Mês: Novembro 2021

  • S MIGUEL OUTROS TEMPOS OUTRAS ERAS

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    OUTROS TEMPOS – OUTRAS ERAS
    Tive a sorte de ter nascido e crescido em S. Miguel … Fui criado durante um tempo em que quase todos se tratavam com respeito.
    Nossa principal alimentação consistia de peixe que naquele tempo era a comida dos pobres, comíamos também sopas de leite que consistia em esmigalhar pão de milho numa tigela e em algumas ocasiões misturava-se rodelas de banana quando havia, em outras ocasiões comíamos sanduíches de quejo e manteiga, ou até mesmo de atum e se havia um doce para sobremêsa só em dias de festa principalmente pelo Natal ou Ano Novo.
    Comer em restaurantes era impossivel devido aos seus preços proibitivos para os pobres e era considerado um prazer que não estava ao nosso alcance. Bebíamos água da fonte ou chá e de vêz em quando um refrigerante feito em casa que minha avó preparava com esmero.
    Cresci num tempo em que havia um máximo respeito não apenas pelos pais mas também por todos os outros membros da família e quando nos cruzavamos com algum deles era obrigatório beijar a palma da mão do familiar e pedir que nos desse sua benção que por sua vêz respondiam: “Deus te abençoie”.
    Os nossos professores, bem como autoridades religiosas e civis eram também nossos educadores e quando praticavamos alguma maldade a que alguns chamavam de patifaria, geralmente de menor importãncia, qualquer um deles nos podia castigar e se essa maldade chegava ao conhecimento dos nossos pais eramos mais uma vêz castigados e isto nunca foi chamado de abuso infantil mas sim meios disciplinãrios.
    A televisão estava ainda na sua infãncia e mesmo assim era apenas a prêto e branco com muitas faúlhas e os mais pobres iam a casa de vizinhos mais abastados e assim poderem ver programas televisivos que achavamos um entretenimento fabuloso, no entanto nunca perdemos o gosto pelo rádio que aos domingos era dominado pelos homens da família para ouvirem os relatos de futebol e quando a nossa equipa favorita metia um golo os gritos de alegria podiam ser ouvidos até ao fim da rua.
    O passa tempo favorito dos rapazes além do futebol era jogar ao berlinde
    O objetivo deste jogo é ganhar o maior número de berlindes aos adversários após fazer a tarefa de entrar nos três buracos do jogo.
    Inicia-se o jogo, fazendo uma cova num campo de terra (espaço exterior) ou um círculo desenhado numa superfície plana (chão de casa, passeio, etc.). Em seguida, os jogadores fazem um lançamento de berlinde, tentando aproximar-se o mais possível da cova ou círculo. Todos os berlindes têm de chegar à cova ou círculo e só depois de terem passado por esta(e) é que podem tentar eliminar os adversários, tentando acertar nos seus berlindes.
    Quando o jogador é eliminado, se o seu berlinde tiver sido atingido, aguarda que o jogo termine e só depois pode iniciar uma nova jogada. Caso o jogador acerte, ganha um ponto e continua a jogar, mas, desta vez, contra o berlinde do jogador adversário para o afastar da cova e impedir que ele acerte. Caso consiga, volta a jogar para dentro da cova ou círculo, e assim sucessivamente, até falhar uma delas: a cova/círculo ou o berlinde do adversário.
    De seguida, joga o outro jogador, segundo as mesmas regras. A experiência é repetida até X pontos (a definir entre os jogadores) e ganha o que atingir este valor primeiro.
    Por outro lado as meninas brincavam à roda “O lencinho vai na mão e ainda não caiu no chão” que consistia as jogadoras formavam uma roda dando as mãos e uma das meninas corre em volta da roda com o lenço na mão dizendo “O lencinho vain a mão e ainda não caiu no chão” e num determinado momento a menina larga o lenço atrás de outra menina e quando esta se aperceber que tem o lenço atrás de si deve começar a correr em volta da roda na tentative de a apanhar antes desta entrar na roda e se esta for apanhada deve ir para o meio da roda e aí ficar até terminar o jogo.
    Há ainda muitos mais jogos tais como: “Cabra Cega, Moeda, Pião” e muitos outros que já nem me record deles, mas todos eles jogos simples que entretinham a juventude de forma sádia e feliz.
    Ah, santos tempos que já lá vão e se recordar é viver, então hoje vivo do passado mas pensando no futuro.
    António Teixeira – Fall River
    Rafael Fraga and 83 others
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  • SALÁRIO REAL MENOR QUE HÁ 10 ANOS

