Mês: Agosto 2021

  • Os “programas ocupacionais” carecem de verdade

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    Os “programas ocupacionais” carecem de verdade
    É preciso dizer que os chamados “programas ocupacionais” não são “emprego”. Em muitos casos, são até uma forma encapotada de vergonhosa exploração de jovens à procura de emprego e que precisam de auferir algum rendimento.
    Os Governos – da República e Regionais – inventaram os “programas ocupacionais”, derramam sobre eles uns milhares ou mesmo milhões de euros e ficam com a consciência política tranquila. Para cúmulo, quem usufrui dos tais “programas ocupacionais” não conta para as estatísticas do desemprego, quando na verdade são desempregados, embora temporariamente “ocupados”. Grande manipulação das estatísticas, para não dizer coisa pior.
    Só cerca de 18% (números oficiais) dos que participam nos “programas ocupacionais” são depois contratados pelas empresas, que vão sucessivamente recebendo jovens através desses “programas ocupacionais”, sem ficarem com qualquer responsabilidade sobre eles em termos de contratação efectiva. E, entretanto, os milhares ou mesmo milhões a “correrem”…
    Os partidos, quando estão na oposição, criticam os Governos, por os participantes dos “programas ocupacionais” deixarem de contar para as estatísticas do desemprego, mas, chegados ao poder, a “receita” é precisamente a mesma. Sem pôr nem tirar!
    É preciso desenvolver, sim, uma política de inserção no mercado de trabalho de muitos jovens, mas com reais condições, com absoluta verdade e sem baixa politiquice à mistura, para tentar mostrar “serviço”, que, afinal, não é tão grande como se apregoa.
    You, Paula Cabral, Henrique José Schanderl and 12 others
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    • Crisóstomo Ponte

      Falsificação e manipulação de estatísticas e dinheiros públicos
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  • urbanismo novas oportunidades

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    LISBOA
    NO SEU PIOR……
    OBRA DO MEDINA
    Até custa a acreditar.
    Factos
    .
    May be an image of outdoors and text that says "Sofia Afonso Ferreira e Correio da Manhã partilharam uma ligação. CMJORNAL.PT Obras na Ajuda deixam porta da rua a mais de um metro de altura do passeio. Veja as imagens CORNEIO onBeю"
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    • Luis Ferreira

      🤣🤣🤣 o residente fica a um passo do precipício. Tal como o PPD está hoje. Chega-lhe!!!👌
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  • BIEORRÚSSIA PAÍS ASSASSINO?

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    The head of a group helping people who have fled Belarus has been found dead near his home in neighbouring Ukraine.
    Vitaly Shishov’s body was found hanged in a park in Kyiv, a day after he failed to return from a jog. Police have opened a murder inquiry.
    Police said they were investigating whether he had been killed and his death made to look like suicide. (BBC)
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  • A GUERRA EM MOÇAMBIQUE

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    África do Sul envia Veículos militares e navio de guerra para Cabo Delgado
    As autoridades sul-africanas enviaram recentemente um navio de guerra e veículos militares para Cabo Delgado, onde vão apoiar os esforços para o combate ao terrorismo que afecta a provincia desde Outubro de 2017.
    O navio da Marinha sul-africana, denominado SAS Makhanda, integra-se ao contingente marítimo das forças de intervenção da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), reporta o Mail & Guardian na sua edição de segunda-feira.
    Fontes ouvidas pelo jornal disseram que a embarcação de ataque tem provavelmente um grupo de reacção a bordo para actuar contra quaisquer embarcações suspeitas envolvidas em contrabando praticado em transporte marítimo.
    Por outro lado, vídeos que circulam pelas redes sociais desde sábado mostram imagens de um contingente de veículos blindados da 43 SA Brigade, com sede a norte de Pretória, que entraram em território moçambicano pelo posto fronteiriço de Ressano Garcia.
    O contingente continha o primeiro dos veículos do batalhão de infantaria mecanizado da África do Sul e foi escoltado pela polícia moçambicana na sua viagem até Pemba.
  • TRANSPORTE IDEAL PARA DEIXAR MIÚDOS NA ESCOLA

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    Mashable posted a video to the playlist Future Blink.

    The first public human-operated eVTOL has officially taken off.
    0:55 / 1:09
    Ready!

