Mês: Agosto 2021

  • POETA RESSUSCITADA

    Views: 0

    Favourites tSponsofrtae9hd
    JUDITH TEIXEIRA: FINALMENTE RESSUSCITADA!
    JUDITH TEIXEIRA: FINALMENTE RESSUSCITADA!
    Injuriada, perseguida, censurada e, posteriormente, arrumada no baú das inutilidades, Judith Teixeira (1880 – 1959), escritora modernista, decadentista, permaneceu na sombra e o silêncio durante quase todo o século XX. O seu nome ficou associado à polémica sobre a (i)moralidade da arte – que passaria à história como «literatura de sodoma» – e que envolvia também António Botto e Raul Leal, mas, à exceção desse episódio, a sua contribuição para o modernismo português foi totalmente obliterada.
    Depois de, em 1996, a editora & etc ter publicado numa única edição as suas três obras poéticas: “Decadência” (1923), “Castelo de Sombras” (1923) e “Nua. Poemas de Bizâncio” (1926), a que se seguiram algumas reimpressões avulsas de parte da sua obra bem como a publicação de alguns estudos críticos e esboços biográficos, este ano (2015), decorrido mais de meio século sobre a morte da autora, eis que, finalmente, se lhe fez justiça. A Dom Quixote, dando continuidade a essa tentativa de reparar a «amnésia cultural» de que os seus autores, Cláudia Pazos Alonso e Fabio Mario da Silva, falam no prefácio, acaba de editar a obra Poesia e Prosa – Judith Teixeira que inclui, além das três obras poéticas referidas, duas novelas (publicadas em 1927 sob o título de “Satânia”), duas conferências, uma já anteriormente editada (De Mim) e outra inédita (Da Saudade), e vinte poemas desconhecidos.
    A autora, com qualidade mais do que apreciável, já há muito que merecia uma justa definição do seu lugar no panorama literário da sua época – anos 20 do século passado – , sobretudo, se tivermos em conta que no respeitante à dita «literatura feminina», segundo C. P. Alonso (opinião que subscrevo inteiramente), podemos considerar que «os três grandes vultos do modernismo português são sem sombra de dúvida Judith Teixeira, Florbela Espanca e, mais tardiamente, Irene Lisboa.»
    «Imoral? Deixe dizer.»
    A sua primeira coletânea poética, Decadência (1923), foi apreendida pelo Governo Civil de Lisboa e destruída, em nome dos bons costumes e da defesa da moral pública, pelo facto dos seus poemas não só desafiarem preconceitos vigentes acerca da sexualidade feminina, mas, principalmente, por existir nalguns deles um conteúdo implícito lésbico nem sempre disfarçado.
    Em entrevista ao Diário de Lisboa, a 6 de março desse ano, quando confrontada pelo jornalista com o facto de se dizer que o seu livro era imoral, Judith Teixeira defende-se: «Imoral?! Deixe dizer. Oxalá essa fosse a última injustiça que os homens praticassem. No meu livro pode haver qualquer nota decadente, uma ou outra mancha de cor sensual, mais rubra, além da meta dos preconceitos, mas também lá se encontra muita ansiedade, muita dor, muita alma – e tudo é mera atitude literária.» A autora mostra-se ainda partidária da «necessidade de moralizar a sociedade», mas alerta: «Sabe que é difícil fiscalizar e definir com inteireza esta palavra moralista! E depois, qual é a craveira por onde vão medir a imoralidade dos delitos literários e artísticos?! É difícil. Bem vê que reputo ridículo, pelo menos, que se apreendam livros como os meus poemas e se deixem correr outros de um realismo brutal.
    Veja Mirbeau, Pierre Louys, Zolá, d´Annunzio, Filipe Trigo, o marquês d´ Hoyos, os nossos maravilhosos Eça e Fialho, e até religiosos, como S. Francisco d´Assis e Santa Teresa, não excluindo a própria Bíblia e as epístolas de S. João Evangelista – e em todas estas páginas da mais bela arte, refulge o génio sensual, sem que por isso se tenha turvado o sono dos meus censores.
    E depois, há que repetir – tantas vezes quantas forem precisas – que as atitudes de arte, nada têm a ver com as atitudes da vida.»
    Resistente a moralidades, estéticas e cânones
    Judith Teixeira foi discriminada e ostracizada pela sociedade conservadora da sua época (incluindo alguns dos seus pares do género masculino), que não tolerava desvios à norma do patriarcado heteronormativo, por ser mulher e ter rompido corajosamente com o paradigma de silenciamento e resignação das mulheres do seu tempo, e por se distanciar da poesia feminina da moda, escrevendo duma forma arrojada, luxuriosa, sensual, existindo nalguns dos seus poemas uma vertente lesboerótica projetada ou vivenciada pela poetisa.
    Esboço biográfico
    Da sua biografia pouco se sabe: natural de Viseu, filha de mãe solteira e de um pai cujo apelido só conquistou aos vinte e sete anos, Judith Teixeira, casou por duas vezes, primeiro, com um empregado comercial que a acusou de adultério e abandono do lar, depois, com um advogado e industrial bem instalado na vida.
    Tudo leva a crer que além de não lhe terem faltado recursos económicos, fosse uma mulher requintada, de bom gosto, independente, livre, culta, muito à frente do seu tempo e bastante bem relacionada no circuito cultural e literário.
    Sabe-se que, para além das obras editadas, Judith Teixeira publicou em vários jornais da época (sob o pseudónimo de Lena de Valois), contribuiu para a conceituada revista modernista, Contemporânea, e dirigiu, em 1925, os três números da revista Europa.
    A partir daqui, deparamo-nos com uma quantidade de informações que não se podem confirmar (nem desmentir): segundo alguns, terá possuído um negócio de antiguidades, segundo outros, terá vivido durante algum tempo no estrangeiro (em Espanha?), há quem alegue que, serodiamente, teve algumas aventuras amorosas com homens (!)…
    O que está provado é que morreu em Lisboa (Campo de Ourique), aos setenta e nove anos, viúva, sozinha, sem deixar filhos nem bens, silenciada e abandonada, quase desconhecida, não tivesse, ironicamente, alcançado alguma notoriedade pública aquando da apreensão do seu primeiro trabalho literário.
    Cá para nós, o que interessa é que, pouco a pouco, lenta mas firmemente, o nome da poeta, que teve tantos anos votado a um absurdo esquecimento, permanecendo injustamente expurgado da memória coletiva e da história literária, tem vindo a ser reabilitado… Como diz o ditado: antes tarde do que nunca!
    Roberto Y. Carreiro and 15 others
    1 comment
    2 shares
    Like

