Mês: Novembro 2021

  • costa orquestrou tudo para o oe não passar

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    [ Penso que foi José Miguel Júdice que disse, em tempos, na SIC, que António Costa é um dos políticos portugueses mais inteligentes. Pena que não ponha essa inteligência ao serviço do país.]
    O OE2022 QUE ANTÓNIO COSTA NUNCA QUIS APROVAR
    Após todo um enredo sabiamente montado pelo primeiro-ministro, do qual quase todos duvidámos inicialmente, já é hoje possível ter a certeza de que António Costa nunca pretendeu aprovar o OE2022 e tudo fez para que este fosse rejeitado servindo esse teatro de lançamento da campanha eleitoral para as inevitáveis eleições legislativas. Até o Presidente da República foi ludibriado nesta encenação digna de Óscar.
    Pelo que agora sabemos, após os resultados autárquicos António Costa preparou minuciosamente duas coisas: o chumbo do OE2022 e o seu argumentário para a campanha eleitoral.
    Em primeiro lugar, preparou um Orçamento à “esquerda” mas não com as bandeiras escolhidas pelo PCP nem pelo Bloco de Esquerda. Como dizem agora em surdina vários envolvidos nas negociações, “nós falávamos de alhos e o Governo respondia com bugalhos. Só mais tarde percebemos que eles não queriam qualquer acordo connosco”. António Costa e o Governo criaram condições para fazer o que queriam, chumbar o OE2022 e provocar eleições. Ignorou as propostas da esquerda para se incompatibilizar sem perder o cunho de esquerda útil para a campanha eleitoral onde irá falar quase em exclusivo aos seus eleitores e aos da extrema esquerda dizendo facilmente “nós defendemos isto e aquilo, mas BE e PCP chumbaram”.
    Em segundo lugar, era preciso garantir que o PSD não tivesse tentações de viabilizar o OE2022 que o PS não queria de todo aprovar. E as medidas contidas na proposta apresentada ao Parlamento eram tão radicais que tornavam impossível que a surpresa da viabilização viesse do PSD. Na verdade, apesar da linha vermelha já fixada por António Costa quanto a viabilizações de governos seus através dos votos do PSD, não surpreenderia se Rui Rio tirasse essa cartada do bolso num momento de séria aflição do país. Com um OE tão mau, Costa garantiu que isso seria impossível.
    Em terceiro lugar, e não menos importante, a forma como o Governo ignorou a concertação social foi obviamente deliberada porque jamais as propostas aprovadas pelo Conselho de Ministros na área laboral, bem como outras que figuram na proposta do OE2022, seriam possíveis de aceitar e cujo veto das Confederações patronais condicionaria o discurso do PS em campanha eleitoral.
    A estes episódios junta-se o caso PSD Madeira, que apesar da disponibilidade demonstrada publicamente pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, as informações que nos chegaram é que ninguém do Governo da República nem do Partido Socialista tentou sequer falar com o Governo regional e procurar um entendimento. Isto é factual, e a única interpretação possível é a falta de vontade do Governo em aprovar o OE2022. Mais absurdo é ainda a justificação para a não existência dessa démarche “porque o Governo temia a perda da sua credibilidade política”. Esse argumento é completamente absurdo quando se trata de um Governo que há muito perdeu sua credibilidade, basta ver como reagiu a tanto escândalo de Eduardo Cabrita e de outros ministros.
    António Costa cedo percebeu que o ciclo da Geringonça estava a terminar já que os partidos à sua esquerda estão em queda e o centro direita dá sinais de recuperação se tiver novos rostos, em particular nos centros urbanos como se viu em Lisboa com Carlos Moedas. O PM sabia que o PSD teria eleições normalmente em dezembro ou janeiro e essa era a oportunidade para criar uma crise política e evitar defrontar uma nova liderança quer no PSD quer no CDS. Ao ouvir cada palavra do primeiro-ministro e do seu governo na discussão do OE2022 ficou claro que a campanha eleitoral tinha começado e que desta vez António Costa apostava tudo nos votos dos eleitores mais à sua esquerda como única forma de evitar uma vitória do PSD.
    Tudo parece preparado para que as próximas legislativas sejam mais bipolarizadas entre PSD e PS, entre direita e esquerda e há algo que me diz que se repetirão novamente nos próximos dois anos independentemente do vencedor.
    (Duarte Marques, Expresso, 2 de novembro de 2021)
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      Humberto Victor Moura