  • Gente humilde – YouTube ANIBAL RAPOSO

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  • base americana em darwin

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    US long range bombers in Darwin. Here’s one…
    Darwin is now officially a USAF base – and subject to US-induced “Chinese bombardment” in a conflict.
    With Darwin operating as an Agile Combat Employment (ACE) base, “US hopes to complicate China’s bombardment by basing its war planes across dozens of airstrips in the Western Pacific.”
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  • Três décadas de liberalização económica

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    Três décadas de liberalização económica

    Posted: 02 Aug 2021 03:10 AM PDT

    » Uma análise indiana que pode ser estendida ao resto do mundo

    Prabhat Patnaik [*]

    Fazem trinta anos desde a adopção pela Índia das políticas neoliberais, em 1991 – embora alguns datem a sua introdução ainda mais cedo, em 1985. Os jornais estão cheios de avaliações dos impactos destas políticas sobre a economia e muitos liberalizadores, desde Manmohan Singh até por aí abaixo, subitamente tornaram-se visíveis a louvarem a sua obra. Na melhor das hipóteses eles lamentam que os benefícios da liberalização tenham sido desigualmente distribuídos. Manmohan Singh disse recentemente que “uma vida saudável e dignificada para todos os indianos deve ser priorizada”. Alguém pode perguntar o que é que o impediu de fazer isso quando estava ao leme do Estado.

    Uma tal avaliação, de que a liberalização promoveu muito a taxa de crescimento do PIB e portanto melhorou a vida de quase todo indiano, levantando vastas massas das garras da pobreza absoluta, apesar de ter aumentado a desigualdade de rendimento e riqueza no país, seria aceite habitualmente não só pelos devotos da liberalização como também pelos seus críticos, incluindo mesmo alguns na esquerda. As diferenças, aparentemente, referem-se apenas ao peso que cada um dá à igualdade em relação ao crescimento. Os liberalizadores argumentariam mesmo que os malefícios da desigualdade desapareceriam se a taxa de crescimento na economia reanimasse e aumentasse, pois os “espíritos animais” dos capitalistas que determinam quanto investimento fazem têm de ser promovidos. E o governo Modi afirmaria que promover os “espíritos animais” dos capitalistas é precisamente o que está a fazer através das suas políticas anti-laborais e anti-campesinato, algumas das quais o Congresso, apesar de não ter uma análise diferente, curiosamente se opõe. Assim, a alegação das instituições de Bretton Woods de que existe um amplo “consenso” sobre as políticas neoliberais entre os principais partidos políticos parece também estender-se à avaliação dos seus efeitos na economia ao longo das últimas três décadas.

    Contudo, toda esta percepção é errada devido a pelo menos duas razões. A primeira, vê o sector capitalista da economia como sendo mais ou menos independente, destacado do resto da economia, cujo principal efeito sobre o seu ambiente circundante é simplesmente atrair cada vez mais trabalho do mesmo – e o lamento é que não tenha feito isso suficientemente. Na realidade, contudo, a acumulação dentro do sector capitalista invariavelmente choca-se com mundo exterior existente de múltiplas formas. Ele atrai não só trabalho do mundo ao mundo exterior a si, o que numa economia com reservas maciça de trabalho é uma coisa boa, como também terra e outros recursos incluindo recursos orçamentais (exemplo: subsídios a capitalistas para promoverem os seus “espíritos animais” ocorrem a expensas de subsídios para a agricultura camponesa que tradicionalmente tem contribuído para a sua viabilidade). E o crescimento do sector capitalista também puxa a procura para longe dos sectores tradicionais.

    Portanto, a acumulação de capital invariavelmente mina a economia de pequena produção circundante (um processo a que Marx chamou de “acumulação primitiva de capital”), mesmo quando retira pouco trabalho da mesma. Ao contrário do que diz a teoria económica burguesa convencional, nomeadamente que uma taxa rápida de acumulação de capital simplesmente absorverá as reservas de trabalho, reduzindo dessa forma o desemprego e a pobreza (e se assim não fizer então a panaceia está numa taxa de acumulação de capital ainda mais rápida), tal acumulação mina a economia circundante de pequenos produtores sem absorver muito trabalho. Isto significa um aumento do desemprego e da pobreza. E se a taxa de acumulação de capital for aumentada, então isso apenas piora esta tendência ao invés de aliviá-la.

    Isto é de facto exactamente o que tem acontecido, reflectindo-se mesmo nas próprias estatísticas do governo. O enfraquecimento da agricultura camponesa sob o regime neoliberal, o qual lhe retirou toda a protecção dada durante o período dirigista anterior, é óbvio. Manifesta-se na queda da lucratividade da agricultura camponesa; manifesta-se também no facto de entre os censos de 1991 e 2011, o número de “cultivadores” (tal como definido pelo censo) ter diminuído em 15 milhões; e é dolorosamente evidente pelos suicídios de mais de 300 mil agricultores durante as últimas três décadas.

    Não surpreendentemente, a magnitude da pobreza, no sentido mais elementar do acesso às calorias, e não apenas da desigualdade, aumentou desde o início das reformas neoliberais. A percentagem de pessoas com acesso a menos de 2200 calorias por pessoa por dia na Índia rural (que era a referência oficial original para a pobreza rural), aumentou de 58 em 1993-94 para 68 em 2011-12 (ambos os anos do inquérito de grandes amostras do NSS ). Os números correspondentes para a Índia urbana, onde a referência original era de 2100 calorias por pessoa por dia, são respectivamente 57 e 65.