    Comment
    Share
    1 comment

    Comment
    Share
  • CEMITÉRIO DE IMPÉRIOS

    Views: 2

    Favourites 8tShptornasorecd
    AFEGANISTÃO – CEMITÉRIO DE IMPÉRIOS
    O poderoso Império Britânico fez sua tentativa no século 19, quando era a superpotência mundial, mas em 1919 teve que deixar o Afeganistão e conceder a independência ao país.
    Depois foi a vez da União Soviética, que em 1979 invadiu o país com a intenção de manter o comunismo no poder (instituído por meio de um golpe em 1978) – demorou 10 anos para eles perceberem que não venceriam aquela guerra.
    Os britânicos e soviéticos têm em comum que, ao invadirem o Afeganistão, possuíam impérios de primeira ordem e logo depois começaram a desmoronar.
    Cemitério de impérios: como os exércitos mais poderosos do mundo foram derrotados no Afeganistão nos últimos 180 anos - BBC News Brasil
    BBC.COM
    Cemitério de impérios: como os exércitos mais poderosos do mundo foram derrotados no Afeganistão nos últimos 180 anos – BBC News Brasil
    Império Britânico, depois a União Soviética e, finalmente, os Estados Unidos e seus aliados: nenhuma dessas potências conseguiu controlar por muito tempo todo o território afegão.
    21
    2 comments
    6 shares
    Like

    Comment
    Share
    2 comments
    Most relevant

    • Lucila Meira

      Conhecem bem as montanhas, embora hoje seja mais fácil chegar-lhes. Ou devia ser, penso eu.
      • Like

