Mês: Agosto 2021

  • Novo grupo de 19 refugiados afegãos chegou a Portugal

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    São três famílias. São mulheres, homens e crianças. É o quarto grupo de afegãos que chega a Portugal. São já cerca de oito dezenas de refugiados afegãos que já chegaram a Portugal.

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  • A NOVA ORDEM MUNDIAL PÓS-PETRÓLEO

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    A NOVA ORDEM MUNDIAL PÓS-PETRÓLEO
    Cabul pode ser a primeira vítima da ordem mundial pós-petróleo
    EUA enxergam fim da vida dos hidrocarbonetos e começam a preparar retirada do país dessa economia
    18.ago.2021 – Folha de São Paulo
    Quando Joe Biden disse na última segunda-feira (16) que era um erro “lutar indefinidamente num conflito que não é do interesse nacional dos Estados Unidos”, ele fez mais do que dar uma desculpa torta para a retirada que deixou milhões de afegãos para se virar nas mãos dos selvagens do Taleban. Nas entrelinhas, o que Biden disse foi que o tal “interesse nacional dos Estados Unidos” não reside mais no mundo árabe.
    Até bem pouco tempo atrás, nenhum presidente americano sonharia com um argumento desses. Desde o encontro de Franklin Delano Roosevelt com o rei Ibn Saud em Suez em fevereiro de 1945 (Roosevelt com seus assessores, Saud com seus escravos), o Oriente Médio e seu petróleo estiveram no centro da política externa americana.
    Para manter o óleo escoando e sustentar sua hegemonia na segunda metade do século 20, os EUA apoiaram a monarquia homicida saudita, fizeram vista grossa para as ocupações israelenses na Palestina, afagaram Saddam Hussein, cevaram a Al Qaeda, hóspede do Taleban, e transformaram o centro e o oeste da Ásia em palco quente da Guerra Fria. Esse tempo acabou.
    O presidente americano Joe Biden discursa sobre a tomada de controle do Afeganistão pelo Taleban – Brendan Smialowski – 16.ago.21/AFP
    Uma das razões foi tecnológica. No final dos anos 1990, os americanos descobriram como extrair óleo e gás de folhelhos, um tipo de rocha sedimentar muito comum, usando o chamado fraturamento hidráulico.
    Nas últimas duas décadas, o “fracking” jogou no chão o preço do gás natural, aposentando gradualmente as usinas termelétricas a carvão, e depois transformou a América no maior produtor de petróleo do mundo e exportador líquido do produto. Assim, a geologia especial da Península Arábica tem cada vez menos importância.
    Em 2001, quando George W. Bush invadiu o Afeganistão atrás de Osama Bin Laden, os EUA consumiam 20 mbpd (milhões de barris por dia), importavam 12 mbpd (3 mbpd do Golfo Pérsico) e exportavam 1 mbpd, segundo dados da Agência de Informações sobre Energia. Em 2020, o país consumia 18 mbpd, importava 7,9 mbpd e exportava 8,5 mbps. A participação do Golfo nas importações hoje (0,8 mbpd) é menor do que as exportações totais americanas em 2001, ano em que o mulá Omar, fundador e primeiro líder do Taleban, picou a mula de Cabul.
    Com a independência energética crescente, os EUA perderam a trava geopolítica de fundo que os mantinha na sua guerra mais longa e impopular e que matou duas vezes mais americanos que o evento que lhe deu causa, o 11 de Setembro, e, juntamente com o conflito no Iraque, consumiu US$ 2 trilhões.
    A pista ficou livre para o isolacionismo de Donald Trump, que tomou a decisão, ratificada por Biden, de parar de brincar de “construir nações” e retirar as tropas do Afeganistão.
    A mudança no panorama energético também permitiu aos EUA ensaiar, sob Barack Obama, uma política que redundaria no eixo central da diplomacia de Biden: o combate à crise do clima. O discurso de posse do democrata inovou ao tirar da lista de inimigos do país o terrorismo internacional e focar o racismo, a pandemia e a questão das emissões de carbono.
    Estas vêm caindo em razão da competição do gás natural, menos sujo, com o carvão e do crescimento das fontes renováveis. Despencaram na pandemia, o maior tombo no consumo de petróleo americano em um ano desde 1950, e podem cair ainda mais se Biden estiver levando a sério suas promessas de liderar o mundo na mitigação da catástrofe climática anunciada no último dia 9 pelo IPCC, o painel do clima da ONU.
    O pacote econômico focado no Green New Deal e a reunião de líderes do clima em abril deste ano dão o tom do “interesse nacional dos EUA” doravante: em vez de disputar acesso a hidrocarbonetos em países de gente bronzeada, os americanos querem brigar com a China e a Europa pelo mercado de placas solares, carros elétricos e baterias.
    O governo Biden vê um fim para a vida dos hidrocarbonetos e começa a preparar a retirada do país dessa economia. A notícia é auspiciosa para o clima, decerto. Mas, como ocorre com qualquer espirro da maior potência econômica e bélica do mundo, deixará cadáveres pelo caminho.
    O abandono de Cabul, dramaticamente simbolizado pelas imagens do aeroporto nesta semana, pode ser o começo de um movimento de lavagem de mãos que atingirá outros aliados dos EUA no Oriente Médio (alô, príncipe saudita Bin Salman). Quem sobreviver ao menos poderá comprar painéis solares made in USA.
    Claudio Angelo: Cabul pode ser a primeira vítima da ordem mundial pós-petróleo
    WWW1.FOLHA.UOL.COM.BR
    Claudio Angelo: Cabul pode ser a primeira vítima da ordem mundial pós-petróleo
    EUA enxergam fim da vida dos hidrocarbonetos e começam a preparar retirada do país dessa economia
    Artur Arêde and 13 others
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  • Tejo com caudal mínimo. Ilha do Castelo de Almourol ″deixou de o ser″

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    O Castelo de Almourol costumava formar uma paisagem característica. A ilha já não é o que era, tudo porque a água está em níveis mínimos. O autarca de Vila Nova da Barquinha queixa-se de que a vida do rio está a ser sacrificada pelo negócio da eletricidade.