    As questões tornaram-se ainda piores desde 2011-12. O inquérito por amostragem de 2017-18 do NSS revelou números tão surpreendentes que o governo Modi decidiu suprimi-los por completo e também descontinuar estes inquéritos na sua forma antiga. No entanto, algumas informações escaparam antes de os resultados serem suprimidos e estes mostram que entre 2011-12 e 2017-18, a despesa de consumo per capita em todos os itens em termos reais caiu 9% na Índia rural. Nada como isto havia alguma vez acontecido em tempos normais (ou seja, exceptuando grandes falhas nas colheitas) na Índia independente.

    O assalto à agricultura camponesa sob o neoliberalismo está realmente a intensificar-se. A sua manifestação mais recente, sob a forma de três leis agrícolas destinadas a promover os interesses do grande capital à custa dos camponeses, é tão prejudicial que trouxe grandes massas camponesas dos estados vizinhos para Deli, exigindo a sua retirada.

    Deixem-me agora passar à segunda falha na percepção neoliberal. O investimento dos capitalistas não depende apenas de alguma coisa intangível chamada “espíritos animais”, mas está enraizado em cálculos tangíveis que fazem sobre as perspectivas de crescimento nos mercados. É verdade que a resposta a tais cálculos dentro de limites pode depender do seu estado de optimismo ou pessimismo (o qual é captado pela expressão “espíritos animais”), mas claramente se o mercado não estiver a crescer ou se o crescimento abrandar, então o investimento dos capitalistas sofre, não importa quantos subsídios lhes sejam concedidos.

    Agora, o neoliberalismo ampliou a desigualdade de rendimentos por toda a parte, incluindo a Índia: de acordo com Piketty e Chancel, a percentagem dos 1% de topo da população no rendimento nacional total era de apenas 6% em 1982, mas aumentou para 22% em 2013-14 (o valor mais alto desde há quase um século). Como os trabalhadores consomem mais dos seus rendimentos do que os ricos, uma ampliação da desigualdade de rendimentos equivale a uma transferência de rendimentos do primeiro para o últimos, o que tem o efeito de reduzir o consumo e, consequentemente, a procura agregada, a qual por sua vez reduz o investimento e o crescimento. Em suma, o neoliberalismo é afligido por uma tendência estagnacionista, a qual, para o mundo capitalista como um todo, havia sido mantida sob controle por “bolhas” na economia dos EUA, primeiro a “bolha dotcom” nos anos 90 e depois a “bolha habitacional” na primeira década deste século. Com o colapso da “bolha habitacional”, a economia mundial entrou numa crise prolongada que não tem solução sob o neoliberalismo (que se opõe à intervenção do Estado na “gestão da procura”).

    Isto afectou também a economia indiana onde, mesmo antes da pandemia, a taxa de desemprego em 2019 era a mais alta já verificada durante 45 anos. Istto tem duas espécies de efeitos sobre o povo: uma, que agravou consideravelmente as condições de vida dos trabalhadores, mesmo antes da pandemia, os quais já estavam a ser prejudicados pelo perseguição do neoliberalismo. A recente queda drástica do emprego e do consumo sublinha este facto.

    Em segundo lugar, a crise levou ao cimentar de uma aliança entre o grande capital e grupos fascistas Hindutva, os quais apoiam o governo Modi. Uma tal aliança não é específica da Índia. Em períodos de crise, o grande capital promove e financia a ascensão política de grupos fascistas com os quais forma uma aliança. Ele assim o faz como um meio de alterar o discurso, destinado a difamar o “outro”, a fim de distrair o povo da sua difícil situação económica. Se bem que tais grupos no poder cumpram as ordens do grande capital, eles derivam a sua força política não de qualquer solução económica para a crise que ofereçam mas sim de afastar a atenção para longe do âmbito económico.

    O neoliberalismo, em suma, embora esmagasse os trabalhadores mesmo quando experimentava um crescimento elevado, quando entrou em crise aumentou o esmagamento e anunciou um arranjo que é inimigo das premissas básicas da constituição indiana, tais como democracia, laicidade e igualdade social.

    Os devotos da liberalização não percebem que, embora possa ter aumentado a taxa de crescimento do PIB, ela tem piorado as condições dos trabalhadores e minado os princípios fundadores sobre os quais uma nação indiana moderna pode ser construída.

    01/Agosto/2021

    [*] Economista, indiano, ver Wikipedia

    O original encontra-se em peoplesdemocracy.in/2021/0801_pd/three-decades-economic-liberalisation

    Tradução de JF.

    Este artigo encontra-se em https://resistir.info/

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    Source: resistir.info