      • Reply
      • 8 h
  • CARMEL BUDIARDJO A TRIBUTE

    Views: 1

    CARMEL BUDIARDJO (1925-2021)
    Many fine and utterly deserving tributes have been published about the legendary Carmel Budiardjo since she died in London on 10 July, 2021, aged 96. Katharine McGregor’s in Inside Indonesia 19 July 2021 is particularly recommended.
    In addition to the Timor-Leste government’s affectionate motion of condolence, and before that it’s prestigious Ordem de Timor-Leste in 2009, the country’s most enduring tribute can be found in the CAVR report. Chega! highlights the uniqueness and authority of Carmel’s Tapol bulletin. Unique, because its ‘regularity, longevity and professionalism’ made it an essential pre-internet resource on East Timor. Authoritative, because Carmel was one of the few foreign Timor activists who spoke Indonesian and knew Indonesia well.
    Chega! also points out Carmel’s productive collaboration with Indonesians, notably with Liem Soei Liong. Inter alia, they co-authored important books on East Timor. Liem’s contribution should not be forgotten. At the Permanent Peoples Tribunal in Lisbon in 1981, Liem and Jusfiq Hadjar were the first Indonesians to openly oppose the Indonesian occupation and support independence for East Timor. As punishment, the Suharto regime blacklisted both from returning to Indonesia. Chega! reports that Liem denied that he and Carmel’s work was undertaken to advance the interests of the Indonesian Communist Party (PKI), an excuse used by Indonesia and some to discredit her work. Liem’s daughter, Alexandra Van den Bergh, worked at CAVR.
    I valued Tapol bulletin, exchanged material, brought Carmel to Australia to testify in the 1981-82 Parliamentary inquiry into East Timor and visited Tapol more than once. The last time was with Annie in 2006 (see photo) to discuss responses to the Chega! report, but Tapol was more focussed on West Papua by then. In 2009, I caught up with Carmel again in Dili when we were both awarded OTLs in Dili. A photo shows her with Ibu Ade Sitompul, another Indonesian not to be forgotten.
    I will also never forget Carmel’s distinctive English accent or her way of saying East Timor, always emphasising the last syllable!
    Estevao Cabral, John Waddingham and 85 others
    6 comments
    9 shares
    Like

    Comment
    Share
    6 comments
    View 2 more comments
    • Ciaran Crehan

      Patrick Walsh a nice tribute, Pat. She must have been an extraordinary woman.
      1
      • Like

      • Reply
      • 5 h
      • Ken Westmoreland

        Ciaran Crehan She certainly was – I was a volunteer at TAPOL when I lived down the road from her, not least during the East Timor independence referendum, when Arsenio Bano went to Portugal to vote.
  • CAMPANHA NO AFEGANISTÃO

    Views: 0

    Favourites 6tmSponusfhorefd
    CAMPANHA NO AFEGANISTÃO
    “Aqui o inimigo não nos enfrenta numa batalha intensa, como os outros exércitos com os quais nos batemos no passado… Mesmo após tê-lo derrotado, ele não aceita o nosso domínio. Volta outra e outra vez. Ele nos odeia com um ardor cuja intensidade só é superada por sua paciência e sua capacidade de sofrimento.”
    Com palavras que poderiam ser tiradas de despachos de guerra atuais, Steven Pressfield, o escritor de bestsellers sobre combates da antiguidade, como Portões de Fogo e Tempos de Guerra, volta com Campanha no Afeganistão, um empolgante romance histórico que recria a invasão de Alexandre, o Grande, aos reinos afegãos em 330 a.C. – uma campanha que sinistramente prenuncia as táticas, terrores e frustrações dos conflitos contemporâneos no Iraque e no Afeganistão.
    A história é narrada por Matthias, um jovem soldado que ingressa no exército de Alexandre após este ter conquistado o império persa e estar avançando para leste, penetrando no Afeganistão, rumo às riquezas da Índia. Parte de uma unidade, que inclui recrutas de sua idade como também veteranos, ele narra sua rápida passagem da adolescência para a idade adulta, como soldado, enquanto desempenha as estratégias de terra arrasada de Alexandre, vivencia as alegrias e tristezas de um romance com uma moça afegã e enfrenta o barbarismo dos afegãos, de seus colegas soldados e, finalmente, o seu próprio. Enquanto narra os brutais contatos do dia-a-dia entre os dois lados, Matthias expõe o sacrifício humano suportado por um grupo de homens, cujo código é humanista e secular, quando eles procuram impor sua vontade a pessoas de profunda religiosidade, orgulho irredutível e uma ardorosa aptidão para morrer pela sua causa.
    Em Campanha no Afeganistão, Steven Pressfiel narra o confronto entre um exército invasor do ocidente e violentos guerreiros orientais determinados a defender sua pátria a todo custo. E, mais uma vez, demonstra sua profunda compreensão da esperança e desespero de homens em guerra e das realidades históricas que continuam a influenciar o nosso mundo.
    May be an image of 1 person and text
    Jose Gomez Bulhao, Roberto Y. Carreiro and 17 others
    2 comments
    2 shares
    Like

