Mês: Agosto 2021

  • SÁ CARNEIRO E SNU ABECASSIS

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    AMOR, PRIMEIRO
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    SÁ CARNEIRO E SNU ABECASSIS
    Sá Carneiro, tendo-se separado da mulher, Isabel Maria, lutou durante anos, sem resultados, para que esta lhe concedesse o divórcio. Quando parecia ter desistido da felicidade afetiva em prol da carreira política, conheceu, em 1976, Ebba Seindenfaden, uma jovem dinamarquesa, bela, culta e inteligente, sensível, cosmopolita. Divorciada de um português (Vasco Abecassis), com dois filhos, descendia de uma família nórdica com ligações à imprensa e à literatura, sendo conhecida por Snu Abecassis.
    Foi Natália Correia quem lhe apresentou Snu, a dinamarquesa sócia fundadora da editora Dom Quixote, a editora da poetisa que um dia lha descreveu: «É uma princesa nórdica num esquife de gelo à espera que venha o príncipe encantado dar-lhe o beijo de fogo.» E acrescentou: «Esse príncipe encantado é você. Porque ela é a mulher da sua vida!»
    Possuíam ambos um grande sentido de humor, partilhavam o gosto pela música clássica e pela pintura. Ele encontrou nela a paz de espírito, a tranquilidade e uma força vital para o seu ardor político. Isso tornou-o um homem mais alegre e confiante.
    Francisco Sá Carneiro foi um herói romântico que desafiou os princípios da sociedade do seu tempo. Assumiu então em público a relação com a nova companheira por quem se fazia acompanhar nos atos oficiais. Foi uma afronta à velha hipocrisia e ao falso puritanismo portugueses. Ironicamente, o chefe da Direita portuguesa, um católico militante, casado, vivia com uma mulher “ilegítima”. Contra tudo e contra todos, não abdicou do seu amor por Snu. Às razões de Estado e às conveniências prevaleceram as razões do coração.
    Um grande amor que duraria quatro anos. Faleceram ambos na noite de 4 de dezembro de 1980, em circunstâncias trágicas e nunca completamente esclarecidas, quando o avião no qual seguiam se despenhou em Camarate, pouco depois da descolagem do aeroporto de Lisboa, quando se dirigiam ao Porto para participar num comício.
  • Têxtil dos famosos atira 400 para o desemprego

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    Dielmar, marca que até vestiu a seleção de futebol, entregou no tribunal o pedido de insolvência. Autarca de Castelo Branco diz que é uma “catástrofe”.

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  • a batalha da LADEIRA DA VELHA

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    RECORDO QUE EM 2014 NO COLÓQUIO DA LUSOFONIA Nº 21 ALI FOMOS DEPOSITAR UMA COROA DE FLORES

    Sérgio Rezendes

    Hoje comemoramos 190 Anos da “Batalha da Ladeira da Velha” cujo triunfo libertou definitivamente as ilhas do Absolutismo.
    Comemoramos também 190 anos de uma data errada – propalada aos Sete Ventos.
    Deixo-vos duas de quatro fontes (para além de três artigos científicos), terminando com a ideia de que espero para breve, excelentes notícias 😉
    “(…) Raiou enfim o memorável dia 2 de agosto de 1831! (…)
    Assim marchávamos já em triunfo, quando as nossas avançadas deram vista do inimigo, o que sendo logo comunicado ao General Conde de Vila Flor, imediatamente se deram as ordens para que avançasse a tropa ligeira a fim de se poder conhecer a força inimiga; a posição que ocupava; e o meio de a podermos atacar (…)”
    O resto, ficará para apresentações futuras ✌
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  • o exemplo de Herculano (Alexandre)

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    HERCULANO
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    INQUÉRITO A ALEXANDRE HERCULANO
    A 28 de novembro de 1871, na paz tranquila da sua quinta em Vale de Lobos, nos arredores de Santarém, onde residiu nos últimos dezoito anos de vida, cumprindo o sonho antigo de viver «entre quatro serras, com algumas geiras de terra própria, umas botas e um chapéu de Braga», Alexandre Herculano (1810 – 1877) respondeu a um inquérito de um álbum (livro com muitas ilustrações, geralmente acompanhadas de pequenos textos) pertencente a uma das mais ilustres damas da sociedade portuense:
    «Qual a sua virtude favorita?
    – A lealdade.
    Que qualidades mais aprecia no homem?
    – A franqueza.
    E na mulher?
    – A timidez.
    Qual é a sua ocupação favorita?
    – Trabalhar, livremente, no campo.
    O principal atributo do seu caráter?
    – A pouca capacidade de conter a indignação.
    O seu sonho de felicidade?
    – A felicidade é uma sombra que se procura às apalpadelas nas profundezas obscuras do futuro.
    Que pensa da infelicidade?
    – A infelicidade atinge-nos quando chegamos ao ponto de não ter a força e o bom senso necessários para aceitar a realidade da vida.
    Os seus poetas preferidos?
    – Já não leio poetas.
    Os seus pintores e músicos preferidos?
    – Deus, a quem se devem os quadros maravilhosos do nascer e do pôr-do-sol neste país de colinas, cheio de árvores, é presentemente o meu único pintor; o rouxinol que canta ao luar numa noite de primavera empoleirado num choupo gemebundo inclinado sobre um regato que murmura, é o meu único músico. Gosto todavia de Martin, pintor do espaço, e de Bellini a quem chamam o compositor ignorante.
    O seu herói na vida real?
    – Não gosto de heróis.
    E a sua heroína?
    – Também não gosto de heroínas.
    Os seus heróis e heroínas preferidos na ficção?
    – Os heróis e heroínas agradam-me quando nos seus caracteres encontro algo de terrível e de impenetrável. São pesadelos escritos em vez de pesadelos sonhados. O pesadelo dá por vezes aquilo a que chamo o prazer do horror que tem por mim um grande atrativo.
    O que é que mais detesta?
    – Entre os Homens a hipocrisia; entre os animais os répteis.
    Qualquer deles é viscoso.
    Caracteres históricos que mais abomina?
    – Os tiranos. Creio todavia que detesto um pouco mais os falsos amigos do povo.
    Estado presente do seu espírito?
    – Não o posso descrever em duas ou três linhas.
    Que culpas a seu ver requerem mais indulgência?
    – As da gramática nos países onde não há escolas suficientes ou não existem boas escolas.
    A sua divisa?
    – “Querer é poder”. Toda a gente deseja, só os grandes caracteres querem.»
  • RAUL BRANDÃO E O CAPOTE

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    “A gente segue pelas ruas desertas e, de quando em quando, irrompe duma porta um fantasma negro e disforme, de grande capuz na cabeça (…)
    O capote herda-se, deixa-se em testamento e passa de mães para filhas o capote numa casa serve às vezes para toda a família. Mulher que precisa ir à rua de repente, pega nele e sai como está. – este já foi da minha avó – diz-me uma rapariga. – Era dum pano inglês escuro, dum pano magnífico que dura vidas.”
    Raul Brandão, in “Ilhas Desconhecidas”
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  • AS SEREIAS EXISTEM NA CHINA

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    Mermaids in Guilin
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  • Página Global: Terroristas estão a ser “abatidos” em Moçambique

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  • Página Global: Dia da Mulher Africana: As mulheres ainda são discriminadas

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  • Página Global: Milhões afetados pela seca em Angola e desnutrição aguda

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