Mês: Agosto 2021

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    Notícias UCCLA – N.º 81
    22 de agosto de 2021
    Cascais, Portugal
    Mercado da Língua Portuguesa

    Homenagear a língua portuguesa e a união de várias culturas pelo mundo, através do artesanato, da gastronomia e da música foram os objetivos do Mercado da Língua Portuguesa – uma iniciativa da UCCLA em parceria com a Câmara Municipal de Cascais -, que decorreu nos dias 22 e 23 de julho, no Mercado da Vila em Cascais. O resultado foi muito positivo e já estamos a pensar na próxima edição! O Mercado terminou, mas contamos aqui tudo o que se passou.

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    Comissão Executiva e Assembleia Geral da UCCLA

    Dada a continuidade dos constrangimentos de mobilidade, decorrentes da pandemia da Covid-19, a Comissão Executiva e a Assembleia Geral da UCCLA foram realizadas, durante o mês de junho, através do envio de toda a documentação de suporte, por via eletrónica, a todos os membros da instituição.

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    Lisboa, Portugal
    Colóquio “Da Cooperação entre os países de língua oficial portuguesa” na Gulbenkian

    A Fundação Calouste Gulbenkian acolheu, dia 8 de julho, o Colóquio “Da Cooperação entre os países de língua oficial portuguesa” que contou com a participação de personalidades de referência na área da cooperação para o desenvolvimento. O encontro, coorganizado pela UCCLA, a Delegação do Centro e Alentejo da Ordem dos Economistas e o Instituto Benjamin Franklin, constituiu um instrumento para o aprofundamento das relações entre os países de língua portuguesa.

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    Lisboa, Portugal
    Livro vencedor do Prémio Revelação Literária UCCLA-CMLisboa 2021 será lançado na Feira do Livro de Lisboa

    A UCCLA, a Câmara Municipal de Lisboa e a Guerra e Paz Editores vão apresentar “O Sonho de Amadeo” de Leonardo Costa de Oliveira, o livro vencedor da 6.ª edição do Prémio de Revelação Literária: Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa, no dia 28 de agosto, às 17 horas, no Auditório Sul da 91.ª Feira do Livro de Lisboa. As candidaturas para a 7.ª edição do Prémio Revelação Literária UCCLA-CMLisboa estarão abertas até ao dia 7 janeiro de 2022.

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    Entrevista do Secretário-geral da UCCLA ao jornal Público

    Com o título “Quando há erros históricos devem ser reconhecidos”, o Secretário-geral da UCCLA, Vitor Ramalho, deu uma entrevista ao jornal Público – publicada no dia 6 de agosto -, coordenada e conduzida pela jornalista Ana Sá Lopes e com fotografias de Daniel Rocha.

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    Lisboa, Portugal
    Reunião com Presidente da Câmara de Bissau

    O Secretário-geral da UCCLA, Vitor Ramalho, recebeu, no dia 13 de julho, o presidente da Câmara Municipal de Bissau, Luis Simão Enchama, numa visita de cortesia. O presidente veio acompanhado pelo Secretário-geral e pelo responsável das Relações Internacionais da Câmara de Bissau.

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    Secretário-geral da UCCLA envia felicitações à nova Governadora da Província de Luanda

    O Secretário-geral da UCCLA, Vitor Ramalho, enviou uma carta de felicitações pela tomada de posse de Ana Paula Luna de Carvalho como Governadora da Província de Luanda.

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    Apresentação “A Cooperação na Lusofonia” pelo Secretário-geral da UCCLA

    A análise do tema “A Cooperação na Lusofonia” foi feita pelo Secretário-geral da UCCLA, Vitor Ramalho, no dia 6 de julho, num evento organizado pela Sociedade de Geografia de Lisboa e que decorreu através da plataforma Zoom. A apresentação do orador esteve a cargo de António Rebelo de Sousa.

