Mês: Julho 2021

  • CÉSAR E CABRITA POR ANTÓNIO BULCÃO

    Views: 0

    César e Cabrita
    Carlos César acha que tentar retirar vantagens políticas do acidente de viação que envolveu o automóvel oficial de Eduardo cabrita é “imoral”.
    O Presidente do PS tem andado relativamente calado. O que, no caso dele, constitui uma enorme vantagem. Sim, porque quando fala muito, diz muitas asneiras e a coisa passa. Dizendo apenas uma asneira de vez em quando, nota-se mais.
    Quem pede a demissão de Eduardo Cabrita, não o faz apenas por causa deste acidente. Fá-lo porque o ministro chegou a um estado tão deplorável que já não merece ser de Estado.
    Mas os socialistas gostam desta manta corporativista que cultivam desde sempre. Tentam proteger-se uns aos outros, mesmo quando já é óbvio que o visado está condenado. Jorge Coelho verbalizou: “Quem se mete com o PS, leva”. Mas lembro-me igualmente de Mário Soares, quando foi visitar Sócrates à cadeia. “Todo o PS está contra esta bandalheira”, afirmou, antes de chamar malandros aos agentes da Justiça que tinham ordenado e efectuado a detenção e, posteriormente, a prisão preventiva. Grande separação de poderes, na mente de um homem que foi 1º Ministro e Presidente da República… Grande respeito pela Justiça…
    César também foi a Évora. Mas preferiu não falar, quando saiu da visita. Só muito depois, quando ficou claro que Sócrates teria mesmo culpas no cartório, é que veio confessar a “vergonha do PS”, que, no caso do arguido, era “maior porque tinha sido 1º Ministro”. Os evidentes indícios da prática de crimes não lhe bastavam, no início. A vida luxuosa que Sócrates levava não insultava a ideologia que diz professar.
    Cabrita só sobrevive pela defesa teimosa destes amigalhaços. Lembrando as golas anti fumo que afinal eram inflamáveis, as falhas no SIRESP, sucessivamente ignoradas, e a morte do cidadão ucraniano às mãos de inspectores do SEF, parece miraculosa a sobrevivência deste ministro. Fosse-o de uma governo de direita, e Augusto Santos Silva já muito tinha malhado, ele que “gosta é de malhar na direita”, cerrando fileiras com Costa e César.
    Ignoremos, no entanto, estes erros de governação por parte de Cabrita. Fixemo-nos apenas no acidente. Seria suficiente para que alguém exigisse a sua demissão?
    Se tiver sido mesmo um acidente, claro que não. Um acidente é um acontecimento casual ou inesperado, provocado de forma não intencional. Viesse o automóvel dentro dos limites de velocidade impostos pelo Código da Estrada, na sua mão, e o trabalhador tivesse saltado para a frente do veículo, de repente e de forma a não permitir qualquer manobra de recurso, era mesmo um acidente e nenhuma culpa haveria a atribuir. Acontece a qualquer um…
    Só que há notícias de que o carro seguia pelo menos a 200 km/hora. Na faixa de circulação errada. Que não há rastos de travagem. Não sei se foi assim ou não. Mas, se assim foi, já não é um acidente, mas um homicídio por negligência.
    Se tiver havido crime, podemos afirmar que o Ministro é culpado? Só se tiver ordenado ao motorista que excedesse a velocidade permitida, ou apercebendo-se da violação das regras estradais, nada tenha feito para que o seu subordinado as passasse a cumprir.
    Não sabendo como as coisas se passaram, limitamo-nos a constatar que o comportamento de Cabrita é muito estranho. Escondeu-se atrás do Presidente da República, atrás do seu próprio estatuto ministerial, fez sair um comunicado em que afirmava não haver sinalização de trabalhos na via e que a culpa foi do trabalhador vítima do embate. Desmentido pela Brisa, que veio dizer estarem os trabalhos devidamente sinalizados, restava a Cabrita fazer o que devia ter feito desde a primeira hora: falar.
    Ele é que estava lá. Ele é que viu como tudo se passou. Ele é que tem o dever de contar os factos. E se o carro seguia a velocidade regular, na sua mão, nada tem a temer por falar. Morreu uma pessoa, Senhor Ministro. Que estava a trabalhar. Que tinha mulher e filhos. Mereciam a sua presença no enterro, seja ou não culpado. Chama-se a isto respeito.
    A moral é um conjunto de regras, costumes e formas de pensar e agir, que define o que devemos ou não devemos fazer em sociedade. Ficar em silêncio perante uma morte que, com ou sem culpa, foi provocada por um veículo onde seguia, é que é imoral. Não é pedir a demissão de um sujeito que vai à sua vida, como se nada se passasse, e se recusa sucessivamente a esclarecer o modo como ocorreu a morte de alguém que estava a trabalhar numa via sob administração do seu ministério, provocada por um carro em que o próprio ia dentro. Quem, dos que me leram agora, procederia desta forma, com ou sem culpa?
    António Bulcão
    (publicada hoje no Diário Insular)
    Antoaneta Petrova and 14 others
    1 share
    Like