      O Júdice tem razão. Goste se ou não é a política nada tem a ver com inteligente por vezes é mesmo a antítese. O Costa é um homem raro nesse aspecto reúne qualidades que os políticos detestam: bom-senso e
  • PEN INT’L NOMEOU ASSANGE

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    PEN NOMEOU ASSANGE SEU MEMBRO HONORÁRIO E PEDE SUA LIBERTAÇÃO
    Cumplicidade entre Estados
    Julian Assange, fundador do Wikileaks, foi nomeado membro honorário do Centro PEN alemão (associação de escritores, de renome, que defende a liberdade da palavra) em 02.10.2021…
    … PEN acusa de arbitrariedade judicial na privação da liberdade de Assange como violação dos direitos humanos no meio de uma democracia da Europa Ocidental e apela às autoridades competentes em Inglaterra “a não extraditarem o seu honrado membro para os EUA, onde o esperaria uma prisão que poderá atingir 175 anos, mas sim a libertá-lo imediata e incondicionalmente da prisão….
    … Julian Assange está detido em Londres há mais de dois anos e a sua extradição para os EUA está a ser negociada. Na plataforma Wikileaks, Assange revelou crimes de guerra cometidos pelas tropas dos EUA no Iraque e publicou documentos militares secretos dos EUA. Isto deveria ser ocultado ao público mundial…
    … O caso do hacker português Rui Pinto, que criou o Football Leaks, também se encontra “à mercê das autoridades portuguesas”…
    … António CD Justo
    Texto completo em Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=6830
    Chrys Chrystello
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  • Cais do Pico: A insciência da televisão pública sobre onde fica o Pico

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    Source: Cais do Pico: A insciência da televisão pública sobre onde fica o Pico

  • O FIM DO HUMOR E O POLITICAMENTE CORRETO (2009)

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    . O FIM DO HUMOR E O POLITICAMENTE CORRETO 2009

     

    Ter humor é possuir a capacidade de entender a discrepância entre duas realidades: os factos e o sonho ou criatividade, as limitações do sistema e o poder da fantasia criadora. O humor é a forma de expressão em que ocorre um sentimento de alívio face às limitações dramáticas da existência e da tragédia, sinal da transcendência humana. O humor é libertador. Rir, mesmo parecendo fútil, é importante.

    Sorrir e ter humor sobre o que nos rodeia é uma forma de oposição à norma. Só quem é capaz de relativizar as coisas sérias, embora as assuma, pode ter humor. O maior inimigo é o fundamentalista e o dogmático. Ninguém viu um terrorista ou um severo conservador esboçar um sorriso. Geralmente são tristes como se fossem ao seu enterro, rostos crispados. Afirmou Nietzsche, “festejar é dizer: sejam bem-vindas todas as coisas. Pela festa o ser humano rompe a monotonia do quotidiano”. Façamos a festa…!

    Não me espantam os blogues politicamente corretos pois vivo num mundo diferente. Sem questionar o feminismo (ou outros ismos) todas as piadas são objecionáveis por se basearem em estereótipos (humanos, animais, ambos ou nenhum). Depois dos defensores dos “ismos” terem colocado as objeções contra clichés de louras, alentejanos, judeus, cristãos, islâmicos, pobres, professores, animais (os que estão na mala dos carros com a esposa), o que fica: NADA. Acaba-se o humor. Sinto-me incomodado com a violência gratuita, insinuações da TV, telejornais e séries, pois são armas de estupidificação globalizante que a todos corroem. O humor usa a linguagem dos estereótipos. Desde 1980 vi surgir a censura, dissimulada em fundamentos aceitáveis, pretendendo sanitizar as mentes. Começou na Austrália quando o politicamente correto foi introduzido naquela década. Como tradutor profissional tive de o seguir, mas como ser inteligente (pensante) recuso-o hoje, como ontem. Deve-se lutar contra a discriminação, sob todas as formas, assédio sexual, político e outros, contra o salário de miséria e exploração (reminiscente da Revolução Industrial), contra as quotas ou falta delas nos elencos femininos do governo, a falta de acesso a pessoas com deficiências. Lute-se contra isso tudo mas deixem o humor de lado. Com o politicamente correto acaba-se o humor. Esse é o cerne da questão. O politicamente correto era a forma mais fascista de sanitizar a língua, o pensamento e a vida, criando uma sociedade assética e inócua. Todos iguais e cinzentos de acordo com a norma.

    Não é só no humor que a situação é preocupante, a educação merece aturada atenção.

