Mês: Março 2021

  • SANTA MARIA A GRANDE CAÇADA

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    Rosélio Reis

    is with

    Isabel Biscaia

    at

    Barreiro Da Faneca

    .

    A GREAT HUNT
    You can read this in english after the portuguese version.
    UMA GRANDE CAÇADA
    Ainda recentemente os noticiários da TV fizeram uma grande barulheira a propósito de uma montaria organizada dentro da Quinta da Torre Bela, na Azambuja, onde foram mortos, por 16 caçadores, cerca de 540 animais a tiros de espingarda. Foi uma média de cerca de 34 animais por caçador, cerca de 3400 kg por cada um. Creio que a vizinhança ouviu disparos durante todo o dia. Apresentada queixa às autoridades, houve um partido, o PAN, que assumiu a responsabilidade de defender os defuntos… Não foi bem assim mas é isso que um não-político como eu depreendeu. Nunca mais ouvi falar do assunto. que deixou de ser notícia… Acho que só havia uma maneira de resolver a questão: obrigar cada caçador a comer os 3400 kg que lhe couberam de caça… e rapidinho!
    Também em Santa Maria os populares juntavam-se por vezes para fazer uma caçada. É claro que a caça mais grossa por aqui não passa de lebres, que pesam cerca de 2 kg cada uma, enquanto que um javali ou um veado (dos que foram apanhados na dita quinta) pesa cerca de 100 kg. Só o peso de um javali dava, peso bruto, para cerca de 50 lebres.
    Já muito recentemente, numa batida aos coelhos realizada na zona do aeroporto, que estava altamente contaminada por essa espécie, foram abatidas umas dezenas de peças. Suponho que ultrapassou mesmo a centena. E os populares não acharam piada nenhuma ao acontecido: chegaram a ser apanhados a pontapé, segundo contaram mais tarde. Tanto mais que, tempos depois, por causa uma praga que deu nos coelhos, a raça desapareceu por completo dos nossos horizontes. Nem mesmo na Ribeira Seca, onde, por vezes, levava de passeio o meu cão que corria atrás deles como um desalmado, se viu durante anos uma amostra daquela espécie. Nem sei se já recuperaram da epidemia que lhes deu porque, entretanto, não foi descoberta nenhuma vacina…
    Mas era comum entre os funcionários do aeroporto irem para as pistas com os carros, à noite. Deixavam as luzes dos carros acesas sempre que viam algum animal que ficava “cego” com o excesso de iluminação. Então, os condutores davam a volta por trás dos animais e apanhavam-nos à mão… Era fácil!
    Mas há uma grande caçada constante duma fotografia de 1900, que tenho arquivada há uns anos no meu computador. Nem sei onde a fui buscar mas creio que foi na internet… A fotografia é tirada no Barreiro da Faneca e também não sei quem são os presentes. Mas é um grupo de senhores e servos com cerca de 60 pessoas, além de vários cães. Coelhos são cerca de 50… Aqui não haveria problema se obrigassem os caçadores a comerem o produto da caçada: mal daria para todos os presentes!
    Pormenores interessantes nesta fotografia: todos os homens, e mesmo as crianças, usam chapéu. O guarda-sol também está presente. Foi uma caçada de verão e a fotografia foi tirada pouco depois do meio-dia.
    ***********************************************
    A GREAT HUNT
    Recently, the TV news made a great noise about an organized hunt inside “Quinta da Torre Bela”, in Azambuja, where 16 hunters killed about 540 animals.It was an average of about 34 animals per hunter, about 3400 kg each one. I think the neighborhood heard gunshots all day. A complaint was made to the authorities. There was a political party, the PAN, that took on the responsibility of defending the deads … It was not like that, but that was like a non-politician like me learned. I never more heard of it again. That stopped being new … I think there was only one way to resolve the issue: to force each hunter to eat the 3400 kg that he had hunted … and quickly!
    Also in Santa Maria, the popular people sometimes got together to go hunting. It is clear that the thickest game here is only hares, which weigh about 2 kg each, while a wild boar or deer (of those caught in the said farm) weighs about 100 kg. Only the weight of a wild boar was enough for roughly 50 hares.
    Very recently, in a raid on rabbits in the airport area, which was highly contaminated by this species, dozens of pieces were slaughtered. I suppose it exceeded a hundred. And the people did not find any joke about what happened: they got kicked, according they later said. Some time later, because of a plague that gave rabbits, the breed disappeared completely from our horizons. Not even in Ribeira Seca, where my dog, who ran after them like a soulless dog, sometimes took a sample of that species for years. I don’t even know if they have recovered from the epidemic because, in the meantime, no vaccine has been discovered …
    But it was common for airport employees to go to the runways with cars at night. They left the car lights on whenever they saw an animal that became “blind” with excess lighting. Then, the drivers would go around behind the animals and pick them up by hand … It was easy!
    But there is a great hunt in that photograph taken about 1900, which I have archived for years on my computer. I don’t even know where I went to get it but I think it was on the internet … The photo is taken at “Barreiro da Faneca” and I also don’t know who the people are. But it is a group of masters and servants with about 60 people, in addition to several dogs. There are about 50 rabbits … There would be no problem if they forced the hunters to eat the product of the hunt: it would not be enough for everyone present!
    Interesting details in this photo: all men, and even children, wear hats. The parasol is also present. It was a summer hunt and the photograph was taken shortly after noon.
    May be an image of one or more people, people standing and outdoors
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    • A caçada era feita também com caçadores que vinham da Ilha de São Miguel, depois o banquete era na Casa do Sr Albino Pereira no Pico da Bela Vista em São Pedro, propriedade do Morgado Luís de Figueiredo
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      • 2 h
  • a ignorância alastra e é endémica????