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    Lisboa, Portugal
    Encerramento da quarta edição do Curso Livre História de Angola

    O auditório da UCCLA foi o local escolhido para encerrar mais uma edição do Curso Livre História de Angola, coordenado por Alberto Oliveira Pinto e ministrado entre fevereiro e julho. A última aula, dia 27 de julho, ficou marcada pelo desejo de uma nova edição e pelas opiniões dos alunos presentes e online.

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    Ilha de Moçambique, Moçambique
    Projeto Solução Participada para Plásticos Marítimos organizou workshop municipal

    Decorreu no dia 28 de julho, o primeiro workshop municipal para o desenvolvimento de um diagnóstico participativo da gestão de resíduos urbanos na Ilha de Moçambique, com enfoque para os resíduos de plástico, no âmbito do projeto Solução Participada para Plásticos Marítimos.

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    UCCLA esteve presente na Assembleia Geral de Fundadores da Fundação Portugal África

    Decorreu no dia 8 de julho, por videoconferência, a Assembleia Ordinária de Fundadores da Fundação Portugal África. A UCCA, como membro fundador, esteve representada pelo técnico João Laplaine Guimarães.

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    Divulgação das iniciativas das cidades e empresas associadas da UCCLA

    Com base na relação de proximidade que a UCCLA tem com todas as entidades suas associadas, cidades e empresas, iremos dar início à divulgação de iniciativas e projetos que as próprias entidades considerem mais relevantes. Nesta fase começaremos pelas cidades portuguesas, mas todas serão contempladas muito em breve.

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    “Por uma lusofonia sem complexos” – Artigo de opinião de Vitor Ramalho

    Foi publicado no dia 12 de agosto, no jornal Público, um artigo de opinião do Secretário-geral da UCCLA, Vitor Ramalho, com o título “Por uma lusofonia sem complexos”, onde são abordados temas como a CPLP, os povos de língua portuguesa e o legado de futuro que devemos deixar.

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    SABIA QUE…

    … em 1995, foi descerrada uma lápide para assinalar o 10.º aniversário da criação da UCCLA, que ainda se encontra erguida num recanto de Lisboa?

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    “As nossas leituras”

    Iniciativa lançada em maio de 2020 – entre a UCCLA e João Nuno Azambuja, o primeiro vencedor do Prémio Literário UCCLA – onde escritores, artistas, personalidades da cultura, leitores, livreiros, bibliotecas, amigos da arte, poderão ler excertos de livros que marcaram as suas vidas. Uma partilha do amor pelas páginas transmissoras de cultura, de saber e de paixão. Participe!

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    Lisboa, Portugal
    UCCLA acolheu concerto solidário de Don Kikas

    A construção da Escola Paroquial de Cristo Rei da Paz em Benfica, Luanda, Angola, foi o grande objetivo do concerto solidário que o compositor e cantor Don Kikas deu no auditório da UCCLA, no dia 2 de julho, perante uma sala cheia. Na ocasião foi, ainda, leiloada a guitarra do cantor e um quadro.

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    Lisboa, Portugal
    Apresentação do livro “O Eco das Minhas Pátrias” de Lídia Praça na UCCLA

    A onda sonora da língua portuguesa pelo mundo, refletida em textos sobre pátrias, lugares e povos foi o resultado do livro “O Eco das Minhas Pátrias” de Lídia Praça, apresentado no auditório da UCCLA, dia 24 de junho.

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    Lisboa, Portugal
    UCCLA acolheu o Fórum Permanente – Debates da Lusofonia

    Decorreu no dia 7 de julho, a quarta sessão do Fórum Permanente – Debates da Lusofonia, subordinado ao tema “Competitividade Estratégica e Visões do Futuro nos 25 anos da CPLP”, no auditório da UCCLA e com intervenções online.