    Há canudos, por encomenda, a passagem de iletrados, a massificação da ignorância nacional, o entorpecimento da mente através de programação subliminar, preparada em gabinetes de psicologia de guerra. O alvo é a destruição dos pilares tradicionais: família, professores, médicos, rumo ao Homo Novus, plano sabiamente arquitetado por maçonarias, Bilderberg. Do livro de Daniel Estulin[1]):

    “A história do Clube Bilderberg é a da subjugação da população. Um Estado Policial Global, que formula a Nova Ordem Mundial, um governo invisível, omnipresente, que manipula, controla os EUA, União Europeia, OMS, ONU, Banco Mundial, FMI e similares.

    A ideia é criar uma sociedade dócil, de ignorância massificada através das “Novas Oportunidades” e diplomas a “martelo”, incapaz de pensar, argumentar, discursar ou filosofar. Os professores mais novos já pertencem a essa “colheita”, em breve, toda a nação se rege por esse protocolo entorpecente. Será muito mais fácil, manipulá-los, enganá-los e explorá-los. Por outro lado, quando introduzirem o salário universal, a sociedade irá depender economicamente do Estado para desenvolver projetos e atividades. Cada vez mais, a teia se enrola, como uma cascavel, sugando a vida e liberdade.

    Nem Salazar nem Orwell conceberiam um plano tão maquiavélico, nem teriam meios de o implementar. Perguntar-se-á, ninguém dá conta? Alguns darão, mas como não podem escrever livremente, nem os jornais ou telejornais aceitariam um discurso crítico, o povo fica sem acesso a opiniões divergentes. Incapaz sequer as equacionar e, como não tem capacidade de discernir não as distinguiria das notícias falsas. Dentro de uma ou duas gerações, Portugal terá a população mais dócil e manipulável. Todos diplomados, licenciados, doutorados, com diplomas mas sem literacia, sem saberem ler ou escrever e sem a capacidade de discernir ou pensar livre e criticamente. A nova ditadura, instaurada subrepticiamente como um vírus informático, esconder-se-á sob o manto diáfano da democracia.

     

    [1] “A Verdadeira História do Clube Bilderberg” nos últimos 50 anos, um grupo de poderosos reúne-se secretamente para planear as decisões que movem o mundo e depois acontecem. O jornalista e especialista em comunicação Daniel Estulin, há 13 anos investiga as atividades do Clube. Ganhou três prémios, EUA e Canadá, e aponta quem manipula na sombra as organizações. O livro foi editado em 28 países, 21 idiomas

  • – Primeiro, rimos como chimpanzés alexandre borges

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    Crónica na Briefing, hoje.
    “O riso foi um dos últimos bastiões a cair numa certa noção de exclusividade humana. Sabemos hoje que os chimpanzés riem e, mais interessante ainda, que nós mesmos, seres humanos, rimos até aos 18 meses como chimpanzés: durante a inspiração e a expiração – só depois aprendemos a rir apenas enquanto exalamos. Os indícios apontam, portanto, para que os nossos longínquos antepassados comuns já fossem capazes do riso, muito antes do pensamento ou da linguagem. O riso era – é – uma ferramenta que cria vínculos entre criaturas sociais. Rimos e voltamos ao princípio. Rimos e ligamo-nos.”
    Briefing - Primeiro, rimos como chimpanzés
    BRIEFING.PT
    Briefing – Primeiro, rimos como chimpanzés
    Houve um tempo em comunicação em que bastava aparecer. Pôr o anúncio no jornal, o letreiro luminoso no topo do prédio, o reclame na televisão. Ao Lucky Strike bastava dizer que era tostado – que importava se outros também? Tinha sido o primeiro a aparecer a dizê-lo, ninguém mais o poderia…
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    A Situação Da Sata

  • cirurgias-em-espera-reduziu-no-hdes-pdl.pdf

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    Cirurgias Em Espera Reduziu No Hdes Pdl

  • SEXO E GÁS PIMENTA

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    A CAUSA DAS COISAS
    Pois está claro, isso nunca se faz, tinha que ser suspensa pela maldade de interromper um coito tão “sui generis”!
    É mesmo um crime coartar as ideias que a rapaziada irá experimentar, não tarda!!!
    Depois do Gás-Pimenta, podem sempre aditivar a coisa com gás-mostarda, gás-ketchup, gás-maionese, ou com agua das Pedras, afinal também tem gás!!!
    May be an image of 1 person, standing and text that says "POLÍCIA PAΛDO SOCIEDADE Polícia suspensa por travar casal a fazer sexo na rua com gás-pimenta Casal encontrava-se a ter relações em plena via pública, na rua dos Bacalhoeiros, em Lisboa. Correio da Manhã 9"
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