Estamos em plena época alta de turismo e ela veio em força. Um taxista disse-me há dias: não me lembro de um mês de agosto tão movimentado como este.
O pessoal do turismo está exausto. Patrões e empregados. Na generalidade todos têm consciência que é preciso aproveitar, pois os longos meses sem clientes estão a caminho.
Apesar da saturação (que nos deve fazer refletir sobre a nossa preparação para responder às solicitações e, sobretudo, sobre a questão turismo de massas versus turismo de qualidade), julgo existir, na generalidade, a consciência de que não se pode baixar a guarda, sob pena de comprometermos a imagem deste destino, traduzida no bem receber, que, se falhar, compromete qualquer campanha de marketing que possa ser lançada.
Mas, em época que se clama por emprego e emprego mais bem remunerado e em tempo de dificuldades imensas dos pequenos e médios empresários, ainda acontece, num restaurante, um empregado colocar cadeiras em cima das mesas para começar a varrer a sala enquanto decorre uma refeição; ou, num snack-bar, pedir um sumo e ouvir que havia de ter vindo mais cedo, pois a máquina já está lavada, escutando depois um murmúrio entre colegas: se fosse comigo não levava nada! E finalmente chegar sobre a hora de fecho para comprar uma sandes e a resposta ser: está na hora, só amanhã!
Patrões e empregados estão saturados, repito. Há que dar uma margem de tolerância. Mas sou eu, que sou de cá e convivo com estas pessoas todos os dias.
E os turistas, dos quais se deve arrancar unha e cabelo, como já há quem defenda, estarão dispostos a tal desconsideração?
Fico com uma dúvida, porém: sou eu que não estou avaliando bem, ou ainda há regras básicas que não fazem parte da formação elementar de quem faz atendimento ao público?