    Comment
    Share
    2 comments
    Most relevant

    • Maria Felicidade Seixas

      Deve ser interessante, esse livro!!! Onde o que tem interesse é a descrição das batalhas feita de dentro, por quem as viveu,mesmo que seja em fantasia! É outra abordagem!!!
      • Like

      • Reply
      • 56 m
  • AFEGANISTÃO: POR QUEM OS SINOS DOBRAM

    Views: 0

    Favourites tSp6onsorneomhd
    Paulo Sande
    20 de agosto
    AFEGANISTÃO: POR QUEM OS SINOS DOBRAM
    I
    No filme de John Huston, “O homem que queria ser rei”, passado no século 19 no Kafiristão, uma remota região do Afeganistão, dois diálogos resumem o essencial do que se passou no Afeganistão no século 21:
    O primeiro é a apóstrofe de Daniel Dravot (aliás Sean Connery) aos soldados da tribo: “Prestem atenção, seus imprestáveis. Vamos ensinar-lhes a mais nobre das ocupações: a militar. Vão aprender a trucidar os vossos inimigos como homens civilizados! (…) Os bons soldados não pensam – obedecem. Se um homem pensasse duas vezes, morreria pela sua rainha, pelo seu país? Nunca. Nem iria para o campo de batalha. (…)
    No segundo, falam Daniel/Danny, Peachy Carnehan (Michael Caine), os dois ingleses aventureiros que pretendem ser reis, e Billy Fish, um indiano que vive no povoado, a propósito da oferta de mulheres e bebida feita pelo chefe da tribo, Ootah, para os recompensar pela ajuda na guerra.
    Diz Billy: “Escolham uma das 23 filhas de Ootah”. Danny: – “Filhas dele? Que vagabundo miserável!” Peachy: – “Ora, Danny, países diferentes, costumes diferentes. Ele está a ser hospitaleiro, de acordo com as suas tradições. Billy, diga-lhe que são todas lindas e que não conseguimos decidir-nos”. Responde Ootah pela boca de Billy: “diz que também tem 20 filhos, se preferirem rapazes”. Peachy, furioso, responde: “Dá-me nojo. Diga-lhe!” Danny: “Calma, Peachy. Diferentes países, diferentes costumes”.
    Mais tarde, Danny Dravot, já rei e, mais do que isso, considerado um Deus pelas tribos, embriagado pelo delírio da omnipotência, quer casar-se com uma jovem que, assustada, o morde e faz sangrar. Como um Deus não sangra, é morto pela população; Peachy, crucificado, acaba por sobreviver.
    Termina assim uma aventura Ocidental no Afeganistão profundo, entre abismos e cumes, ambição e loucura.
    O conto original, de Rudyard Kipling, foi escrito no século 19, o filme é de 1975. Em mais de 120 anos, séculos após a aventura romana , o Ocidente nada aprendeu.
    II
    Já tanto se disse e escreveu sobre a retirada norte-americana do Afeganistão que pouco posso acrescentar; sinto-me incapaz de acrescentar alguma coisa à imensa sabedoria de todos quantos o fizeram (escreveram e disseram).
    Limito-me a três rápidas observações:
    – A primeira é sobre as mulheres afegãs
    Num Ocidente que inventou o politicamente correcto e critica o passado ( o seu passado) por gestas como os descobrimentos ou a colonização;
    que propõe formas tantas vezes bizantinas, até ridículas, de corrigir comportamentos ou linguagem suspeita de sexista ou propiciadora de discriminação (pex., referir Deus como “ele”);
    que nos obriga a policiar o nosso próprio pensamento, auto-censurando-nos;
    que decreta que chamar a alguém velho (gordo, feio, ou se calhar baixo) é proibido;
    que defende, e bem, a estrita igualdade entre homens e mulheres e a liberdade para cada um viver como quer, desde que respeite a lei e os princípios e valores fundamentais afirmados universalmente desde pelo menos 1789,
    neste Mundo,
    as mulheres do Afeganistão terão de voltar a vestir-se de burca, não poderão trabalhar, dependerão para tudo dos homens, seus pais e maridos, seus tutores, seus donos.
