Mês: Dezembro 2021

  • microsoft aponta falhas no HDES

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    Relatório aponta falhas à segurança informática do Hospital de Ponta Delgada
    Ponta Delgada, Açores, 14 dez 2021 (Lusa) – O relatório da Microsoft ao ciberataque no Hospital de Ponta Delgada, Açores, aponta falhas à segurança do sistema informático daquela unidade do Serviço Regional de Saúde, como palavras-chave partilhadas e não encriptadas ou ausência de atualizações de proteção.
    No documento, a que a Lusa teve hoje acesso, os peritos informáticos referem que faltava ao sistema do Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, o pacote de segurança disponibilizado desde 20217 pelo sistema operativo para responder ao tipo de ataque a que a unidade de saúde foi sujeita.
    “A Microsoft lançou, na altura [em 2017], ‘patchs’ de segurança para essa vulnerabilidade e medidas de mitigação. Não estavam aplicadas no HDES”, lê-se no relatório da Microsoft sobre o ciberataque à unidade hospitalar da maior ilha açoriana.
    Os peritos da empresa referem que o ciberataque ao HDES, com início a 16 de junho, é denominado ‘WannaCry’, um tipo de ciberataque difundido em 2017 após afetar várias instituições em todo o mundo, como o Serviço Nacional de Saúde Britânico.
    O documento refere ainda que, no sistema do HDES, existiam várias contas de administrador “usadas em contexto não restrito”.
    A Microsoft lembra que as contas de administrador costumam estar limitadas a poucos utilizadores, porque são a “primeira etapa na elevação de privilégios” nos sistemas informáticos.
    O relatório refere que existiam senhas “comuns” em várias contas, o que facilita o acesso de um pirata informático a vários computadores.
    Esse tipo de “vulnerabilidade”, segundo o documento, pode ser “mitigada” através de um programa para a administração de palavras-chave, mas esse sistema só estava instalado “numa amostra residual dos computadores”.
    O relatório alerta ainda para a falta de segurança de várias palavras-passe, uma vez que havia senhas não encriptadas [cifradas ou codificadas] em 11 computadores, relativas a 14 utilizadores.
    Os especialistas destacam que a utilização de palavras-passe em “texto não criptografado são arriscadas não apenas para a entidade exposta em questão, mas para toda a organização”.
    Nas recomendações, a Microsoft apela à “sensibilização dos utilizadores”, avançando que “foram observadas atividades que colocam o meio ambiente em risco, especificamente o uso de torrents”, uma extensão para transferir arquivos, vulgarmente utilizada para instalar programas, filmes ou jogos.
    Os peritos sugerem também “reduzir o nível de privilégio para contas de serviço” e “alterar as senhas periodicamente”.
    “Embora o comprometimento tenha ocorrido no domínio HDES, recomendamos que as recomendações e ativações discutidas ao longo do nosso trabalho sejam abordadas em todos os domínios da SRSA [Secretaria Regional da Saúde]”, aponta o relatório.
    A Microsoft diz ainda não ser possível identificar o autor do ataque, devido aos “baixos limites de retenção” das cópias de segurança e à ausência de um programa para monitorizar e detetar ataques informáticos.
    O BE/Açores, que requereu na Assembleia Regional o relatório da Microsoft, considerou na quinta-feira que o Conselho de Administração do hospital de Ponta Delgada foi “irresponsável” na gestão do ataque informático, por ter revelado publicamente o ciberataque.
    A 29 de novembro, a presidente do Conselho de Administração do Hospital de Ponta Delgada afirmou que a decisão de “isolar informaticamente” a unidade de saúde “foi correta e eficaz”, considerando que o ex-diretor de informática “desvalorizou” a suspeita de ataque informático.
    Nesse dia, o ex-diretor de informática do Hospital de Ponta Delgada, Ricardo Cabral, rejeitou, no parlamento dos Açores, responsabilidades nos problemas informáticos ocorridos na unidade de saúde, criticando “o caminho errado” e “perda de raciocínio lógico” da administração.
    [Foto: HDES – Lusa, Portugal]
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  • (in)sucesso do prosucesso

