Programa.
    Entre outras questões, vão ser debatidas as seguintes:
    – Do paradigma em que o conhecimento é palavra e pensamento ao paradigma em que o conhecimento é número e medida.
    – O modelo hegemónico de fazer ciência: (1) publicar em inglês, a língua dominante; (2) sob o formato de artigo publicado numa revista científica; (3) seguindo o formato introdução, hipóteses, métodos, resultados e discussão; e (4) publicar numa revista com “fator de impacto”.
    – Revistas de “fator de impacto” versus acesso aberto do conhecimento.
    – As políticas científicas de língua e de comunicação, e a promoção de uma comunidade científica que favoreça a diversidade linguística, e desse modo a diversidade cultural e científica que as distintas línguas tornam possível.
    – Toda a ciência é discurso e o discurso é poder – é um combate pela ordenação simbólica do mundo.
    – A hegemonia empobrecedora do artigo científico sobre o livro nas Ciências Sociais e Humanas.
    – A divulgação do conhecimento: o capitalismo científico, com as revistas de “fator de impacto”, de conhecimento fechado e feito mercadoria; a perversão académica, com as carreiras académicas assentes numa profusão de artigos, de autoria coletiva, e com números astronómicos de citações; as revistas predatórias; etc.
    – Contra as agendas científicas hegemónicas, a abertura a uma agenda nacional, que responda a inquietações e a problemas nossos.
    – A necessidade de abrir os painéis de avaliação da FCT (de concursos, de projetos e de unidades de investigação), a investigadores latinos (espanhóis, franceses, belgas valões, italianos), além de investigadores latino-americanos (brasileiros, argentinos, mexicanos e chilenos, por exemplo).
    – Os rankings como “território de basbaques e pavões”.
    – O caso da Universidade de Utreque: a partir de janeiro de 2022, todas as Faculdades da Universidade deixam de incluir os índices de fator de impacto nos concursos para contratação de docentes e de investigadores, e também nos concursos para a progressão académica.
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  • terramoto 7.3 nas flores

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    Algumas imagens dos momentos que se seguiram ao sismos de hoje na ilha das Flores (Indonésia) e arredores.
    Aparentemente, e apesar da força dos abalos, não há vítimas a registar, apenas alguns estragos materiais e uns poucos feridos ligeiros.
    https://www.youtube.com/watch?v=Atza-jXKjxw
    M7.3 Earthquake Hits Flores Island, Indonesia - Dec. 14, 2021 Gempa di Flores
    YOUTUBE.COM
    M7.3 Earthquake Hits Flores Island, Indonesia – Dec. 14, 2021 Gempa di Flores
    A powerful 7.3-magnitude earthqua
  • O AQUECIMENTO GLOBAL 38 NO ÁRTICO?

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    O drama a ser vivido como se nada fosse até… a história da rã na água que ferve?
    Organização Meteorológica Mundial (OMM) validou nesta terça-feira a temperatura recorde de 38° Celsius no Ártico, registada na cidade russa de Verkhoyansk a 20 de junho de 2020, um novo “sinal de aviso sobre as alterações climáticas”.
    “Este novo registo ártico é uma das observações reportadas ao arquivo de climas extremos da OMM, uma agência da ONU, que está a soar o alarme sobre as mudanças sofridas pelo nosso clima”, salientou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, observando que no mesmo ano a Antártida também registou um recorde de 18,3°C.
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  • NÃO IMORTAIS