    Há quem defenda, não percebendo nada, que “países diferentes, diferentes costumes”.
    Ainda há quem o defenda, nuns casos por ódio aos Estados Unidos que, verdade seja dita, perderam tanto esta guerra como todos quantos, no Ocidente, nada fizemos para a ajudar a ganhar, indignando-nos, ligando alguma coisa, falando, agindo, o que fosse; ou por razões ideológicas, em nome de um progressismo que há muito não passa de um travesti de qualquer ideal honrado, honesto e sincero.
    Não têm vergonha?
    As mulheres do Afeganistão, quase 20 milhões, acabam de cair num poço negro, enterradas em vida, privadas de liberdade e personalidade. Preferimos, prefere o Mundo, acreditar nas promessas daqueles que nunca as cumpriram? Ou vai unir-se, rejeitar promessas vãs, agir, fazer pressão, defender a libertação das mulheres?
    Vergonha ou dignidade?
    – A segunda, sobre a Europa
    Concordo com a generalidade de quantos dizem que este é o momento de a União Europeia se afirmar como uma realidade também política, também militar, também de efectiva – real – afirmação dos valores e princípios que defende.
    Os norte-americanos estão de saída, abandonam o papel de paladinos do Mundo livre, em nome do qual, aliás, tantos disparates e violência escusada cometeram.
    Mas a política e as relações internacionais têm horror ao vazio.
    A União tem uma oportunidade única de se assumir, potência económica que (ainda) é, vizinha das geografias em causa, continente berço do Ocidente, gerador da democracia e da liberdade como princípios indeclináveis, da vida como valor sagrado. Tem a oportunidade, tem a obrigação, terá os Estadistas com a visão e coragem necessárias?
    – E, por fim, os refugiados
    Sim, temos a obrigação de os receber, de não cometer erros antigos, como quando Portugal não protegeu os africanos das antigas colónias que consigo colaboraram ou ao seu lado lutaram.
    Quem fez parte da polícia, imprensa, administração e tribunais afegãos, acreditando nas promessas, manu militari, das tropas norte-americanas, deve ser protegido.
    São muitos? O Mundo é grande.
    III
    Os sinos dobram pelas mulheres do Afeganistão.
    Dobram por todos quantos, nas paisagens cénicas desse enorme país da Ásia Central, acreditaram na democracia e na liberdade.
    Pela decência.
    Os sinos dobram pelo Ocidente.
    No photo description available.
    Roberto Y. Carreiro, Adriano Figueiredo and 69 others
    8 comments
    20 shares
    Like

    Comment
    Share
    8 comments
    Most relevant

  • ABUSOS AUSTRALIANOS NA OCUPAÇÃO AFEGÃ

    Views: 0

    Australian special forces in Afghanistan shot unarmed men, children then covered it up in ten incidences #Afghanistan [2017]
    Afghan Files expose deadly secrets of Australia's special forces
    ABC.NET.AU
    Afghan Files expose deadly secrets of Australia’s special forces
  • teste de bom condutor em ADIS ABABA

    Views: 0

  • Ciclo de 200 milhões de anos no campo magnético da Terra é confirmado – Canaltech

    Views: 0

    Uma equipe de cientistas analisou lava antiga e confirmou que o hipotético ciclo de 200 milhões de anos no campo magnético terrestre é real

    Source: Ciclo de 200 milhões de anos no campo magnético da Terra é confirmado – Canaltech

  • How the U.S. military plans to replace the iconic Humvee

    Views: 0

    The Joint Light Tactical Vehicle is set to take over as the preeminent solution to the U.S. military’s light vehicle needs.

    Source: How the U.S. military plans to replace the iconic Humvee