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    A CAUSA DAS COISAS
    Esta passou-me ao lado, mas ainda vou a tempo de “a agarrar”…
    Maria João Marques – Aparece como Colunista no Público | Fundadora da Capital Mag | https://capitalmag.pt/author/mariajoaomarques/Administradora na MSM Imobiliária,https://www.linkedin.com/…/maria-jo%C3%A3o-marques…/…

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    Maria João Marques: “Os Descobrimentos causaram tráfico de escravos e Portugal tem um pecado” | TVI24
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  • o regresso do PC Magalhães?????

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    As “coincidências” do Portugal contemporâneo …
    Governo compra 139 mil computadores à empresa do Magalhães
    ECO.SAPO.PT
    Governo compra 139 mil computadores à empresa do Magalhães
    A JP Sá Couto já entregou 54 mil computadores e vai entregar mais 85 mil, no âmbito da Escola D
  • país sangrado pela emigração , um luxo que não podemos ter

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    CANTA O SOL QUE TENS NA ALMA, ÉS A FLOR DE SER FELIZ|
    Agir, filho de Paulo de Carvalho, homenageou o pai com duas bofetadas musicais que me acordaram via youtube (confesso que não sabia que estava a decorrer o festival da cancão). Sou fã de um conjunto de vozes que me habituei a ouvir desde os 8 anos, no vinil que o meu pai acumulava lá por casa. De Paulo de Carvalho a Fausto, de Zeca Afonso a Sérgio Godinho, de José Mario Branco a Vitorino. Ainda o meu mundo cabia todo na janela que me mostrava a igreja matriz de Vila do Porto e, sem saber, já estava com um pé no Avante. Dificilmente a macã cai longe da árvore, dizem-me os entendidos das teorias da educacão.
    Também me lembrei de Paulo de Carvalho e da sua Nini, quando vi os ensaios desta semana para o regresso de Passos Coelho à política, julgo, numa manhã de nevoeiro deste mês que agora se inicia.
    Entre uma ou outra crónica que fazem a versão Massamá do clássico “a história me julgará” e os elogios de Ventura, na AR, dizendo que o governo devia aprender com Passos Coelho, teme-se o pior.
    Nós, portugueses, temos um problema crónico e secular, de tentar resolver problemas antigos criando problemas novos. Traduzindo, perante as falhas óbvias da governacão actual e uma oposicão inconsequente, que escancarou as portas à extrema-direita, saliva-se pelo regresso de Pedro Passos Coelho.
    Fico ligeiramente arrepiado quando leio notícias destas e quando vejo as movimentacões no xadrez político. Na verdade a palavra não é arrepiado, mas há gente educada a ler isto e não quero parecer o que realmente sou.
    Se pudesse escolher o passo seguinte pediria, com urgência, um almoco com Rui Rio. Uma boa acorda (com cedilha) para mim e para ele algo mais leve, não me parece rapaz para apreciar comida de tacho. Vinho com algum corpo para mim para aguentar a conversa e água para ele, para que o sonho da maioria se mantivesse com os pés no chão.
    Antes que o camarada chegasse com o barro e fizesse aquele truque de misturar o ovo (choro sempre nessa parte), perguntar-lhe-ia: “Rui, o que andas a fazer à tua vida? Nos Acores, no discurso das presidenciais, nos acordos com o Chega, no silêncio às exigências do Ventura…e agora levas uma facada destas no parlamento. Não te cheirava logo desde os tempos de Odivelas que aquilo era má rês? Não percebes que andas a fazer o caminho das pedras e quando cheirar a poder vais levar um tratamento à la Seguro mais alaranjado?”
