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Mês: Novembro 2021
há vários anos avariada
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Osvaldo José Vieira Cabral · Os cobradores estão a bater à porta
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Os cobradores estão a bater à portaÉ delirante ouvir alguns políticos, com enormes responsabilidades no passado, falarem de endividamento público.De repente, passaram uma esponja pela memória e querem, à viva força, que nós, cidadãos, também façamos o mesmo exercício.Foi um dos cavalos de batalha em todas as minhas crónicas ao longo da última década: chamar a atenção para o aumento galopante da dívida bruta, à semelhança dos alertas da Secção Regional dos Açores do Tribunal de Contas.Ninguém se preocupou. Agora estão todos preocupados com o endividamento proposto no Orçamento Regional do próximo ano – que é mau para todos nós, contribuintes – mas não é nenhuma originalidade.Nós tivemos um recorde de dívida acumulada entre 2008 e 2017, com os Açores a aumentarem a sua dívida 3,15 vezes mais, passando de 563,7 milhões para 1.690,4 milhões de euros.É um ritmo médio anual de 115,4 milhões.O maior volume desta dívida foi para pagar a fornecedores e os buracos ruinosos das empresas públicas, nunca para crescimento da nossa economia anémica.Tem-se falado tanto, agora, da SATA, mas houve outras empresas, até com passivo maior, que se revelaram um autêntico cancro para as nossas finanças públicas.Só a Saudaçor, essa invenção desastrosa, de que nunca mais ninguém falou dela, deixou-nos um calote de mais de 600 milhões de euros.Há-de haver muito boa gente por aí que julga que nada disto é para pagar, mas a verdade é que os cobradores batem-nos à porta todos os meses ou anos, como acontece agora com a SATA ou a Sinaga.Há tanta gente preocupada com o património da fábrica de açúcar, o que é legítimo, mas ninguém se preocupa com os mais de 800 mil euros que deve a fornecedores e com os 35 milhões de euros de prejuízos ao longo dos anos.Só em meia dúzia de anos, de 2015 a 2020, o Governo Regional transferiu para a Sinaga quase 9 milhões de euros.Uma empresa, recorde-se, que custou à região, num negócio obscuro, 8oo mil euros!Amanhã, 18 de Novembro, mais um cobrador vai bater-nos à porta para cobrar empréstimos.Na verdade, são dois cobradores: a Bankinter SA e o Banco BPI.Vêm cobrar um dos muitos empréstimos concedidos à SATA, cujo prazo termina agora.Como a SATA não tem dinheiro, nem tão pouco sabe o seu futuro, porque tarda, incompreensivelmente, a decisão de Bruxelas sobre a reestruturação, foi acordado com aquelas instituições uma prorrogação dos respetivos prazos de vigência.O Governo Regional já concordou com a prorrogação e estendeu a manutenção das garantias, que é como quem diz, para pagarmos um dia destes.São “apenas” cerca de 50 milhões de euros… por agora.Portanto, senhores políticos, quando falarem de dívidas e endividamentos, ao menos benzam-se antes.Novembro 2021Osvaldo Cabral(Diário dos Açores, Diário Insular, Multimedia RTP-Açores, Portuguese Times EUA, LusoPresse MontreaMaria Das Neves Baptista, Tomás Quental and 98 others
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2003 turismo cultural
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A língua portuguesa e a UE alargada, J. Chrys Chrystello, 2003-06-02 [ Página principal | Página de publicações | Revista ELO | Índice ]
Dizem as estatísticas que Portugal não está preocupado com a expansão da UE, e os poucos que se pronunciam queixam-se da perda de subsídios que daí pode advir. Ainda ninguém perguntou que vantagem haverá para a língua e cultura portuguesas, provavelmente, fruto da falta duma política nacional da língua. A capacidade que temos em adicionar aritmeticamente os habitantes dos PALOP’s não se traduz numa politica de edição de traduções de consagradores autores para os leitores ávidos dos novos estados membros da UE, talvez por desconhecermos a cultura e hábitos de leitura desses povos. Para preservarmos a nossa versão da língua portuguesa é preciso mantê-la viva, e esta é uma oportunidade ímpar de atrair leitores para as nossas obras. Mais tarde viriam os que prefeririam ler as obras na sua língua original, bem fácil aliás de aprender para todos os falantes de línguas eslavas… Como catapultar a língua e os livros portugueses da sua semiobscuridade para um cenário de ribalta? Quem se lembrou já de incluir roteiros turísticos literários a locais celebrizados pelos monstros sagrados da literatura dos séculos XIX e XX? Alguns constam já dos vulgares roteiros paisagísticos, havia apenas que organizar a leitura de livros desses autores, e a divulgação de novos escritores nesses locais, [um pouco como foi feito em abril 2003 com a atribuição do prémio Camilo Castelo Branco a Mega Ferreira]. Disponibilizavam-se traduções já existentes ou faziam-se reedições (económicas e sem luxos) para os milhares de turistas desses novos países que quererão vir a Portugal. Lucravam o país, os editores, os operadores turísticos e a língua. Podíamos começar com o José Saramago e um roteiro às terras de origem acompanhado de leitura de obras suas, disponibilizadas em línguas dos países da UE, passando por locais evocados em “A Cidade e as Serras” e outras paisagens dos Açores de Nemésio, à Brasileira de Pessoa ou à Monsanto de Fernando Namora. Convidavam-se professores jubilados que amam a Língua Portuguesa para falarem das mil e uma nuances de cada autor, pedia-se aos autores ainda vivos que disponibilizasse um dia do calendário para falar da sua obra ou lê-la num cenário apropriado. Estou certo de que a organização de tais eventos custaria menos do que muitas das funções oficiais já agendadas. A Europa alargada aí está, iremos continuar de costas voltadas com a nossa desculpa atlântica ou vamos descobrir novos mundos? Não precisamos de subsídios, tão só de vontade para esta revolução que continua por fazer, não precisamos de comissários, mas apenas de pessoas que amem a língua e cultura e que a achem sua. |