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    O mesmo jornal, dois títulos contraditórios.
    Achei que o Tribunal de Contas agora se dedicava a emitir pareceres pedagógicos…
    O sumário da auditoria esclarece: o âmbito é a análise do impacto financeiro e dos resultados obtidos e não a qualidade das aprendizagens ou dos projetos. E aqui reside o âmago da questão.
    Tendo por ponto de partida uma calamidade, ou seja, o ano de 2011 em que apenas 23 % dos jovens açorianos entre os 15 e os 24 anos apenas tinha concluído o 2 ciclo; uma taxa de abandono escolar de 43,8% e, em todos os ciclos, a taxa de retenção mais elevada do país, qualquer evolução que se fizesse seria considerada um êxito. Num programa, cujo impacto financeiro foi, entre 2011 e 2015, de 18,2 milhões de euros, sem incluir as remunerações do pessoal afeto ao projeto, era imperioso que houvesse resultados, quanto mais não fosse pela enorme pressão exercida sobre o sistema por conta da sua monitorização.
    Restam as questões mais importantes: serão estes resultados efetivamente um sucesso? Será a qualidade das aprendizagens uma realidade ou uma ficção?
    Os professores podem responder a isto. De resto, já responderam nos inquéritos, conduzidos por uma equipa da UA, que levaram à conclusão “contrária “.
    Terá o Prosucesso sido bem sucedido apenas na transmissão de percepções erradas sobre o valor do trabalho? Os alunos terão aprendido, entretanto, que, independentemente do esforço, o sistema estava apostado na sua transição?
    O “valor pedagógico” do prosucesso poderá ser difícil de desmontar e acrescentamos mais um problema ao novelo. Como desmontar a mensagem de que os objetivos se atingem efetivamente com estudo e trabalho?
    Pedro Paulo Camara and 8 others
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    • Ana Isabel D’Arruda

      Mais de 13 milhões de euros foram aplicados em medidas de emprego.
      O relatório não refere as taxas de sucesso, e que foram muito boas. Houve muito empenho de todos os profissionais de Educação envolvidos e muita motivação por parte dos alunos. É cert…

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        Paula Cabral

        Ana Isabel D’Arruda, o prosucesso não tinha, ou ainda não tem, como objetivo aumentar a taxa de emprego. Só se for na perspetiva de que os alunos que completam a escolaridade conseguem emprego mais facilmente. Mas as competências que adquirem continuam…

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    • José Carlos Almeida

      👏👏👏👏muito bem observado, também vi esta notícia no telejornal e fiquei muito admirado, mas como não tenho dados concretos, fiquei na dúvida. Estes programas e estas formações profissionais estão todos feitos à medida e ao nível dos políticos, é necess…

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    • Sonia Ariana Dias

      Quem leu o relatório que foi enviado para as escolas, sabe que não foram “tratadas” todas as respostas de todos os docentes. O que me leva a uma pergunta: perdi quase 45 minutos a preencher um questionário para quê? Quanto ao Programa, continuo a dizer…

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  • Governo dos Açores contra proposta para atividades espaciais que “viola Constituição” – Jornal Açores 9

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    A informação consta de uma comunicação do gabinete do presidente do Governo Regional açoriano, dirigida ao gabinete do secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, a que a Lusa teve hoje acesso, e na qual se alerta que o projeto de decreto-lei, ao prever uma consulta “não vinculativa” aos Governos Regionais, “não garante […]

    Source: Governo dos Açores contra proposta para atividades espaciais que “viola Constituição” – Jornal Açores 9

  • Rodrigo Lourenço – “Maldição” | Provas Cegas | The Voice Portugal – YouTube

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  • Dupla apresenta a música La cumpartista com castanholas – YouTube

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