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    Lisboa, Portugal
    UCCLA acolheu Encontro de jovens investigadores da CPLP sobre África

    Decorreu, dia 8 de julho, no auditório da UCCLA, o 1.º Encontro de Jovens Investigadores da CPLP sobre África, um espaço para promoção de jovens académicos e académicas de Língua Portuguesa, na área da investigação científica sobre Estudos Africanos.

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    Lisboa, Portugal
    UCCLA recebeu lançamento do livro “O Meu País do Sul” de António Bondoso

    Um conjunto de textos, escritos ao sabor do tempo e dos ventos, com uma pitada de reflexões várias sobre a realidade do país que viu crescer o autor, São Tomé e Príncipe. A História, a Cultura, as emoções, as viagens, o passado e o presente que foram desvendados na obra “O Meu País do Sul” da autoria de António Bondoso, apresentada no dia 9 de julho, no auditório da UCCLA.

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    Lisboa, Portugal
    Apresentação do livro “Pérolas Soltas” de Mirian de Deus na UCCLA

    O lançamento e apresentação ao público do primeiro livro de um escritor é um momento único. O livro “Pérolas Soltas” é disso exemplo! A são-tomense Mirian de Deus escolheu a UCCLA para a apresentação da sua primeira obra, uma obra que representou uma terapia para a autora, umas pérolas soltas que falam sobre assuntos diferentes e que foi dada a conhecer no dia 30 de julho, no auditório da UCCLA.

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    Lisboa, Portugal
    UCCLA esteve presente no lançamento do livro “A Grua e a Musa de Mãos Dadas” de Jorge Carlos Fonseca

    Decorreu, dia 27 de julho, no Centro Cultural de Cabo Verde, o lançamento do livro “A Grua e a Musa de Mãos Dadas” de Jorge Carlos Fonseca. A UCCLA esteve representada pelo técnico João Laplaine Guimarães, em nome do Secretário-geral da UCCLA Vitor Ramalho.

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    Luanda, Angola
    XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP

    Os Chefes de Estado e de Governo reuniram-se na XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Luanda, no dia 17 de julho. Um passo importante foi a aprovação do Acordo sobre a Mobilidade entre os Estados-Membros da CPLP. Foi eleito João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República de Angola, como Presidente da Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, para o biénio 2021-2023.

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    Rio de Janeiro, Brasil
    Rio de Janeiro lança Plano Estratégico da Cidade

    Alavancar a economia e melhorar a vida dos cariocas é o objetivo do Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro, para os próximos quatros anos, apresentado no dia 15 de julho. Num investimento de R$ 14 bilhões em políticas públicas, o documento prevê 93 metas a serem cumpridas até 2024 em diversas áreas do Rio, com recursos que serão distribuídos de acordo com as necessidades de cada região.

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    Quelimane, Moçambique
    Quelimane promoveu a primeira Feira Internacional do Livro

    O Conselho Autárquico de Quelimane acolheu, durante três dias – de 4 a 8 de agosto -, autores, editores, pesquisadores, jornalistas e gestores culturais de sete países que debateram o tema “Literatura e Viagem” na 1.ª edição da Feira Internacional do Livro. O evento, que se realizou de forma virtual, homenageou o poeta Armando Artur.

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    Santo António do Príncipe, São Tomé e Príncipe
    Príncipe lança obras para abastecimento de água

    Após colocação de energia elétrica permanente, a população da localidade de Monte Alegre, na zona leste da Ilha do Príncipe, vai puder usufruir de água canalizada – cujas obras deram início no início do mês de agosto e terão uma duração de 3 meses.

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    Macau, China
    Inauguração da Bienal Internacional de Arte de Macau 2021

    De julho a outubro, Macau irá tornar-se, mais uma vez, um grande jardim de criatividade artística, apresentando ao público uma festa móvel da cidade com vasta variedade de experiências de artes visuais. “Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau 2021” foi inaugurada no dia 15 de julho, no Museu de Arte de Macau.

