Mês: Junho 2021

  • MORREU FERNANDO DE ARAUJO LASAMA (TIMOR)

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    P A X
    Acordei com a noticia da morte do senhor Fernando de Araújo. Um dos homens que nos tempos mais difíceis não traíu o seu Povo e a sua Pátria. Tornou-se LA SAMA perante as botas dos arrogantes da época. Não apagou em Cipinang a chama da Liberdade. Presto homenagem ao senhor Fernando de Araújo La Sama com estes simples versos. E desta simples página faço chegar à familia enlutada as minhas sinceras condolências. Que Deus lhe conceda o eterno descanso.
    Mais um lorico deixou de cantar
    Para sempre calou a voz d’m aswain
    Oan mane Manutasi partiu para o Pai
    Mais pobre ficou pra sempre Timor.
    Na clandestinidade
    Aswain La Sama
    Não deixou apagar
    A chama da Liberdade.
    Em seus ombros duas pastas
    É muito pra aguentar
    Mais PD e outros tantos
    Faz sua saúde abalar.
    La Sama, tua partida
    Deixou-me sem palavras
    Obrigado p’la tua vida
    e teu ardor por Timor.
    Crispim Hornay
    02 JUN 2015
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  • TIMOR CANDIDATO À PRESIDÊNCIA

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    Lere pretende apoio de partidos políticos à sua candidatura a Presidente da República | TATOLI Agência Noticiosa de Timor-Leste
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    Lere pretende apoio de partidos políticos à sua candidatura a Presidente da República | TATOLI Agência Noticiosa de Timor-Leste
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  • NOVIDADES DE ILHAMÉRICA DE PEDRO ALMEIDA MAIA

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    Mais leituras do romance “Ilha-América” com desejos de o ver materializado na tela. Já esteve mais longe de acontecer! Obrigado e parabéns pela iniciativa. #delivroparaasilhas
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    ✈️Amanhã, dia 2 de junho, comemora-se o 75º aniversário da transferência do Aeroporto de Santa Maria de americano e militar para português e civil.
    ✈️O Aeroporto Internacional de Santa Maria deixou na ilha um legado e património que não podem deixar de ser valorizados.
    ✈️“Ilha-América” de Almeida Maia teve um grande significado para mim exatamente porque relembra, valoriza e imortaliza em livro uma aventura de um tempo da história mariense que moldou a sociedade e a fez evoluir no que é hoje.
    ✈️Por isso, no âmbito deste 1º post de junho do #setediasde com o tema “Livros que gostava que tivessem adaptação cinematográfica” (projeto organizado com a @miriamthemermaid) publico foto do livro “Ilha-América”, que tem uma história que eu adorava ver na TV (ou quem sabe na @netflixpt 😉 fica a dica 😉) com a antiga Torre de Controle ao fundo, que, segundo consta, será transformada num museu.
    ✈️Esta é também uma sugestão de leitura para quem quer participar no #delivroparaasilhas , um projeto organizado com a @angiexreads que incentiva à leitura de livros sobre e das ilhas dos Açores e Madeira.
    Luís Botelho, Sandra De Sousa Bairos and 15 others
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    • Paulus Boscus

      Sério?! Adaptação audiovisual à vista? Boa!
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      • 10 h
  • POESIA DE EDUÍNO DE JESUS