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    Fiz um pequeno exercício sobre o meu salário real. Fui à Caixa Geral de Aposentações onde constam os salários anuais e os salários revalorizados de acordo com a taxa de inflação. Tomei como base o salário revalorizado de 2006 (índice 100). Entretanto já passei de escalão mas continuo a ganhar menos em termos reais do que há 15 anos. Mas para a maior parte da função pública a situação ainda é pior, principalmente para quem está no início da carreira ou a meio e bloqueado.
    Ps1. Estas quebras vão ter efeitos sobre a reforma.
    Ps 2. Quando falamos de orçamentos temos que falar de situações concretas.
    Ps 3 Evidentemente que os 0,9% de aumento previsto pelo governo nem vão cobrir a inflação e muito menos permitir recuperar rendimentos.
    May be an image of text that says "120 Remunerações revalorizadas de acordo com taxa de inflação 100 80 60 40 20 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021"
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    • Sandra Cambetas

      Ah e tal, funcionário público tem um rendimento médio de 1500€
  • MEMÓRIAS DOS COLÓQUIOS HÁ 5 ANOS

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  • crónica de ANTÓNIO BULCÃO

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    Tirori, tirori
    A malta não espera, a malta tem raça, a malta acelera, a malta ultrapassa, viola à socapa, fintando sanções, a malta derrapa, gosta de peões, peões mas com rodas, no meio de poeiras, prós outros, com pernas, só nas passadeiras, mesmo assim cuidado, se houver distração, não vi o coitado, lá foi o peão, sou Fangio, sou Senna, em todas as frentes, não há lugar? temos pena, vou parar, não façam cena, no lugar dos deficientes …
    Se há código que a malta gosta de violar, é o da estrada. O penal tem crimes lá dentro, o civil indemnizações, o administrativo demoras. O código da estrada, tá bem que pode dar multas, perdas de pontos, no extremo até cadeia. Mas a probabilidade de sermos apanhados cede a maior parte das vezes à incivilidade, à estupidez, ao desejo de adrenalina e ao puro comodismo.
    Está lá, gritando na ponta do poste, o sinal de proibição de estacionamento. Mas a malta estaciona. A não ser que haja polícia perto, a malta não quer saber. Cresce o número dos “tou-me a cagar”. Aumenta a percentagem dos “que se f…”. A malta não quer saber se o passeio é para pessoas, muitas delas velhas, com bengalas e andarilhos. Tenho de deixar o filho pequeno no colégio, não há lugar para estacionar, pois lá meto as rodas no passeio, os inválidos que vão para a estrada, tenham paciência, já estou atrasado para o emprego.
    A malta bebe e depois conduz, isso de se conduzir não beba é para os tolos, que não sabem as ruas seguras para quem está bêbedo ou não têm amigos polícias que os avisem quando vai haver operações stop e onde estarão as fardas. Se alguma coisa falhar, há desculpas. O casamento do amigo de infância, o baptizado do afilhado, o remédio para o meu bebé que está com 40 graus de febre. Quando se está com os copos, a justificação é sempre uma emergência, quando nos metem o balão na boca e os números que aparecem no ecrã são maiores que os esperados pelo aflito soprador.
    A malta cumpre a lei não pelo respeito que ela merece, mas pelo medo de sermos apanhados a violá-la. Se fôssemos todos civilizados e respeitadores, não haveria necessidade de termos código da estrada. Mas, se tal código não existisse, seria um caos, o trânsito, multiplicar-se-iam os acidentes e os velórios. Sempre que pegamos num carro, sabemos interiormente que não devemos dar origem a notícias que já não possamos ler. Só que, já na estrada, o pé de chumbo pesa mais que o cérebro.
    As mortes que já vi, por pura estupidez. Os amigos que já enterrei, por negligência grosseira. Os julgamentos em que já vesti a toga, para sumários por condução sem habilitação legal, ou sob influência do álcool, ou por homicídios negligentes. A malta adora manobras perigosas. Ultrapassamos em curvas, excedemos velocidades, distraímo-nos com telemóveis, estacionamos a ocupar dois lugares ou em espaços reservados a deficientes, isto é tudo nosso…
    Se somos assim, como portugueses, não nos podemos admirar que os ministros de Estado também abusem. Que não dêem ordens para os motoristas regularem a velocidade, que não saiam do carro que acabou de matar uma pessoa, que a investigação seja uma coisa escondida e matreira, que venha o 1º ministro gritar ser uma vergonha que se queira fazer política com isto.
    A SIC fez um trabalho de investigação para ver quantos carros de ministros circulam em velocidade excessiva. Apanhou a viatura de Pedro Nuno Santos a 200 km/hora, e o ministro das infraestruturas e habitação, que muitos apontam como sucessor de Costa, justificou-se com compromissos de agenda. O interesse público, segundo o governante, por vezes exige que se violem certas regras. Quando, pensava eu, o maior interesse público é que se cumpra a Lei. Sobretudo pelos ministros. Acossado pelos jornalistas, Pedro Nuno Santos atira um argumento final: para a SIC saber que ele excede velocidade, também a SIC a terá excedido… Tipicamente portuga. Eu violo, mas tu também, por isso… bico calado.
    Vem de uma boa escola. É público que Mário Soares, em 2012, apanhado num carro também a 200 km/hora, terá dito ao GNR, que agia no âmbito das suas competências e no cumprimento dos seus deveres, “o Estado é que vai pagar a multa”. E foi com sorte, o policial. Porque, se Soares fosse ainda Presidente da República, talvez tivesse levado com um “desapareça, senhor guarda”.
    Por vezes os pais e os filhos da democracia têm a arrogância de pôr em causa o Estado de Direito… Outros interesses mais altos se levantam!
    António Bulcão
    (publicada hoje no Diário Insular)
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  • Soberania de Olivença continua a dividir Portugal e Espanha 373 anos após Restauração da Independência – SIC Notícias