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    Bissau, Guiné-Bissau
    Governo da Guiné-Bissau vai reabilitar principal hospital do país

    O Governo da Guiné-Bissau anunciou, dia 10 de agosto, que irá realizar obras de reabilitação do Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, principal unidade de saúde do país, no valor de cerca de 730 mil euros. A primeira fase das obras vai incluir a reabilitação da maternidade, da urgência de medicina e de ortopedia, do laboratório de análises, da morgue, cuidados intensivos, bloco operatório central e dos pavilhões dos serviços técnicos.

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    Lisboa, Portugal
    Lisboa na Rua

    Regressa, este verão, o Lisboa na Rua, confirmando as virtudes da cultura em época de pandemia. Entre 21 de agosto e 19 de setembro, a EGEAC promove, em parceria com a autarquia de Lisboa, estreias mundiais nas mais diversas áreas artísticas. Ocupando novos espaços, seguros e com controlo de acesso, o Lisboa na Rua pinta a cidade de música, teatro, dança, cinema, artes plásticas, novo circo e muita magia.

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    Díli, Timor-Leste
    Lançamento do Programa do Prémio Nacional de Nutrição

    Com o objetivo de erradicar a fome e a subnutrição em Timor-Leste – previsto no Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional e nos compromissos assumidos pelo País de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – foi apresentado, dia 9 de agosto, em Díli, o Programa do Prémio Nacional de Nutrição.

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    Livro “Os Desastres da Guerra” de Valentim Alexandre

    Nesta edição damos destaque à mais recente obra do historiador português Valentim Alexandre “Os Desastres da Guerra”, uma descrição real e fundamentada de um período conturbado, ainda hoje, e pouco explorado, do conflito colonial em Angola, em 1961, suas repercussões sociais e políticas e relações internacionais com Portugal.

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    Agência de Notícias LUSA, Cabo Verde e Portugal
    Cabo Verde e Lusa querem aprofundar cooperação no jornalismo

    O aprofundamento da cooperação na área do jornalismo, entre o Governo de Cabo Verde e a Agência de Notícias LUSA – nomeadamente no campo da formação, das novas tecnologias, a nível das rádios comunitárias, da especialização dos jornalistas e de estágios profissionais e curriculares – foi o objetivo do acordo estabelecido entre as duas entidades, no dia 8 de julho.

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    Forbes lança Forbes África Lusófona

    A Forbes anuncia o lançamento da revista FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o primeiro título internacional a cobrir Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe enquanto um todo com potencial económico unido pela língua portuguesa.

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    São Paulo, Brasil
    Reabertura do Museu da Língua Portuguesa

    Passados seis anos do encerramento do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, Brasil, devido a um incêndio, a sua reabertura, no dia 31 de julho, contou com a presença de inúmeras personalidades dos mais variados cantos do mundo, estimando-se a presença de cerca de 260 milhões de participantes.

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    Guiné-Bissau
    Guiné-Bissau e Nações Unidas assinam acordo de cooperação

    O Governo da Guiné-Bissau e as Nações Unidas assinaram, dia 11 de agosto, um acordo quadro de cooperação para o período entre 2022 e 2026, que aposta em três áreas prioritárias, governação, desenvolvimento económico e ambiente e desenvolvimento do capital humano.

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    Cabo Verde
    Eleições Presidenciais em Cabo Verde marcadas para outubro

    O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, marcou para dia 17 de outubro a primeira volta das Eleições Presidenciais e a eventual segunda volta para 31 do mesmo mês.

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    São Tomé e Príncipe
    Segunda volta das Eleições Presidenciais em São Tomé e Príncipe em setembro

    A segunda volta das Eleições Presidenciais em São Tomé e Príncipe vai ter lugar no dia 5 de setembro. A primeira volta realizou-se a 18 de julho, tendo passado à segunda volta os candidatos Carlos Vila Nova, apoiado pelo ADI, e Guilherme Posser da Costa, apoiado pelo MLSTP/PSD.