    Comment
    Share
    0 comments
  • tolerância e imbecis

    Views: 0

    TOLERÂNCIA DESCABEÇADA
    Com a devida vénia copiei da página de Francisco H. Da Silva esta grande verdade:
    Dostoïevsky – o que eu aprendi sobre a humanidade lendo e relendo este autor, um dos meus preferidos.
    “A tolerância atingirá um tal nível que às pessoas inteligentes será interdita toda e qualquer reflexão para não ofender os imbecis”
    TOLERÂNCIA DESCABEÇADA
    Com a devida vénia copiei da página de Francisco H. Da Silva esta grande verdade:
    Dostoïevsky – o que eu aprendi sobre a humanidade lendo e relendo este autor, um dos meus preferidos.
    “A tolerância atingirá um tal nível que às pessoas inteligentes será interdita toda e qualquer reflexão para não ofender os imbecis”
    May be an image of one or more people and text that says "La tolérance atteindra un tel niveau que les personnes intelligentes seront interdites de toute réflexion afin de pas offenser les imbéciles »/>. Dostoïevski"” width=”605″ height=”753″></div></div></div></div><div
class=
    2
    Like

    Comment
    Share
    1 comment
  • Dinossauros estavam morrendo antes do asteroide, sugere simulação – SoCientífica

    Views: 0

    Jurassic Park tornou os dinossauros membros da cultura pop sci-fi. Junto a isso, centenas de novas pesquisas reacenderam a curiosidade sobre estes

    Source: Dinossauros estavam morrendo antes do asteroide, sugere simulação – SoCientífica

  • o homem que vai salvar Berardo

    Views: 0

    May be a close-up of 1 person
    Última hora, primo de Joe Berardo vai pagar caução 5 milhões de euros.
    Lúcia Duarte and 6 others
    Like

    Comment
  • viver no campo turismo rural

    Views: 0

    May be an image of grass
    Turismo Rural! aceito reservas . Risos. AP
    Chrys Chrystello
    Like

    Comment
    Share
    0 comments
  • plutónio extraterrestre no fundo dos oceanos

    Views: 0

    Átomos de plutônio extraterrestre emergem do fundo do mar - Internacional - Estadão
    INTERNACIONAL.ESTADAO.COM.BR
    Átomos de plutônio extraterrestre emergem do fundo do mar – Internacional – Estadão
  • mulheres emigrantes para os Açores