propus isto pela primeira vez em 2003 turismo cultural
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a minha proposta de 2003
A língua portuguesa e a UE alargada, J. Chrys Chrystello, 2003-06-02 [ Página principal | Página de publicações | Revista ELO | Índice ]
Dizem as estatísticas que Portugal não está preocupado com a expansão da UE, e os poucos que se pronunciam queixam-se da perda de subsídios que daí pode advir. Ainda ninguém perguntou que vantagem haverá para a língua e cultura portuguesas, provavelmente, fruto da falta duma política nacional da língua. A capacidade que temos em adicionar aritmeticamente os habitantes dos PALOP’s não se traduz numa politica de edição de traduções de consagradores autores para os leitores ávidos dos novos estados membros da UE, talvez por desconhecermos a cultura e hábitos de leitura desses povos. Para preservarmos a nossa versão da língua portuguesa é preciso mantê-la viva, e esta é uma oportunidade ímpar de atrair leitores para as nossas obras. Mais tarde viriam os que prefeririam ler as obras na sua língua original, bem fácil aliás de aprender para todos os falantes de línguas eslavas… Como catapultar a língua e os livros portugueses da sua semiobscuridade para um cenário de ribalta? Quem se lembrou já de incluir roteiros turísticos literários a locais celebrizados pelos monstros sagrados da literatura dos séculos XIX e XX? Alguns constam já dos vulgares roteiros paisagísticos, havia apenas que organizar a leitura de livros desses autores, e a divulgação de novos escritores nesses locais, [um pouco como foi feito em abril 2003 com a atribuição do prémio Camilo Castelo Branco a Mega Ferreira]. Disponibilizavam-se traduções já existentes ou faziam-se reedições (económicas e sem luxos) para os milhares de turistas desses novos países que quererão vir a Portugal. Lucravam o país, os editores, os operadores turísticos e a língua. Podíamos começar com o José Saramago e um roteiro às terras de origem acompanhado de leitura de obras suas, disponibilizadas em línguas dos países da UE, passando por locais evocados em “A Cidade e as Serras” e outras paisagens dos Açores de Nemésio, à Brasileira de Pessoa ou à Monsanto de Fernando Namora. Convidavam-se professores jubilados que amam a Língua Portuguesa para falarem das mil e uma nuances de cada autor, pedia-se aos autores ainda vivos que disponibilizasse um dia do calendário para falar da sua obra ou lê-la num cenário apropriado. Estou certo de que a organização de tais eventos custaria menos do que muitas das funções oficiais já agendadas. A Europa alargada aí está, iremos continuar de costas voltadas com a nossa desculpa atlântica ou vamos descobrir novos mundos? Não precisamos de subsídios, tão só de vontade para esta revolução que continua por fazer, não precisamos de comissários, mas apenas de pessoas que amem a língua e cultura e que a achem sua. |
depois concretizamos isto em 2011 no 16º colóquio em santa maria e 15º macau 2011
CÂMARA DE SÃO ROQUE DO PICO ASSOCIA-SE A PROJETO DE PROMOÇÃO TURÍSTICA ATRAVÉS DA CULTURA
Um grupo de jornalistas de vários órgãos de comunicação social de expansão nacional, entre os quais a TVi, SAPO, Rádio Renascença, Sábado e Visão, deslocou-se no passado sábado, dia 13, à ilha do Pico para participar num novo produto turístico de índole cultural designado ‘Açores dos Escritores – Viagem Cultural’.
Contando com o apoio do Município de São Roque, da Direção Regional de Turismo, entre outros, o projeto surge no âmbito de uma parceria entre a agência de viagens ‘MBTravel’ e a empresa ‘Luís Daniel, Unipessoal, Lda’, sendo promovido pela ATA – Associação Turismo dos Açores, pretendendo apostar num produto turístico em época baixa, nomeadamente entre os meses de outubro e março de cada ano.
Dirigido ao mercado nacional, o novo produto cultural baseia-se em proporcionar experiências nas obras literárias ambientadas nos Açores e nos próprios autores, açorianos ou não, que se inspiraram nas ilhas, na sua cultura e natureza, para dar corpo às obras.
A ideia assenta na criação de circuitos quase interativos, que envolvem representação, música, luz, contando com a colaboração de autores, escritores, artistas, entre outros.
Durante a presença no Pico a organização homenageou Vitorino Nemésio, Antonio Tabucchi, Dias de Melo, Almeida Firmino, Romana Petri e Raul Brandão, criando diversos momentos culturais para recordar os escritores e as suas obras.
As ações dividiram-se entre o Porto Velho da Madalena para recordar ‘Mau Tempo No Canal’, de Vitorino Nemésio; o lugar dos Arcos, em Santa Luzia, onde foi abordado o livro ‘A Senhora dos Açores’, da escritora italiana Romana Petri; e a recreação junto à antiga fábrica da baleia, no Cais do Pico, da partida para o mar dos baleeiros, lembrando assim ‘Mar pela Proa’ de Dias de Melo. Esta ação juntou no bote baleeiro um cantor lírico oriundo da Ucrânia, que interpretou ‘Ave Maria’ de Schubert.
O poeta do Cais, Almeida Firmino, e a sua obra ‘Narcose’ não foram também esquecidos durante esta iniciativa, que abordou no Museu dos Baleeiros o trabalho do escritor Dias de Melo e a sua relação com a baleação açoriana.
Depois do Pico, o novo produto turístico pretende chegar às ilhas de São Miguel e Terceira.




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