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  • NOVA AMEAÇA CONTRA ASSANGE

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    A nova ameaça dos EUA a Assange

    Posted: 22 Aug 2021 02:15 AM PDT

    # Publicado em português do Brasil

    Justiça britânica cede a Washington e pode extraditar jornalista que revelou crimes de guerra no Afeganistão e Iraque. O que a decisão bizarra revela sobre um império que não reflete sobre suas derrotas, nem desiste de perseguir seus dissidentes

    Chip Gibbons | na Jacobin | em Outras Palavras| Tradução: Gabriela Leite

    Na manhã de 11 de agosto de 2021, a Suprema Corte do Reino Unido ampliou o escopo das questões nas quais os Estados Unidos poderiam recorrer da decisão de uma juíza britânica de bloquear um pedido de extradição de Julian Assange.

    Washington solicitou a deportação do jornalista australiano com base em 17 acusações de violação da Lei de Espionagem e uma acusação de “conspiração para cometer invasão de computador”. As acusações da Lei de Espionagem vêm da publicação, pelo WikiLeaks, de telegramas do Departamento de Estado, das Regras de Engajamento do Iraque e dos resumos de avaliação de detentos da Baía de Guantánamo. É um marco: a primeira vez que alguém que publica informações verdadeiras é indiciado sob a Lei de Espionagem.

    O caso é ainda mais preocupante pelo fato de Assange ser um cidadão australiano que opera fora dos Estados Unidos. Washington não está apenas afirmando que pode processar jornalistas por exporem seus crimes de guerra, mas que perseguirá qualquer jornalista em qualquer lugar do mundo por isso.

    Em janeiro de 2021, Vanessa Baraitser, juíza distrital do Reino Unido, bloqueou o pedido de extradição feito pelos EUA. Não o fez com base nos argumentos que diziam que a extradição de Assange ameaçava a liberdade de imprensa. Em vez disso, baseou sua decisão apenas em argumentos que questionavam as condições das prisões norte-americanas e a saúde mental de Assange. Ela acreditava que a extradição seria opressiva para o jornalista e que ele corria alto risco de cometer suicídio em uma prisão dos EUA.

    O caso deveria ter terminado aí. Os Estados Unidos obteriam uma vitória técnica jurídica por sua alegação de que podem acusar de espionagem jornalistas de qualquer parte do mundo, ao mesmo tempo em que seriam aliviados do fardo de ter de prosseguir com uma perseguição política repulsiva e escancarada a um jornalista.

    Mas insistiram. Washington recorreu da decisão da juiza Baraitser com base em cinco motivos. Lhes foi inicialmente concedido o direito de apelar em apenas três deles. Poderiam recorrer tendo como base o fato de que a juíza deveria ter notificado o país de suas decisões preliminares sobre o efeito das condições carcerárias dos EUA e sobre a saúde mental de Assange, para que pudessem oferecer garantias em suas condições de confinamento. Também lhes foi permitido recorrer com base nessas garantias, inclusive com alegações de que os Estados Unidos permitiriam que Assange cumprisse sua pena na Austrália.

    Os Estados Unidos foram, no entanto, impedidos de recorrer das conclusões da juíza em relação às evidências médicas apresentadas no julgamento. Especificamente, Washington argumentava que as provas de uma das testemunhas de defesa deveriam ter sido consideradas inadmissíveis ou pouco valorizadas, e que a juíza cometeu um erro ao avaliar o risco de suicídio de Assange. Após a última decisão da corte inglesa, os promotores poderão reftar também essas questões. Uma audiência de apelação está agendada para 27 de outubro e levará dois dias.

    Graças ao tratado de extradição EUA-Reino Unido de 2003, os Estados Unidos são representados pelos promotores ingleses, e a conta é paga pelo povo britânico. Isso se soma aos milhões que o Reino Unido gastou vigiando a embaixada do Equador, onde Assange buscou refúgio por sete anos.

