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Manifestação, que decorreu sob forte vigilância da polícia, foi organizada pelo partido de extrema-direita FPÖ.
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Manifestação, que decorreu sob forte vigilância da polícia, foi organizada pelo partido de extrema-direita FPÖ.
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Organização Mundial de Saúde manifestou hoje grande preocupação com o aumento de casos de Covid-19 na Europa.
Source: OMS alerta que podem morrer 500 mil pessoas por Covid-19 até março – Coronavírus – Correio da Manhã
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Andam, de repente, muito preocupados com a rápida perda demográfica. Temos uma massa laboral genericamente impreparada e iletrada, tal como a maioria dos patrões das PME e microempresas.
Uns culpam o RSI e dizem que ninguém quer trabalhar mas são incapazes de recompensar de forma justa o trabalhador dedicado e esforçado, mantendo vícios senhoriais feudais mesmo quando se apregoam como democratas progressistas. Outras vezes temem os funcionários licenciados, mais qualificados e mais aptos a gerirem o negócio do que eles próprios e a única forma de os controlarem é explorarem-nos com horários desumanos, retenção de gorjetas (hospitalidade), turnos inglórios, excesso de tarefas, falta de formação profissional adequada por entre esquemas vários de abuso de apoios estatais, fugas ao fisco e outras manobras.
De uma forma geral, seja em supermercados, no comércio tradicional, na hospitalidade e restauração ou em tarefas mais complexas, cibernéticas e de tecnologias de informação, o destino da maioria dos bons profissionais (e mesmo alguns dos maus) será o dos seus antepassados que votaram com os pés, emigrando. Seja para a península ibérica, Canadá ou EUA, quando surge a oportunidade alçam, lá ficam e regressam a férias, se regressarem. A falta de oportunidades é ancestral. Todos os empregos apetecíveis a nível do governo são reservados, não por mérito, mas por cunhas como os apelidos o demonstram. Por outro lado, com os salários miseráveis que se praticam a licenciados e não-licenciados, mesmo em firmas da Nonagon que ganham milhões, a tendência será sempre essa. Um programador jovem a auferir pouco mais do que o salário mínimo ao fim de vários anos, emigra para o Canadá e EUA e ganha a estagiar lá 5 vezes mais. Ao fim de pouco tempo está com salário milionário e perspetivas de futuro e carreira.
Na indústria hoteleira, hospitalidade e restauração os empregados de mesa e balcão salvam-se apenas com as gorjetas. Consideremos agora o dilema de jovens licenciados em Direito, em escritórios de advogados conhecidos da nossa praça, há alguns a laborarem 60 ou mais horas e a ganharem pouco mais do que o salário mínimo, sem pagamento de trabalho extra, sem reconhecimento e mantêm-se assim ao fim de anos de serviço, enquanto os advogados celebrizados enchem os bolsos, trocam de carros de alta gama e fazem obras milionárias nas suas casas…
Durante anos as empresas usaram e abusaram dos estagiários (Estagiar-L -T, etc.), muitas vezes em funções que não constavam do contrato, na certeza de que ao fim de x meses havia nova carrada de candidatos e um estágio sem futuro.
E depois admiram-se de as pessoas emigrarem? Quanto mais pequena a ilha mais difícil a sobrevivência e menos as hipóteses de singrar. Há décadas que sabíamos disto, mas a menos que afetasse os nossos filhos, sempre nos esquecíamos no dia do voto.
A educação andou tradicionalmente nas ruas da amargura e cada vez está pior, a formação profissional (se bem que tenha melhorado) ainda não forma os técnicos de que precisamos e em muitos casos usa conteúdos e meios antiquados. O segredo para o sucesso é pagar condignamente. O erro não é só insular e por isso no séc. XXI continua a sangria de jovens (licenciados ou não) para tanto país da EU, Reino Unido, Austrália, Norte América, Médio Oriente, etc.
A solução é aliviar a brutal carga fiscal das empresas primeiro, e depois pagar bem a quem trabalha, formação contínua sistemática para trabalhadores e patrões, abertura a inovação tecnológica sem temores de serem destronados por subordinados ou pela tecnologia, só assim paramos a sangria demográfica. O resto em apoios à natalidade e fixação de pessoas serão meros complementos a nível pontual. Caso contrário, as ilhas terão cada vez menos gente e só os menos qualificados ou aqueles com cargos garantidos ficarão.
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não encontro o meu prazo de validade
nem no cartão de cidadão
nem no boletim de saúde
ao menos os eletrodomésticos
possuem prazo de garantia
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O homem-rã Kaj Peters visita a pequena sereia
Portugal teve inversão de valores, notória na segunda metade do séc. XX e começo do séc. XXI. Idolatram-se personagens de pés de barro, principescamente pagas (ex.º jogadores de futebol) e remetem-se à profunda obscuridade os que com o seu pensamento e obras engrandecem as gerações. Isto na literatura (dantes autores de cordel ou faca e alguidar, hoje escrita a metro como Rodrigues dos Santos), artes plásticas, arquitetura, cinema, música (“pimba”) e os Açores não diferem do retângulo ibérico, embora exista uma desproporcional quantidade de autores, em todas as áreas, que mereciam alcandorar-se a prebendas internacionais.
E o que fazem os governos? Concedem umas fraciúnculas como os senhores feudais atiravam migalhas das ameias dos castelos à turbamulta famélica que demandava as pontes levadiças. Tal generosidade não permite viver da arte, ou criar livremente sem constrangimentos de como vai alimentar-se a si e à família. Nos relatórios anuais dos orçamentos públicos são sempre nomeadas centenas de individualidades e entidades que recebem esses óbolos governamentais e na amálgama de milhentos nomes a generosidade governamental parece infinda, Depois, surgem as cliques e as claques que vendem a alma e as palavras ou as paletas em troca de apoios.
Dizia em 2010, o falecido escritor Daniel de Sá que os Colóquios da Lusofonia (AICL) tinham feito mais pela rica literatura açoriana do que 34 anos de benesses autonómicas. Pode ser que sim, fazemos “pro bono” almejando levar a conhecer a mais gente, nos quatro cantos deste mundo redondo, a vasta produção literária, musical e artística das nove ilhas. Não queremos comendas nem honrarias, mas, gostávamos que todos dispusessem de meios para combater o custo da insularidade com as outras ilhas, o torrão ibérico ou a diáspora.
Não é queixume nem pedinchice. Nalgumas áreas dos Açores resultam em mais apoios. Ai se fossemos vacas. É o canto da sereia. Se não se der valor à cultura e educação nunca sairemos da cauda das estatísticas nem atingiremos a autonomia por falta de massa crítica. Um povo culto nunca toleraria a corrupção, o nepotismo e o chico-espertismo em que o país se afunda.