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    Passados 373 anos sobre a Restauração da Independência, há um conflito institucional que continua em aberto nas relações entre Portugal e Espanha. A questão da soberania de Olivença não está resolvida. Mas na terra, hoje integrada na Extremadura espanhola, ainda se fala português.

    Source: Soberania de Olivença continua a dividir Portugal e Espanha 373 anos após Restauração da Independência – SIC Notícias

  • MADEIRA E TAP A PREÇOS EXORBITANTES

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    May be an image of aeroplane and outdoors
    O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Alquerque, questionou hoje o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, sobre os preços praticados pela TAP, que apelidou de “pouca-vergonha”.
    “Como é que é possível estarmos a assistir, em 2021, que se pratique preços numa carreira regular de transporte de aviação, de 900 e tal quilómetros, de 1.083 euros? É assim que se promove o turismo nacional? É assim que se promove a mobilidade dentro de território nacional?”, salientou Miguel Albuquerque, durante a sua intervenção nas jornadas parlamentares da maioria PSD/CDS-PP sobre o orçamento regional para o próximo ano.
    “O que é que se passa? Ninguém é responsável por coisa nenhuma? O que é que o senhor Presidente da República tem a dizer sobre isto? O que é que o senhor primeiro-ministro que ainda está em funções tem a dizer sobre esta pouca-vergonha?”, insistiu o chefe do executivo regional na sessão que decorreu na Assembleia Legislativa da Madeira.
    O presidente do Governo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, criticou que a TAP, “nacionalizada pelos comunistas e por este desgraçado Governo socialista” pratique “valores de passagem superiores a 1.083 euros” para a Madeira, acusando a Autoridade Nacional da Aviação Civil e da autoridade da concorrência de nada fazerem “para acabar com esta pouca-vergonha”.
    Numa intervenção marcada sobretudo por críticas ao Governo central, Albuquerque disse esperar que a dissolução da Assembleia da República “tenha como consequência a instalação de uma alternativa política para Portugal retomar um novo ciclo de crescimento económico, de aproximação do seu rendimento com os seus parceiros e de inversão desta degradação e desta venezuelização do regime”.
    “Gostaria também de chamar à atenção para uma realidade que é patente e que é evidente desde há seis anos. Este governo, péssimo, do Partido Socialista teve e continua a ter uma obsessão histérica, esquizofrénica com a Madeira no sentido de introduzir todas as medidas para prejudicar os madeirenses”, considerou.
    Albuquerque deu como exemplo o requerimento do PS na Assembleia da República “para retirar da ordem de trabalhos um diploma que autorizava que as empresas que se queriam sediar no Centro Internacional de Negócios da Madeira o podiam fazer a partir de janeiro do próximo ano”.
    “Ou seja, sem qualquer fundamento e sem qualquer justificação política, a não ser a penalização da Região Autónoma da Madeira e do país […], impediu-se que isso voltasse a acontecer, prejudicando mais uma vez os madeirenses na sua receita fiscal e, obviamente, a dinâmica económica do nosso país e da nossa região”, lamentou.
    Miguel Albuquerque sublinhou ainda que a Madeira tem “um conjunto de problemas para resolver” que só podem ser ultrapassados com “uma boa representação parlamentar dentro da Assembleia da República”.
    “É fundamental que as forças políticas que defendem os madeirenses, a autonomia, o desenvolvimento integral da Madeira, sejam reforçadas e tenham força junto das instâncias nacionais”, vincou o também líder do PSD regional.
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  • Japan breaks world record for fastest internet speed – Big Think

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    Engineers in Japan set a new world record for fastest internet speed — so fast that you could download nearly 80,000 movies in one second.

    Source: Japan breaks world record for fastest internet speed – Big Think

  • a raia e OLIVENÇA

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    Portugal 🇵🇹 reconhece Olivença como parte do território nacional mas … vejam o vídeo completo!
    11:48 / 11:48
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    • Pedro Lopes

      Excelente trabalho de edição! A administração do grupo deveria colocar esta publicação sempre no início.
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  • poema do dia

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    729 SHANGRI-LA 15.11.2021

     

    shambhala só existe na minha poesia

    e em textos antigos tibetanos

    ninguém a encontrou

    nem os monges budistas

    em busca dos deuses de agharta

    da paz, felicidade, tranquilidade

    o shangri-la com que sonhamos

     

    inédito chrys c