     

    “Eu não consigo entender”

    A acusação começou com a alegação de que a juíza não havia feito sua decisão levando em conta a saúde mental atual de Assange, mas como ela estaria no futuro. Embora a defesa tenha apresentado provas periciais sobre este ponto, uma testemunha de acusação argumentou que não se pode prever a probabilidade de alguém cometer suicídio com mais de seis meses de antecedência.

    A promotoria argumentou ainda que as testemunhas de defesa confiaram nas alegações feitas por Assange. Embora, de acordo com a acusação, qualquer pessoa que dispute o pedido extradição por coação mental deva ser sujeita a escrutínio, as alegações de Assange precisam ser examinadas em separado. A acusação argumentou que desde que ele solicitou e recebeu asilo político do Equador e permaneceu em sua embaixada, fez de tudo para evitar a extradição para os EUA. Também aproveitaram a oportunidade para apontar que, enquanto estava na embaixada do Equador, Assange havia “apresentado um programa de entrevistas no canal Russia Today”, supervisionado a operação do WikiLeaks e feito tentativas de ajudar o whistleblower norte-americano Edward Snowden a escapar de um processo pelos Estados Unidos.

    A maior parte da audiência se concentrou nas descobertas de Michael Kopelman, professor emérito de neuropsiquiatria do King’s College, em Londres. Kopelman foi um dos quatro psiquiatras que testemunharam sobre a saúde mental de Assange, durante o julgamento. […] Quando Kopelman preparou seu relatório preliminar, em dezembro de 2019, nem o relacionamento atual de Assange com a parceira Stella Morris nem o fato de eles terem dois filhos pequenos eram de conhecimento público. Morris temia pela segurança e privacidade dela e das crianças, caso isso fosse revelado.

    Os temores não eram infundados: um ex-funcionário da empresa de segurança privada UC Global testemunhou que a firma havia discutido com as agências de inteligência dos Estados Unidos o envenenamento ou sequestro de Assange. Planejaram ainda roubar a fralda de um dos filhos de Assange, a fim de coletar DNA para provar sua ascendência. Foi isso que fez com que os pais temessem pela segurança de seus filhos.

    De acordo com a defesa, embora Kopelman tenha optado por não divulgar essas informações no relatório preliminar, ele planejava buscar aconselhamento jurídico sobre como lidar com as preocupações de Morris com sua privacidade e suas obrigações para com o tribunal. Antes que ele pudesse fazer isso, Assange e Morris revelaram seu relacionamento aos oficiais do tribunal. Depois, Morris divulgou sua história à mídia.

    O relatório subsequente feito por Kopelman continha as informações completas. A defesa argumentou que a ideia de que ele teria ocultado permanentemente essa informação do tribunal não era plausível. No mínimo, teria procurado meios confidenciais para divulgar essas informações ao tribunal e à promotoria. […] Mas a acusação sustenta que, como isso foi omitido do relatório preliminar, todas as provas apresentadas pelo psiquiatra seriam inadmissíveis ou deveriam receber pouco peso como prova.

    No final, a juíza decidiu que o relatório inicial era mesmo enganoso – reconhecendo que esta era uma “resposta humana compreensível à situação difícil da srta. Morris”. Mas apontou que, no momento em que o tribunal ouviu qualquer uma das evidências médicas, a natureza completa do relacionamento de Assange com Morris já era conhecida. Portanto, embora o relatório de dezembro fosse enganoso, o tribunal em nenhum momento fora realmente enganado. Dada a totalidade das circunstâncias, incluindo um segundo relatório e o compartilhamento das anotações, a juíza considerou o distinto neuropsiquiatra confiável e imparcial.

    Ao proferir a decisão mais recente, o juiz britânico Timothy Holroyde observou que é extremamente raro um tribunal superior questionar as decisões de um juiz em questões como essas. Mesmo assim, decidiu que essa seria uma das raras exceções. Da mesma forma, admitiu que, na maioria das circunstâncias, a decisão de um juiz sobre um risco individual de suicídio não seria passível de apelação. Mas, se a acusação foi autorizada a apelar da admissibilidade ou peso do testemunho do especialista, também deveria ter permissão para recorrer da conclusão de que Assange estaria em risco de suicídio se transferido para os Estados Unidos.