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    Artigo do “Atlântico Expresso” do dia 31 de maio de 2021
    “No Princípio Era o Verbo”
    Eduíno de Jesus, “Como Tenuíssima Espuma de Luz” (Poética Fragmentária). Ponta Delgada, Nona Poesia/Nova Gráfica, 2021
    Por Maria João Ruivo
    O SOPRO
    1
    como tenuíssima espuma de luz
    eco perdido
    da primeira vibração
    algures
    no imo do infinito
    Nada
    2
    como um fogo
    ainda não e
    jamais acendido
    frémito de nenhuma
    coisa ou alma
    digamos
    3
    súbito
    explode no âmago da Palavra
    irrompe indomável
    em todos os sentidos do Sentido
    e
    o corpo do poema
    ergue-
    -se
    e s p l ê n d i d o !
    1992
    “Silêncio” é uma palavra que se ergue na poesia de Eduíno de Jesus e que, de certa forma, a estrutura. Esse silêncio recolhido é o momento em que ele dialoga consigo e com o universo que o rodeia e que o leva a uma constante indagação sentindo, por vezes, que não há as palavras certas para configurar todo esse universo reflexivo, o que o conduz à angústia frequente, talvez quase permanente, de sentir que fala uma linguagem que nem sempre é apreendida pelos outros.
    “Vã palavra do Poeta:
    inútil como o silvo
    de, em qualquer ponto da Terra,
    uma flecha disparada ao Infinito”,
    diz ele no poema “Lápide” (pág. 15 de Como Tenuíssima Espuma de Luz).
    Assim, creio que o Silêncio é a oportunidade de refúgio e de indagação sobre si próprio e o universo, com o qual dialoga há muito tempo.
    No poema “Frémito” (pág. 86), o eu poético tenta reconstruir, a sós consigo, a sua destruída torre de marfim, “meu refúgio antigo” (diz ele). E é sempre a velha angústia de não encontrar a palavra certa para se pronunciar, como expressa na seguinte estrofe:
    “Enquanto nos meus lábios morre
    a palavra para que não
    posso inventar pronúncia.”
    Poderia aqui apresentar muitos exemplos retirados da sua Poesia como sinal de que, para Eduíno de Jesus, a Palavra é o começo e o fim de quase tudo.
    Em “O Sopro” (pág. 20), cujo primeiro verso dá o título a este livro, o Poeta busca, a meu ver, a origem do Poema, como quem busca a origem de Tudo. Ele apresenta ao nosso olhar de leitores aquele breve momento em que, do Nada, surge o Universo, tal como do caos das palavras possíveis surgirá o Poema.
    No primeiro verso, tudo aponta para algo ténue, volátil, nessa fragilidade de um começo que é, por isso mesmo, quase invisível, ideia evidenciada pelo adjetivo “tenuíssima” , que surge no superlativo, e na metáfora “espuma de luz” – algo frágil que se desfaz com um sopro, mas que é, todavia, animado pela luz, que remete para a origem, essa “primeira vibração”, espécie de esboço do que virá a ser a vida, esse frémito primeiro, vindo do âmago do Nada, que se anima e que deixou um “eco perdido”, que vem da lonjura do Começo e que o homem anseia encontrar, achando que nele estarão as respostas para os enigmas ligados a esse Nada que deu origem a Tudo e que os homens buscam desde sempre.
    Ao mesmo tempo, temos “um fogo” ainda não e / jamais acendido // frémito de nenhuma / coisa”, remetendo, pelos próprios termos da negação – “não”, “jamais” e “nenhuma” – para o mesmo Nada, mas “frémito”, apesar de tudo, confirmando essa “primeira vibração” que, de súbito, surge do mais fundo da Palavra, dando origem ao Poema. Assim, tal como a vida, que não havia ou não se havia revelado, surge nessa explosão inicial, esse big bang de que tudo descende, também o Poema se ergue “esplêndido” e se torna revelação pela Palavra.
    Esta ideia remete para o Apóstolo João: “No princípio era o Verbo”, cuja explicação me ultrapassa, mas que implicaria que, sem a Palavra (o Verbo), nada poderia existir. Do Nada, tudo surge pelo poder ativo da Palavra. Aliás, quando São João afirma que “no princípio era o verbo”, a expressão “no princípio” remete para o Gênesis – “No princípio criou Deus o céu e a terra”. Poderemos ter em conta que essa expressão remeterá para o começo material do universo ou, pelo menos, para a noção espácio-temporal. Além de que, se no princípio era o Verbo, poderíamos achar que, antes de o mundo existir, já o Verbo existia.
    Não pretendo resvalar aqui para um terreno que não domino, mas, ao ler este “Sopro”, não pude deixar de pensar nessa questão, por difícil que seja entendê-la efetivamente e cujo aprofundamento deixarei para quem sabe. De qualquer modo, achei ver aqui colocada esta problemática da origem. De uma outra forma, esta ideia está também presente no poema “As Palavras” (p.37), que o autor dedica a meu Pai, Fernando Aires, em que mostra, mais uma vez, esse poder iniciático da Palavra. E cito:
    “Imprecisas? Volúveis? Mas inamovíveis,
    elas lá ficam na página branca
    à espera de um Levanta-te e caminha
    de qualquer voz humana.”
    A poesia do Eduíno leva-nos por caminhos imensos, não fáceis de trilhar, e torna -se uma procura e uma descoberta permanentes, pois sugere, mais do que diz, deixando algum caminho aberto ao leitor. Ele encontra nas virtualidades da Palavra uma forma de busca, de indagação permanente. E a busca é uma forma de vida sonhada, pois o mundo é um grande mistério ainda por desvelar. Sendo assim, a Palavra transforma-se em Poema, dando, então, ao Poeta, o privilégio de buscar a origem ao mesmo tempo que vai criando a eternidade possível.
    “As palavras, meu Deus, como são
    Imprecisas, volúveis. No entanto,
    elas só (enquanto os homens passam)
    guardam para sempre o sinal do tempo.” (“As Palavras”, pág. 37)
    Ponta Delgada, maio de 2021
    Maria João Ruivo”
    Urbano Bettencourt, Pedro Paulo Camara and 8 others
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      Urbano Bettencourt

      Maria João Ruivo, gostei muito de ler. Silêncio, Sopro, Palavra: três palavras da Criação poética. Tenho de fazer uma releitura da poesia de Eduíno em função de «Sopro», uma palavra que só agora me chamou a atenção, a partir da leitura do teu tex…

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  • POESIA DA MADEIRA URBANO B

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    Da Madeira:
    CADERNOS DE SANTIAGO II
    É o segundo número deste excelente projecto antológico de poesia madeirense (o primeiro número é de 2016): cada poeta está substancialmente representado e vem seguido de uma nota de leitura (duas a três páginas) feita por um «leitor» convidado.
    O presente número inclui 23 poetas num total de 445 páginas, o que dará uma média de 19 para cada um deles (a estatística serve apenas para mostrar que estamos longe daqueles projectos em que o poeta é representado por dois ou três textos apenas).
    Parabéns aos meus amigos do outro Arquipélago que teimam em manter aberto o espaço público para uma poesia de que não chegam muitos sinais nem ecos.
    Neste segundo número colaboro com uma nota de leitura sobre os poemas de Carlos Nogueira Fino.
    Carlos Nogueira Fino e os seus «outros poemas crioulos»
    URBANOBETTENCOURT.WORDPRESS.COM
    Carlos Nogueira Fino e os seus «outros poemas crioulos»
    Podemos passar pelo título deste conjunto de poemas de Carlos Nogueira Fino sem nos determos no reenvio óbvio a um outro que o antecede. Mais difícil, porém, será evitar o encontro com o adje…
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