    Views: 0

    O Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade dos Açores (CICS.NOVA.UAc), da Direcção Regional das Comunidades (DRC), AIPA (Associação dos Imigrantes dos Açores) e Cooperativa Regional de Economia Solidária CRL (Gabinete de Apoio a Migrantes) promoveu um estudo sobre a imigração de mulheres para os Açores realizado em parceria e financiado pelo Fundo Asilo Integração e Imigração (FAMI) e pelo Executivo açoriano.
    A sessão abriu com uma conferência (via zoom) de um dos mais referenciados investigadores sobre Imigração em Portugal, José Carlos Marques, intitulada, “Migrações femininas: a realidade portuguesa”, a que se seguiu um inquérito a mulheres de nacionalidade brasileira, ucraniana e de países africanos, nomeadamente Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e Angola.
    Este estudo, coordenado pela Piedade Lalanda (CICS.NOVA.UAc), retrata as experiências de mulheres imigrantes na Região e visa aprofundar o conhecimento sobre as suas condições de vida e processos de integração nas comunidades locais, bem como compreender a sua experiência, na primeira pessoa.
    José Carlos Marques, do Instituto Politécnico de Leiria, realçou que uma crescente migração feminina que procurar consegui objectivos económicos e melhores condições de vida nos países de destino.
    Deu conta que há uma mudança estrutural da economia e estratégia familiar de redução de risco económico da mulher imigrante.
    Salientou que em 2020 a população imigrante ultrapassou os 600 mil e a população feminina representa praticamente metade. Nem todos são migrantes. Em 2019 havia 300 mil estrangeiros femininos em Portugal, incluindo os Açores e a Madeira.
    Mulheres imigrantes
    por sua conta e risco
    “Há aquelas mulheres imigrantes que vêm com o visto de reagrupamento familiar e cada vez mais há vistos de estudo e investigação. É uma população feminina jovem que compensa as lacunas que se vão verificando na população portuguesa cada vez mais envelhecida”, afirmou José Carlos Marques.
    O investigador focou a sua intervenção no facto de haver um “problema grave de demografia em Portugal e nos Açores”, defendendo uma politica de atracção de emigrantes para combater o problema de demografia?”
    Em seu entender, “está é uma estratégia que tem sido adoptada por vários países embora haja alguma luta entre alguns grupos anti-imigração, que olham para a migração como algo negativo e que procuram influenciar diversos governos para impor diversas medidas mais restritivas”.
    Mas, como afirma José Carlos Marque, a imigração “é uma solução possível. Naturalmente, não resolve os problemas demográficos a curto prazo porque já estamos numa fase de envelhecimento demográfico em Portugal (e menos nos Açores) que vai demorar vários anos, décadas a conseguir recuperar.”
    “A não ser”, como disse, “que se adopte por uma vinda massiva de imigrantes que poderá ter alguns constrangimentos populares em resultado da chegada destas populações a um espaço específico”. Mas, prosseguiu, esta “é uma forma de, pelo menos, os governos nacional e regionais permitirem colmatar algumas lacunas que existem ao nível demográfico”.
    Em seu entender, “a vinda de imigrantes é sempre positiva mas é preciso que haja condições, depois, para os imigrantes conseguirem permanecer nas Regiões”.
    Recordou, a propósito, o que se passou nos anos 90 ou início dos anos 2000, de algumas experiências que foram feitas em Portugal de atracção de emigrantes para o interior mas, depois, “as condições para manter estes imigrantes ao nível do mercado de trabalho, ao nível da oferta de emprego, não permitiram que estes imigrantes lá permanecessem durante muito tempo”. Afirma que “hoje, a situação já é muito diferente e experiências deste âmbito podem ter outro resultado. Mas é bom que os diversos governos pensem nesta hipótese. Aliás, projecções demográficas mostram claramente que, sem a imigração, a população europeia estará condenada a ser uma população envelhecida. E bastante envelhecida”. “Por isto é que esta é uma forma que deve ser mostrada, deve ser evidenciada o aspecto positivo da imigração para a sustentação, por exemplo, da segurança social nacional”, realçou.
    Aumento crescente de imigração para os Açores poderá ser favorável às ilhas com menos população
    CORREIODOSACORES.PT
    Aumento crescente de imigração para os Açores poderá ser favorável às ilhas com menos população
    O Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade dos Açores (CICS.NOVA.UAc), da Direcção Regional das Comunidades (DRC), AIPA (Associação dos Imigrantes dos Açores) e Cooperativa Regional de Economia Solidária CRL (Gabinete de Apoio a Migrantes) promoveu um estudo sobre a imigra…
    5 shares
    Like

    Comment
    Share
  • Ruínas by Rodrigo Leão – YouTube

    Views: 0

  • portuense

    Views: 0

    May be an image of text that says "A Cidade onde um jeco é um cão, um morcom é um estúpido, um cimbalino é um café, uma sertã é uma frigideira, um moina é um polícia, um fino é uma cerveja, um chusso é um guarda chuva,uma cruzeta é um cabide,um aloquete é um cadeado, "andar de cu tremido" é andar de carro, "bai no batalha" é uma mentira e "dar de frosques" é fugir. Somos Porto!"