    Após a audiência e antes que a transmissão ao vivo fosse cortada, Assange (que compareceu por videoconferência da prisão de Belmarsh) pôde ser ouvido dizendo a seus advogados: “Eu não consigo entender. Um especialista tem a obrigação legal de prevenir danos, especialmente para meus dois filhos.”

    Capturar Assange, custe o que custar

    Essa última audiência pode parecer mesquinha para muitos. Um recurso contra a decisão de bloquear a extradição teria acontecido de qualquer maneira. Também pode parecer cruel. A ideia é um pouco complicada, mas parece ser a seguinte: o fato de Assange ter recebido asilo político significa que qualquer reclamação sobre sua saúde mental precisa de um exame mais minucioso. As afirmações dos promotores de que as preocupações com a segurança de seus filhos eram inválidas porque a segurança “foi deixada de lado” quando ele optou por publicar informações sigilosas são particularmente cruéis.

    Mas o último recurso preliminar foi uma prova de quão longe os Estados Unidos e o Reino Unido estão dispostos a ir para capturar Assange.

    Julian Assange está na mira de Washington desde que lançou o vídeo “Collateral Murder”, em que mostrava armas norte-americanas disparando e assassinando mais de dezoito pessoas, incluindo dois jornalistas da Reuters, e ferindo duas crianças.

    Ele passou sete anos na Embaixada do Equador em Londres, submetido ao que um grupo de trabalho da ONU considerou detenção arbitrária. O Relator Especial da ONU sobre Tortura concluiu que Assange é vítima de tortura psicológica. E, como expôs o jornal UK Declassified, o governo do Reino Unido estava tão empenhado em tirar Assange da embaixada do Equador que criou uma campanha governamental inteira chamada de “Operação Pelicano” para conseguir.

    As questões levantadas na audiência preliminar podem ser estritamente jurídicas, mas são apenas as tentativas mais recentes dos Estados Unidos de silenciar um de seus críticos. O caso de Assange despertou considerável protesto global. A acusação tem fortes implicações para o futuro da liberdade de imprensa em todo o mundo. Como resultado, grupos de liberdade de imprensa e de liberdade civil dos EUA, grupos internacionais de direitos humanos e jornais convencionais se opuseram a essa extradição.

    Dado que os crimes de Assange dizem respeito a revelações sobre crimes de guerra dos EUA e negociações sujas por parte do Departamento de Estado, tanto ativistas antiguerra quanto líderes políticos no Sul Global se juntaram aos defensores da liberdade de imprensa para apoiar Assange.

    Antes da última audiência, Jeremy Corbyn, ex-líder do Partido Trabalhista inglês, falou aos manifestantes reunidos em frente ao tribunal. Enfatizou que muitos jornalistas arriscaram sua própria segurança para expor a corrupção e os crimes cometidos em nome de todos. Corbyn argumentou que Assange fazia parte da “grande tradição do grande jornalismo destemido”.

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    A luta por Assange não acabou. O Tribunal Superior do Reino Unido ainda não tomou nenhuma decisão sobre o recurso subjacente. Mas, ao permitir aos Estados Unidos a oportunidade de contestar a avaliação do testemunho médico de um juiz, eles tornaram mais fácil para o Reino Unido entregar o jornalista nas garras do império dos EUA.

    *Chip GibbonsÉ diretor de políticas da Defending Rights e da Dissent. Apresentou o podcast Still Spying, que explorou a história da vigilância política do FBI. Está atualmente trabalhando em um livro sobre a história do FBI, explorando a relação entre a vigilância política doméstica e o surgimento do estado de segurança nacional dos EUA.

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