    Vejo frases de exaltacão sobre o homem que meteu as contas do país em ordem (onde é que já ouvi isto?) e só me lembro daquela obsessão de “ir para além da troika”. As humilhacões repetidas em Bruxelas e o beijar de mão a Angela Merkel quando nos diziam que éramos um povo de bêbados e putanheiros, que vivia acima das suas possibilidades.
    A tudo Passos Coelho abanava a cabeca e empobrecia, ainda mais o país, impondo medidas que não eram exigidas no acordo. O mesmo FMI que coloca garrotes em África há décadas, vinha aqui fiscalizar, emprestar o dinheiro e dizer que produtos alemães, franceses e holandeses devia o nosso governo adquirir de seguida.
    A real politik é o que é. Manda quem pode, obedece quem deve.
    Passos Coelho foi o primeiro governante, que me lembre pelo menos, a dizer que era necessário empobrecer o país e a incentivar à emigracão de pessoal qualificado. Num país com uma populacão envelhecida, taxa de natalidade baixa por causa dos baixos salários e dificuldades para sair de casa dos pais e uma falta enorme de forca de trabalho qualificada, Passos Coelho, na altura primeiro-ministro de Portugal, incentivou portugueses a procurarem a sorte noutras paragens.
    O SNS e a sua crónica falta de pessoal, exposta por razões óbvias no último ano, estarão certamente agradecidos. Não tanto como Boris Johnson, certamente, salvo pelos cuidados de um enfermeiro português quando andou a respirar pior no início desta pandemia. Segundo o INE, Portugal perdeu mais de 100 000 pessoas por ano pela porta da emigracão, durante o consulado de Passos. Julgo que em alguns desses anos nasceu menos gente do que aquela que se foi embora. Portanto, de uma assentada só despacharam-se cérebros, empobreceu-se o país, perdeu-se mão de obra qualificada e envelheceu-se a populacão.
    Num país onde cerca de 5 milhões formam o tecido laboral, podemos dar-nos ao luxo de perder 100 000 por ano? Somos o país da UE com maior número de emigrantes (comparativamente com a populacão residente) e um dos mais pobres, com a contribuicão de Passos, entre outros. E no meio do caos que vivemos há quem tenha saudosismo disto? Não há memória em Portugal que nos impeca de repetir os mesmos erros Ad Eternum?
    Temos que ver os mesmos dinossauros, de sempre e para sempre, nas câmaras, nas assembleias, nos governos? É o Isaltino que vai à prisão e volta. O Santana que tentou tudo e quer voltar para a Figueira. O Passos que nos arrasou e prepara o regresso. O Portas e o Mendes que andaram anos na teia e agora nos enchem com comentários. A vida política portuguesa parece uma letra do Quim Barreiros. Troca peito por leito, entra por tenta, mas o final é sempre de arromba.
    Tenham santa paciência…não há gente nova, outras geracões, novas ideias, discursos sem compadrios?
    Estamos condenados a escolher, sempre, entre o mal menor e as bocalidades dos Venturas desta vida?
    Há dias em que olho para o Tejo e só vejo nevoeiro. Este é um deles.
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    • Tiago