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    NÃO IMORTAIS
    May be an image of animal and outdoors
    EXTINÇÃO
    Hoje, talvez por ter acordado mal-disposto, e depois de ter passado os olhos pelas notícias, ocorreu-me uma epifania: até onde irá a arrogância humana?
    E em que momento a natureza, Deus, os deuses, um asteróide errante, o karma, sei lá, um qualquer povo alienígena a vogar pelo universo, matrix ou multiverso, se fartará desta voraz, belicosa e auto-obcecada espécie humana e porá termo à sua existência?
    Ou talvez chegue apenas o fim do prazo de validade e finalmente se apague a luzinha minúscula a piscar num sistema periférico da Via Láctea, uma das 200 biliões de galáxias do Universo reconhecido – e faltam todos os outros.
    Claro que os estimados amigos que me dão o gosto de me ir lendo estranharão tão estapafúrdias palavras. Passou-se, dirão. E não é impossível que tenham razão.
    Mas acompanhem-me por uns segundos, eis do que é feita a minha epifania:
    1. Foi há muito pouco tempo, numa escala cósmica foi hoje, que começámos a escavar freneticamente o solo e o subsolo e as entranhas do planeta em que vivemos, o único em que podemos viver (pelo menos nos séculos mais próximos), arrancando-lhe as vísceras sob forma de petróleo, de gás natural, de todo o tipo de materiais e matérias-primas, agora de lítio, até à provável exaustão, até que a caverna gigantesca sob os nossos pés abata, ou nos regurgite, sob a forma de lava, de lama, de morte. E porquê? Precisamos desses materiais para alimentar o nosso modo de vida de senhores do Universo que nos achamos ser, cada vez mais e cada vez melhor, e mais e mais ainda e mais e mais, mais mais mais, até ao absoluto nada.
    2. Há 2 mil anos, a nossa espécie, dominante e triunfante, contava 300 milhões de indivíduos. Chegámos aos mil milhões em 1800, aos dois mil em 1930, aos três em 1960, aos quatro em 1975, aos cinco em 1987, aos seis em 1999, aos sete em 2012. Seremos oito mil milhões antes de 2030 e nove mil milhões algures em meados do século. Quando se recusará a (não tão) paciente Terra a alimentar esta enorme quantidade de pessoas?
    3. Não será sequer preciso muito tempo – basta que comece. E há tantos sítios onde pode começar, das fronteiras da grande Rússia aos confins do Indo-Pacífico, o que não faltam são razões, são pulsões, são ódios antigos, tensões modernas e armas, armas de destruição maciça prontas a ser usadas por seres humanos aparentemente normais. Um cérebro adulterado, um botão, um código e pronto. Obliteração total.
    4. Acabará primeiro a água? Ou um Inverno nuclear provocado pelo aquecimento global cegará a fotossíntese, acabando com a vida no planeta? Ou será a morte das abelhas? Ou o aumento das temperaturas, para além da capacidade humana (morreremos cozidos ou grelhados)? Um asteróide errante, um vírus demasiado contagioso e letal, outra coisa qualquer?
    Há em cada ser humano, confrontado desde o berço com a própria finitude, que não entende e rejeita, uma aspiração desesperada à imortalidade. E de tanto o desejar, chegamos a convencer-nos de que a ciência, ou Deus, nos garantirão a vida eterna – de que somos imortais.
    Pois desenganemo-nos: não somos. Nem como indivíduos nem como espécie. Um dia, amanhã, dentro de 30 ou 300 mil anos, o ser humano deixará de existir. E não terá mal nenhum, tantas espécies foram e deixaram de ser, nem que seja sobre o nosso planeta, que mal seria que a nossa fosse a única a escapar à mais universal das regras universais: o fim de qualquer princípio, seja de uma galáxia, de um simples planeta ou dos seres que o habitam.
    Cessaremos. Que até lá sejamos capazes de abandonar a soberba que nos leva a considerarmo-nos seres únicos e imperecíveis, senhores de todas as coisas, incapazes de nos apercebermos da nossa irredimível pequenez.
    E vivamos, entretanto, de forma que esse final, quando ocorra (e para citar Unamuno), seja uma injustiça. O que equivale a viver com a humanidade que nos torne merecedores do extraordinário dom da vida.
    Do privilégio que é sermos o resultado de um longo processo evolutivo que nos trouxe até ao topo da cadeia alimentar, reinando supremos sobre as restantes espécies – animais e vegetais – no planeta.
    Mas não imortais. Não imortais.
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    • Sidónio Gonçalves

      Não há nada no Homem que contenha o reflexo sistémico por autopreservação e consequente eliminação todas as ameaças ao seu bem estar e o de sua prole. Não é possível retirar de todo e qualquer ser vivo a sua natural adversão à morte, que em nós raciona…

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