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  • os triliões gastos no Afeganistão

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    Afeganistão, EUA e petróleo
    João Melo
    31 Agosto 2021 — DN
    Opinião
    Os números são da Forbes: nos 20 anos da sua segunda intervenção no Afeganistão, os Estados Unidos gastaram mais de 2 triliões de dólares, correspondendo a 300 milhões por dia, todos os dias; isso significaria 50 mil dólares para cada um dos 40 milhões de habitantes do Afeganistão. Tais números, acrescenta a revista, incluem 800 biliões em custos diretos de combate e 85 biliões para formar o exército afegão, o mesmo que entrou em colapso mal Joe Biden confirmou a saída americana do atoleiro afegão.
    Em termos humanos, as perdas são ainda maiores. Assim, 2500 militares norte-americanos e quase 4 mil civis prestadores de serviços morreram nas últimas duas décadas no Afeganistão. Acrescentem-se a eles os 69 mil polícias militares, os 47 mil civis e os 51 mil combatentes da oposição afegã mortos na guerra.
    As contas da Forbes não incluem os gastos da primeira intervenção americana no Afeganistão, em 1978, quando apoiaram os talibãs a derrubar o governo socialista apoiado pela então União Soviética, que, com os seus acertos e equívocos, tentava implantar no país uma série de reformas modernizantes. Uma das mais importantes, insista-se, era a valorização e a promoção dos direitos das mulheres afegãs. Os que hoje temem pelo futuro destas últimas não deveriam esquecer-se desse pequeno “detalhe”. Mas desconfio que muitos deles apoiaram as duas intervenções da maior potência mundial naquele país.
    E qual foi o resultado de tais intervenções? Os talibãs foram definitivamente derrotados? A resposta está aí. A sociedade afegã tornou-se mais democrática e respeitadora dos direitos humanos universais? Os leitores conhecem igualmente a resposta. O único feito visível foi a morte do líder terrorista Osama bin Laden, o que a administração Obama conseguiu, basicamente, com serviços de inteligência, drones e um grupo de tropas especiais. Em território paquistanês, recorde-se.
    O ponto que os órfãos da presença militar americana no Afeganistão tardam a reconhecer é que as duas intervenções dos EUA no referido país não foram ditadas por razões “humanitárias” ou “democráticas”, mas única e exclusivamente pelos seus próprios interesses. A guerra fria prevalecente no fim dos anos 1970 e a importância estratégica do petróleo explicam a política norte-americana na região. Isso aplica-se
    – diga-se – quer às duas intervenções, em 1978 e 2001, quer à decisão de abandonar o Afeganistão.
    Com efeito, politicamente, as intervenções foram motivadas, primeiro, pela necessidade de impedir o sucesso de um governo aliado da União Soviética na região e, há 20 anos, pelo desejo de punir os autores do 11 de Setembro; no plano económico, tratava-se de manter o controlo do petróleo do Médio Oriente no centro da política externa americana, como acontecia desde o encontro entre Roosevelt e o rei Ibn Saud no Suez, em 1945.
    Nem uma coisa nem outra são mais necessárias. Os EUA venceram a guerra fria, a experiência socialista no Afeganistão acabou, o terrorismo islâmico está hoje muito mais controlado e contido do que duas décadas atrás e, last but not the least, o mundo está a entrar numa fase de transição energética, que fará o petróleo perder a sua importância estratégica. A propósito, recomendo a leitura do artigo “Cabul pode ser a primeira vítima da ordem mundial pós-petróleo”, de Cláudio Ângelo, publicado no passado dia 18 de agosto na Folha de S. Paulo, no qual o autor lembra que o interesse nacional dos Estados Unidos não reside mais no mundo árabe.
    “Em 2001, quando George W. Bush invadiu o Afeganistão atrás de Osama bin Laden, os EUA consumiam 20 mbpd (milhões de barris de petróleo por dia), importavam 12 mbpd (3 mbpd do golfo Pérsico) e exportavam 1 mbpd. Em 2020, o país consumia 18 mbpd, importava 7,9 mbpd e exportava 8,5 mbpd. A participação do Golfo nas importações hoje (0,8 mbpd) é menor do que as exportações totais americanas em 2001”, lê-se no artigo.
    Capisce?
    Jornalista e escritor angolano,publicado em Portugal pela Caminho
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    May be an image of outdoors
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  • Paquistão. Primeiro-ministro diz que a culpa do aumento das violações no país é das mulheres que usam “muito pouca roupa” – Atualidade – SAPO 24

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    Source: Paquistão. Primeiro-ministro diz que a culpa do aumento das violações no país é das mulheres que usam “muito pouca roupa” – Atualidade – SAPO 24

     

     

    istro dito pelo homem que na austrália tinha as mulheres todas atrás dele….

  • Jovem afegão Nasir Ahmad terminou a greve de fome

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    O jovem afegão Nasir Ahmad terminou a greve de fome, depois de um telefonema do Ministro dos Negócios Estrangeiros. Santos Silva garantiu vistos para a mãe e irmã, que estão ainda em Cabul.

    Source: Jovem afegão Nasir Ahmad terminou a greve de fome

  • The Greatest Army Cover-Up of WWII Was a Marvel of Engineering

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    It saved thousands of B-17 bombers and happened on American soil.

    Source: The Greatest Army Cover-Up of WWII Was a Marvel of Engineering