      Franco, pena que muitos já esqueceram as lideranças no país nesses anos que referiu como os anos do D.Sebastião, principalmente os bastonarios de médicos e enfermeiros que tentam a tanto custo inverter a história.E infelizmente tudo se está a processar como comenta acima.

  • há muitos problemas nesta área nos açores

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    violações, pedofilia, violência doméstica, as notícias do quotidiano açoriano…impõe-se fazer algo

    Paulo Melo

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    Detido em São Miguel um homem por violar uma mulher de 49 anos - Jornal Açores 9
    JORNALACORES9.PT
    Detido em São Miguel um homem por violar uma mulher de 49 anos – Jornal Açores 9
    A Polícia Judiciária, através do Departamento d
  • (4) Stranger In Paradise (from Duets II: The Great Performances) – YouTube

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  • RABO DE PEIXE E O EXEMPLO

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    O exemplo “Vale” muito mais do que a palavra!
    Com ou sem cerca sanitária, maior ou mais reduzida, o coronavírus não dá mostras de querer abandonar a vila de Rabo de Peixe, na ilha açoriana de São Miguel. Os números de hoje são preocupantes. Certamente que a maioria da população cumpre as regras da prevenção, mas mesmo assim não está fácil. Aquele ilustre deputado regional que acha que “Vale” muito deveria ir durante uma semana para Rabo de Peixe, sem “metralhadoras” e sem o seu habitual fato de estadista, apoiar a população, sensibilizar aqueles ou aquelas que eventualmente facilitem no cumprimento das regras, esclarecer dúvidas que a sua sabedoria é muita e colaborar com os profissionais de Saúde que estão no terreno em ações de proximidade. Se o não fizer, se se ficar apenas pela verborreia política de tribuno parlamentar, em que fala muito mas diz pouco, então não tem autoridade alguma para criticar seja o que for e seja quem for que esteja envolvido na luta contra a pandemia, de forma directa ou indirecta. O exemplo “Vale” muito mais do que a palavra! Desde sempre que é assim!
    You, Jorge Rebêlo, Pierre Sousa Lima and 21 others
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    • Nem mesmo o projecto de reabilitação de Rabo de Peixe, denominado “Guetos Antigos, Novas Centralidades”, que arrancou em 2005 com 23 milhões de euros, financiado em 85% pelo então fundo EFTA, resolveu os graves problemas sócio-económicos daquela localidade Micaelense !
      É sem dúvida uma situação bastante complexa que obriga a um enorme esforço “no campo” e conjunto das diversas entidades autárquicas e governamentais envolvidas.
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      • 11 h
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      • Pierre Sousa Lima

        podes recuar mais. Houve muito trabalho feito no governo de mota Amaral. Nunca foi abandonado por nenhum governo. Conheci nessa altura o grupo que trabalhava

        . Sei das dificuldades que lá tiveram… E foram muitas.
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        • 10 h
      • Continuam a ter são sempre as mesmas como se vê aprenderam pouco ou foram pouco ensinados.
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        • 7 h
      • Fátima Silva

        vivo na Madeira mas vou a S.Miguel frequentemente, exceptuando estes tempos ingratos da pandemia.

        No entanto estou “up date” e quotidianamente com todos os desenvolvimentos dos Açores em geral.